Por que essas associações beneficentes e ONGs não têm os seus recibos numerados e fiscalizados pelo Estado? Por que a contabilidade não é auditada por órgãos independentes? Não se trata de censurar o trabalho de ninguém, apenas o controle não deve ser perdido, pois enquanto os doadores confiarem num recibo feito por qualquer impressora, tais diretores podem se apropriar facilmente das doações. Tal como cigarros, notas fiscais etc., que têm um controle desde a sua produção, doações deveriam sim ter a sua numeração emitida pelo Estado.

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Paulo Roberto Steinbock, engenheiro mecânicoCuritiba, PR

Chips

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Não consegui até agora entender qual a finalidade real e objetiva da implantação dos chips nos automóveis. Para a nossa segurança e por evitar roubos, certamente que não é. O governo nunca se preocupou com isso antes e não é agora que vai estar com intenções tão altruístas. E se é tão útil para inibir roubos, as próprias seguradoras seriam as mais indicadas para a utilização dos chips por parte dos seus segurados. Como tudo que é criado para ser instalado em veículos automotores como obrigatório traz no seu bojo a eterna saga arrecadatória, vamos torcer para que se trate apenas de mais uma engenhoca multadora. Não existe um único produto, bem durável ou de consumo, neste país, que seja mais taxado do que os veículos e o seu uso. Como sempre, as autoridades dizem que o preço do chip desta vez será bancado pelo governo. Que nos contem outra, pois certamente que vão embutir isso no IPVA. De graça os governos só dão a esperança de que o ano que vem será melhor.

Rubens Santos, empresárioCuritiba, PR

Árvores 1

Dia 5/6/06 solicitei, pelo 156, serviços de poda para três árvores existentes na calçada da Rua Cel. Dulcídio, 1.585. O serviço foi protocolado com o n.º 15.23136. Das ditas árvores caem muitas folhas e acabam por entupir as calhas das residências. Dia 18/11/06, ocorreu o que eu já previa: com toda a chuva que houve em Curitiba, as calhas se encheram de folhas e galhos comprometendo a vazão da água, o que ocasionou o alagamento em minha casa. Eu pergunto quem vai ressarcir o meu prejuízo? A prefeitura de Curitiba ou a Secretaria Municipal do Meio Ambiente? O poder público existe e nós o mantemos para ter soluções e não problemas.

Erondi Elhke Mendes, economistaCuritiba, PR

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Árvores 2

No fim de semana, fomos surpreendidos por rajadas de ventos de até 60 km por hora. Construções destruídas, casas destelhadas e um sem-número de árvores derrubadas. A queda de muitas árvores pode parecer o resultado de fortes ventos, mas reflete um problema que há tempos nos assola e está longe de acabar. A arborização de cidades requer uma série de preceitos. O primeiro é a escolha das espécies a serem plantadas; o segundo é o plantio propriamente dito: plantar árvores em solos rasos ou cheio de resíduos de construção produz um pequeno desenvolvimento e o afloramento das raízes; terceiro ponto é o manejo da espécie com podas de formação e limpeza. Quando isso não ocorre, vemos uma figura muito conhecida: grandes árvores com suas raízes invadindo casas e calçadas e com suas copas disformes, resultado de uma poda emergencial e pouco técnica. Se não selecionarmos as espécies adequadas para plantio e continuarmos com essa prática descabida de podar drasticamente nossas árvores adultas, estaremos condenados a rever no futuro o triste espetáculo que estamos vivendo nesta semana.

Teófilo Marien, engenheiro florestalCuritiba, PR

Ordem do dia

Publicada no site da Assembléia Legislativa do Paraná (21/11) a notícia de que foi votado (e posteriormente aprovado) o Projeto de Lei n.º 141/06, o qual institui o Dia de um determinado clube de futebol da capital. Uma vergonha que, enquanto o estado tenta resolver problemas como segurança, economia, emprego, IDH (o pior da Região Sul), entre outros, aquela casa (principalmente os deputados envolvidos) ocupa-se em assuntos tão pequenos e banais.

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Samir MichelCuritiba, PR

Indignação

Não que eu deseje algum mal aos usuários das linhas aéreas brasileiras, mas espero que o péssimo atendimento dos aeroportos faça com que eles reflitam um pouco sobre a nossa sociedade injusta, em que pagamos mais de 35% de impostos para o governo, e não recebemos nem metade dos serviços que temos direito. O que os da classe média, mais para alta, estão passando nos aeroportos, os pobres e os mais humildes do Brasil passam todo dia nas circulares com preços abusivos, nas filas íngremes dos hospitais, na falta de segurança nas ruas, nas péssimas escolas públicas; enfim, do descaso que o governo tem para com o povo.

Wilame do Prado Elias, estudanteMaringá, PR

Buracos na pista

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Causa espanto o que está ocorrendo na recém-"restaurada" pista de bicicletas da Avenida Sete de Setembro. Buracos se sucedem, desafiando a paciência dos caminhantes e ciclistas, que correm riscos de sofrerem acidentes, alguns de graves conseqüências. A "novela" está tomando os rumos de "O direito de cair". Afinal, a cada restauração, sucedem-se maiores e mais vistosas crateras. Quem vencerá essa disputa?

Luíz Mário Lampert MarquesCuritiba, PR

Horário de verão

No artigo "A estupidez do horário de verão" (24/11/06), o dr. Aloísio Surgik fundamentou habilmente a sua opinião ao horário de verão. Dentro da mesma vertente, gostaria de colocar que, se os fins deste "novo horário" são economizar energia com o aparente "escurecer mais tardio", há aí uma lógica incoerência. Afinal, essa "economia" é também desperdiçada com os sistemas de climatização, uma vez que as ondas de calor solar perduram por mais tempo. Pode parecer um detalhe sutil, porém relevante se calculada essa quantidade de energia consumida desnecessariamente pelos 11 estados brasileiros, que sofrem alteração no horário de acordo com o Decreto n.º 5.920, de 3/10/06. Os cálculos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevêem uma economia de 2.000 megawatts. Existem as benesses, sim. As alterações que esse período provoca no relógio biológico humano não são saudáveis para muitas pessoas.

Fabio Furtado PereiraCuritiba, PR

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Lei para todos

Toda a madeira descarregada em frente da sede do Incra, tinha autorização de corte e possuía nota fiscal? Quando precisei cortar uma árvore de 20 anos de vida, por mim plantada, precisei um sem-número de documentos e pagamentos de taxa, multa etc. O MST pode tudo e nada é cobrado nos termos da lei?

Urandy Ribeiro Doval, aposentadoCuritiba, PR

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que ‘o povo brasileiro já pagou todos os pecados que cometeu’. Presidente, não me inclua no grupo de pecadores. Como brasileiro jamais pequei: cumpri e cumpro minhas obrigações de cidadão. Não obstante, sei muito bem que estou pagando pelos pecados alheios e fazer isso tem sido a minha penitência sem fim."

Pedro Luís de Campos VergueiroSão Paulo, SP

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