É um absurdo o governo apresentar um orçamento deficitário para aprovação (Gazeta, 2/9). É um sinal da incompetência em administrar as contas públicas. Por meio do aumento de juros, o ministro Joaquim Levy buscou conter a inflação, mas a medida ocasionou queda exagerada no consumo e perda na arrecadação de impostos. Assim as contas não fecham. O governo não quer cortar cargos administrativos, reduzir ministérios e diminuir os gastos sociais. O Executivo transfere o problema para o Congresso e certamente incentivará a criação de impostos, como ocorreu no caso da CPMF.
Orçamento com déficit 2
Se o governo ou qualquer entidade apresenta um orçamento com um “mundo cor-de-rosa” e depois não cumpre, é considerado “irresponsável” ou dizem que cometeu uma “pedalada”. Mas se for um orçamento real, com previsão de déficit – compartilhando com o Parlamento a responsabilidade de achar soluções para “fechar” as contas –, também é taxado “irresponsável”. O que deveria ser feito? Deveria ter deixado de apresentar o orçamento ou ter falado em superávit para “agradar” o mercado?
Contas do Paraná
O governo do Paraná não aprendeu com os próprios erros. Deu uma equilibrada no caixa e já começa a gastar por conta. O Fundo de Combate à Pobreza, na verdade, parece ser uma preparação para a campanha de 2016. Usa-se o populismo para melhorar a imagem.
Rodrigo Janot
O artigo “Rodrigo Janot e a ética das pernas quebradas” (Gazeta, 2/9) é um exemplo de leitura em que se pode refletir sobre a circunstância atual, sem parcialidade e sem o viés de deturpar ou “ajeitar” para defender uma ideologia ou outra. Parabéns à Gazeta do Povo e ao articulista Taiguara Fernandes de Sousa.
PMDB
Ensino fundamental
Acredito que o novo posicionamento do Conselho Estadual de Educação (CEE) é correto. O CEE permitiu que crianças com 6 anos incompletos sejam matriculadas no ensino fundamental. A medida não prejudica as crianças que já estão no pré e dá tempo para as escolas se adaptarem.
Polícia nos estádios 1
O grande problema, ao meu ver, está no Estatuto do Torcedor. É lei federal e faculta ao clube solicitar apoio das policias para prover segurança interna dos estádios. Os clubes pagam uma “Taxa de Segurança Preventiva - TSP” em favor do Estado, considerada irrisória, pois não representa efetivamente o custo de uma operação policial. Fica barato para os clubes, que ainda dividem a responsabilidade com o Estado – caso aconteça algum problema ou “tragédia”, como tantas já presenciadas. Assim os clubes contratam poucos seguranças.
Polícia nos estádios 2
Segundo o representante da PM: “enquanto a PM está no estádio, de forma errada, o restante da população fica desprotegido nas ruas. É inevitável”. Mas e em dias em que não há jogos em Curitiba, temos segurança em nosso estado? Não há criminalidade?
Refugiados sírios
Enquanto crianças morriam do lado de lá do mundo, eram apenas notícias rápidas, estatísticas sem nome. Mas agora “o mar os trouxe” para dentro da nossa sala de jantar. Então o outro passa a ter nome: Aylan Kurdi um, Galip, o outro. Passa a ter nome e idade, 3 e 5 anos. Passa a ter identidade. É o mar cobrando nosso secular silêncio, nossa altivez ocidental.
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