Curitiba perde mais uma parte da sua memória (Gazeta, 11/11). O parque Alvorada, localizado dentro do Parque Barigüi, fez história. Agora, parece se despedir dos curitibanos para sempre. Antes instalado ao lado do Passeio Público, hoje passa por um desmonte e ninguém sabe informar o que será feito no local. Quem sabe as diversões lúdicas darão lugar a mais vagas de estacionamento?
Guilherme Sell, estudante, Curitiba PR
Infância destruída 1
Curitiba, Castro, Querência do Norte. Capital, cidade de médio porte, cidade pequena compartilhando uma mesma tragédia: meninas de, respectivamente, 9, 8 e 3 anos de idade violentadas sexualmente e brutalmente assassinadas. E de Fazenda Rio Grande vem o caso de uma numerosa família em que filhos foram sistematicamente abusados pelo pai (Gazeta, 11/11). Acredito que já é hora de o governo do estado criar uma "Frente de Erradicação à Violência Sexual contra Crianças". Se esse mesmo governo já mostrou firmeza e constância na erradicação de males como a febre aftosa investindo anos de trabalho, capital intelectual e financeiro (milhões e milhões de reais) no combate de um problema de fundo econômico, tem a obrigação de ao menos tentar combater um mal de fundo social. Não podemos mais admitir que, no nosso estado, crianças sejam violentadas e assassinadas a caminho de casa. Ou dentro da própria casa.
Jaciara Carneiro, São José dos Pinhais PR
Infância destruída 2
Temos lido com triste freqüência sobre a barbarização e a morte de nossas crianças por todo o Paraná. Já imaginaram o que deve acontecer por aí que a gente não vê? Parece que os anjos tiraram férias. Cabe então aos pais dar toda a orientação possível "aos nossos anjos": ter cuidados no Orkut com amigos e fotos; na rua, na saída de colégios; tomar cuidado com os que se aproximam com demoníacos sorrisos pois podem trazer drogas ou sofrer de desvios psicológicos de toda ordem. Mas precisamos, sim, confiar na nossa Justiça que vai fazer estes seres trevosos pensarem muito antes de matar inocentes, os nossos anjos.
João Luiz Zander, Ponta Grossa PR
Infância destruída 3
Depois de ler algumas notícias recentes sobre diversos tipos de crimes cometidos contra crianças e recém-nascidos Brasil afora, fico pensando que tipo de pais nossa sociedade está formando. Pais que matam seus filhos porque eles choram muito, porque fizeram alguma "arte" típica de crianças ou, simplesmente, porque estavam irritados com eles. Fora os inúmeros casos de abuso sexual, como o relatado pela Gazeta do Povo em 11/11, no qual o próprio pai abusava de 9 filhos. Será que alguém assim pode ser chamado de pai? Será que não há conivência ou omissão das mães, que não denunciam os maridos agressores? Sinceramente, fico bastante preocupado com a falta de valores e referências morais, principalmente por parte dos prórios pais.
João L. Teixeira, por e-mail
Ilha do Mel 1
Sou favorável a iniciativas que visem a preservação da Ilha do Mel, mas o pacote que proíbe vendas de imóveis no local (Gazeta, 11/11) tem, a meu ver, caráter de confisco. Por um lado serão prejudicados os proprietários que não terão condições de recolher as novas taxas, perdendo então a concessão de uso, uma vez que é vedada a venda. Por outro, aqueles que adquiriram imóveis na ilha a fim de investir também estão sendo prejudicados, pois ao efetuarem as compras não foram informados que posteriormente não mais poderiam se desfazer do terreno. A Ilha do Mel é um ponto turístico internacional, sendo que as atuais resoluções sobre construção no local já são suficientemente rígidas, não havendo a necessidade de novas restrições.
Daniel Veiga Jusi, por e-mail
Ilha do Mel 2
Esperamos que, enfim, o Instituto Ambiental do Paraná organize-se no sentido de sanar as tantas dúvidas sobre concessões de imóveis na Ilha do Mel. Minha família possui uma concessão desde 1932 e até o momento os técnicos do IAP não resolveram o problema sobre a localização precisa do imóvel e tampouco sobre a "invasão" ali ocorrida nos últimos anos. Pagamos os impostos pontualmente desde a década de 30. Já temos uma coleção de protocolos de solicitação para resolver isso, fizemos diversas visitas à sede do órgão e, até agora, nada foi resolvido. Torcemos para que, afinal, seja criado um regulamento adequado, mas também queremos que situações como a nossa sejam esclarecidas a bom termo. Por que pagar impostos se o órgão gestor da área não cumpre o seu trabalho?
Fernando C. Straube, por e-mail
Ilha do Mel 3
Mais uma vez estamos assistindo a uma tomada de decisão autoritária (sobre a venda de imóveis na Ilha do Mel). Ao menos foram ouvidos os moradores da ilha, os mais legítimos interessados no assunto? Existem Associações de Moradores de Brasília e de Encantadas que discutem suas questões em reuniões semanais. Teriam eles sido ouvidos pelos deputados? Existe até um Conselho Gestor presidido pelo representante do IAP, com representantes da Ilha do Mel. Esse Conselho foi consultado? Os operadores de turismo da Ilha do Mel foram escutados? Enfim, seria esse mais um "pacote" com o hálito da ditadura, incompatível com o período "democrático" que vivemos?
Jane Cherem, antropóloga, por e-mail
Ilha do Mel 4
Freqüento a Ilha do Mel desde 1989 e vi muitas mudanças desde então. Percebo que há uma estrutura de turismo autofágica, pois empresários de pousadas e restaurantes concorrem uns com os outros em vez de prestarem um serviço de qualidade para concorrer com praias de Santa Catarina e São Paulo. Muitas vezes os turistas são tratados com desrespeito e descaso. As trilhas estão cobertas de lixo, pois quase não há latões de coleta. A taxa ambiental afasta o turismo e não retorna na forma de ações em prol da ilha. Ir até lá já se torna desinteressante pelo próprio trajeto: no domingo, voltei em uma barca com mais de cem pessoas, muitas em pé, nos corredores. Regulamentar a venda e aluguéis de imóveis não me parece muito uma atitude pela preservação da ilha. Falta um plano inteligente de desenvolvimento sustentável de turismo, efetividade na fiscalização, com interesse em criar uma cultura de preservação, e não simplesmente policiar.
Roger Patitucci, engenheiro civil especializado em engenharia ambiental, por e-mail
Pedágio 1
Acredito que o preço do pedágio influencia na decisão de ir ao litoral. O valor é, possivelmente, o mais caro do Brasil por quilômetro. O mais razoável seria a revisão desses valores que já estão desestimulando as pessoas de viajar. A crise financeira que já estamos sentindo, acrescida de eventual aumento do pedágio e do abandono em que se encontra a região, tornam menos atrativa a ida ao nosso litoral.
Cid Andrade Carvalho, por e-mail
Pedágio 2
Não é o preço do pedágio que influencia a decisão de não descer para as praias. Os problemas do litoral paranaense são as praias mal cuidadas, as falta de asfalto nas ruas de acesso às praias, como em Pontal, a falta de uma orla decente para passeio, a escassez de quiosques. Enfim, a pouca estrutura para os turistas. Acho que as prefeituras e o governo deviam se inspirar no trabalho realizado nas praias de Santa Catarina. Como exemplo temos a Rodovia Interpraias de Camboriú, que valorizou muito as praias e deu uma estrutura decente para quem visita a região.
Luana Dias, por e-mail
INSS
Sobre a matéria "Benefício negado pelo INSS pode ser obtido na Justiça" (Gazeta, 3/11), o atendimento jurídico do Adec não é gratuito. O que não é cobrada é a análise do caso e o cálculo do benefício. Se a pessoa quiser ingressar na Justiça, precisa arcar com custas processuais e honorários advocatícios. Fazemos a ressalva porque, como entidade de defesa do consumidor, não queremos que pareça uma "propaganda enganosa".
Alessandra Lemos, jornalista, por e-mail
Moradia e aproveitadores
Concordo com editorial de 10/11 desta Gazeta. O problema social aumenta por conta da especulação dos oportunistas. Se for averiguar bem, o contingente de quem realmente precisa de área para alicerçar sua moradia não é de 100%. Há um considerável porcentual de quem nada precisa. Há muitos políticos que colocam laranjas para adentrar nessas áreas só para agitar, como forma de chamar a atenção. Por razões de ganância, quanto mais, melhor para eles.
Maria da Silva, por e-mail
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