Pedágio urbano, pedágio novo nas rodovias federais, reajuste no pedágio privado, e reajuste nos salários dos congressistas... Acho que há um contra-senso nisso tudo. Afinal, nossos representantes na política devem primeiro mostrar interesse em defender os interesses da população para depois pleitear reajuste salarial. Qualquer trabalhador funciona assim: primeiro trabalha bem, depois pede aumento. Gostaria de sugerir a esta Gazeta que, cumprindo seu dever social, encabece uma campanha para desonerar um pouco o cidadão. Como já percebemos, depois de assinados os contratos nada mais pode ser feito. Há impostos estaduais e federais para manter estradas em bom estado, então que se subsidiem as tarifas, ou diminuam os impostos. Nós, enquanto população, podemos apenas votar corretamente e cobrar dos eleitos responsabilidade com seus eleitores. A imprensa entretanto tem muito mais alcance e poder. Usar este poder em campanhas deste tipo é nobre e digno dos maiores elogios.
Odenir Antônio de PaulaGráfico Curitiba, PR
Direitos
Por que a administração institui, sob a denominação de regulamentação, cobrança de estacionamento de rua sem nenhuma contraprestação do tipo seguro para caso de furto? Por que a administração falta com o exame, poda e corte de árvores que certamente irão cair sobre as pessoas e que poderão matá-las? Por que os cidadãos vêm dia a dia sendo lesados em seus direitos pela denominada gestora da coisa pública? Por que este povo ordeiro e pacífico não se insurge?
Aldo ViannaAdvogado Curitiba, PR
Doce não é remédio
Gostaria que alguém me explicasse se a produção e a venda de remédios que imitam guloseimas não ferem o artigo n.° 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente que diz o seguinte: "A criança e o adolescente têm direito a informação..., e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento". Ora, se eu aprendi a ler direito, posso dizer que a criança não pode ser ludibriada. Pessoa em desenvolvimento, trata-se de alguém que ainda não adquiriu capacidade de discernimento. Partindo dessa conclusão, só posso acreditar que os remédios-guloseima são uma grave ameaça à integridade física e mental das crianças. Qual será a reação delas, quando descobrirem que certas doenças são graves e que comer jujubas, pirulitos e brigadeiros, como se tudo fosse fantasia, não adiantará de nada? Quem será o responsável por possíveis erros decorrentes das analogias equivocadas, feitas por "consumidores" despreparados?
Heitor HayashiCuritiba, PR
Vandalismo
Na edição de ontem (28/11), a Gazeta publicou, na página 2, uma foto que mostra um homem indignado com os atos de vandalismo praticados em uma lixeira que deveria ser utilizada para a separação do lixo reciclável. Ando todos os dias pelo centro de Curitiba e noto que a destruição é geral. Porém, o caso da lixeira me remete a mais uma questão importante: a falta de preparo da população para contribuir em uma campanha (a de separação do lixo) que não deveria mais ser motivo de preocupação das autoridades, por se tratar de questão tão básica e ser um dever de todos. Mas infelizmente essa é a realidade. Para reverter esse quadro, é preciso educar para a cidadania. Enquanto isso, vamos continuar nos deparando com situações e imagens como a do homem da foto.
Carolina Moreira LaraEstudante Curitiba, PR
Privilégios
Que vergonha a aprovação (unânime!) do projeto para a isenção de IPVA para partidos políticos e sindicatos. Os deputados estão, claramente, legislando em benefício próprio (e, claro, em benefício dos já ricos sindicatos). Não adianta querer acalmar o público com o projeto de redução no IPVA para bons motoristas. Nós não podemos nos deixar enganar. Partidos políticos e sindicatos possuem recursos para pagar o IPVA, é a população que não possui. Resta-nos esperar que o governador, utilizando de bom juízo, vete este absurdo.
Fernandes GabardoEngenheiro de segurança Curitiba, PR
Metrô
Quanto ao tema metrô, se implantado, sugiro que as canaletas onde hoje circulam os biarticulados passem a ser de uso exclusivo dos ciclistas com implantação de ciclo-faixas e que as pistas laterais das canaletas sejam alargadas e compartilhadas por veículos e motos, sendo uma faixa para veículos e outra para uso exclusivo dos moto-boys e demais motociclistas (moto-faixa). Precisamos incentivar o transporte ecológico, prático, ágil e que melhore o condicionamento físico da população. Quanto menos carros melhor, nossa saúde agradece.
Irineu Queiroz dos SantosBancário aposentado Curitiba, PR
Prefeitura responde
Com relação às cartas contendo comentários sobre os serviços municipais, a Prefeitura de Curitiba informa os leitores:
Paulo Sidnei, que a Praça Cultural do Japão (Jardim das Américas) será totalmente revitalizada em 2007. O projeto prioriza a segurança dos usuários e contempla a questão estética com obras de paisagismo e novo mobiliário;
Júlio César, que a Defesa Social mantém guardas municipais na região da bacia do Iguaçu, dentro do parque Náutico. Periodicamente, também desenvolve ações integradas de fiscalização urbana, das quais participam agentes do Batalhão de Polícia de Trânsito e da Polícia Militar. A Defesa Social programará novas ações para este final de ano.
Secretaria Municipal da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
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As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.
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