Por mais que haja prisões, as empresas continuarão a dar dinheiro para os políticos se conservarem no poder. Ao contrário do que diz a capa da nova edição da Gazeta do Povo (aliás, parabéns pela qualidade!), é impossível acabar com os predadores, pois o gosto pelo dinheiro e pelo poder faz parte da miséria humana. Então, o que fazer? A solução é mais simples do que parece: acabar com a possibilidade de os políticos se conservarem no poder. Todos os representantes públicos eleitos, após cumprirem seus mandatos, devem se tornar automaticamente inelegíveis para que possam naturalmente voltar às suas profissões de origem. Política não deveria ser profissão – essa frase circula em milhares de adesivos de carros no Brasil. Sem a figura nefasta do político profissional, a democracia estará mais perto daquilo que deveria ser.
Mario Braga
Edson Fachin
O mundo do direito é elegante e pratica a cortesia no dia a dia das lides. Mas o retrato carinhoso do ministro Fachin e as merecidas loas na reportagem de Basília Rodrigues nos fazem ver que o ministro passa por cima dos marcos fixados nos últimos tempos. A Lava Jato agora é medida em A.F. e D.F. Antes dele: uma operação política que levou à ruptura da ordem jurídica, mantendo o invólucro formal-legal, com a colaboração leniente do finado Zavascki. Depois de Fachin: a operação foi, graças ao relator, desparcializada, destucanizada e republicanizada; a Lava Jato não tem mais dono, agora a lei vale pra todos. 50 milhões de eleitores do apropinado senador, atônitos, que o digam. Cumprimentos ao mestre.
Jaques Brand
Sergio Moro
Moro é sem igual! Sua integridade, inteligência e coragem permitiram a descoberta dessa corrupção sistêmica que sempre tomou conta do país. Corrupção que mata diariamente milhares de brasileiros pela precariedade dos serviços públicos, como os que aguardam na fila de espera de hospitais, os que morrem por conta da violência civil etc. Não tenho religião, nem acredito em Deus, mas, se Ele existir, peço que sempre guarde o juiz Moro e continue dando-lhe forças para enfrentar esses marginais que saqueiam nosso país. Moro está cumprindo muito bem seu trabalho. Não se acovardou, nem se corrompeu em nenhum momento.
Bruno Hamerschmitt Gulin
Clayton Camargo 1
O desembargador Clayton Camargo, ex-presidente do TJ/PR, é alvo de uma ação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por conta de suspeitas que recaem sobre seu patrimônio, que seria muito maior do que ele conseguiria ter com os próprios salários. A Lava Jato é apenas um ponto de luz nesta grandiosa galáxia de crimes a ser investigados. Infelizmente, vejo que o espírito corporativista prevalecerá nas investigações, como sempre ocorreu.
José Parra
Clayton Camargo 2
Não vi nada de mais no patrimônio do magistrado. A valorização imobiliária é plenamente compatível com o declarado sobre seu apartamento. No mesmo período, adquiriu imóveis que tiveram valorização similar. A crítica deveria focar nos altos salários pagos aos magistrados.
Paulo Cristão
Servidores 1
20% do orçamento do governo federal é destinado a pagar os servidores, que correspondem a 1% da população. Essa proporção revela o tremendo custo do Estado brasileiro. Mas, claro, os funcionários públicos, tradicionalmente contrários a quaisquer reformas, sempre chiarão, como se fossem exemplares em seu ofício. A realidade mostra bem o contrário.
Rômulo Viel
Servidores 2
As empresas estatais e de economia mista – Petrobras, BB, CEF, Correios e outras – empregam mais de 400 mil funcionários e têm receita própria. Não há dotação orçamentaria da União para pagar esses funcionários. O estudo citado na matéria da Gazeta do Povo deve ser mais bem elaborado. Além disso, são 100 milhões de pessoas economicamente ativas, e não 200 milhões. O estudo está muito superficial, não é possível concluir nada.
Claudio Franceschi
Sanepar 1
Acho que o reajuste da tarifa de água e a redução do mínimo de consumo estão ligados à venda das ações pelo governo, que já deram um lucro estúpido aos “investidores”. Mas a desculpa para permitir investimentos na Sanepar é muito estúpida. Qualquer empresário, quando investe, é porque espera retorno. No caso da Sanepar, se é que os números são verdadeiros, houve aumento de consumidores; portanto, não tem sentido cobrar os investimentos de quem já os pagou antecipadamente; e os consumidores novos e antigos darão pelo menos o dobro de lucro.
Antônio Carlos Wanderley
Sanepar 2
A Polícia Federal já dizia que a Sanepar é uma empresa de fachada, e eu comprovo isso toda vez que abro uma torneira aqui em casa! Uma água fétida e com excesso de cloro, prejudicial à saúde! Que a PF caia matando em cima da Sanepar, investigando-a, ainda neste fim de gestão Richa, para que a população conheça os fatos obscuros da empresa.
Josmar Pereira Sampaio
Litoral do Paraná
Bela e importante a discussão sobre o futuro estar ou não atrelado ao desenvolvimento portuário e de indústrias, avaliando suas possíveis consequências ambientais. Incontestável é a vocação natural para turismo e lazer do Litoral. O estado do Paraná, ao não prover seu Litoral de infraestrutura e segurança, desperdiça um grande patrimônio e prejudica seus habitantes. É surpreendente a inação dos órgãos estatais ao não liberarem a necessária dragagem do canal artificial, imprescindível para a manutenção e desenvolvimento do lazer náutico e do turismo, que tantos empregos gera. Esse é um erro administrativo que o governador Beto Richa pode corrigir.
Domingos José Buenos Ribeiro
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”