Defendo o pôquer como um jogo de habilidade (Gazeta, 21/10). Para os leigos a primeira impressão é de um jogo ilegal, proibido, coisa de cassino, de bandidos e mafiosos. Na verdade não é nada disso. Jogo de azar é todo aquele em que o jogador depende única ou exclusivamente da sorte, ou seja, bingo, roleta, loteria, sorteio. Isso sim é jogo de azar, pois o jogador nada pode fazer a não ser torcer para o seu número ser o sorteado. Já o princípio básico do pôquer diz que você não joga somente suas cartas, mas joga também com a leitura dos movimentos do jogador adversário, uma análise mais complexa do que um simples blefe. Existem livros que ensinam diversos níveis de estratégias. Existem rankings que classificam os melhores jogadores. Existes torneios e competições esportivas em diversos formatos. Tudo isso não se encontra nos tradicionais jogos de azar já que lá simplesmente basta ter sorte.
Rodrigo Shamrock
Transporte coletivo
Tarifa mais baixa e eficiência seriam a fórmula necessária para atrair mais pessoas para o transporte coletivo de Curitiba (Gazeta, 21/10) Há uma propaganda muito grande em todo território nacional de que em Curitiba anda-se pela cidade toda, utilizando vários ônibus, com apenas uma passagem.
Para mim e para meus vizinhos, isso é propaganda enganosa.
Eu moro no bairro Pilarzinho. Lá tem duas linhas de ônibus convencionais. Nenhuma passa por terminal nem estação-tubo, portanto não há conexão. Na minha casa, por questões econômicas e de segurança, optamos por andar de carro, do contrário pagaríamos, no mínimo, 12 passagens diariamente.
Fica menos caro usar um carro.
Neusa Maria Faret
Dinheiro externo
"O mercado é Rei". Essa é uma frase muito usada no mercado financeiro. O governo taxou em 2% a entrada do fluxo estrangeiro que estava a todo vapor com o dólar cotado a R$ 1,70 (Gazeta, 20/10). Que ótimo! No dia seguinte a anunciação do dólar sobe para R$ 1,75, uma alta de quase 3%, vejam só, o imposto se anulou no primeiro dia! E o senhor ministro insiste em dizer que não é uma medida arrecadatória! Com certeza está desprezando a nossa inteligência.
Samir Ibrahim
Caixa 2
Não interessa o valor: fez caixa 2, sonegou e está a um passo da corrupção (Gazeta, 20/10). O Brasil precisa de políticos honestos, que representem com dignidade o povo. Se aceitar fazer caixa 2, como vamos acreditar que o nosso candidato estará no poder para representar o povo?
Susana Marquesine
Horário de verão
Tivemos o início do horário de verão nesse sábado passado e tenho acompanhado algumas reportagens, em que médicos relatam que o "relógio biológico" das pessoas demoram em média três, quatro ou até cinco dias para se acostumarem. Sou completamente a favor ao horário de verão, temos uma economia de luz muito grande, mas também temos problemas com essa adaptação. Sou professor no período da noite, e é notório o comportamento sonolento dos alunos nesses primeiros dias. Aqui vai minha pergunta às autoridades: por que não aproveitaram os feriados que tivemos em setembro, outubro e o que vamos ter em novembro para iniciar o horário de verão? Assim teríamos pelo menos um dia a mais para essa adaptação.
Carlo Nora
Vale-cultura
Seria possível consumir cultura com R$ 50 se, além do incentivo financeiro, o governo investisse na estruturação, no acesso e na divulgação cultural, especialmente no fomento de manifestações artísticas locais, através de suas entidades responsáveis (Gazeta, 20/10).
Vinicius Cardoso
Sacolas plásticas
O plástico leva anos para se decompor na natureza, por isso o Ministério do Meio Ambiente lançou neste dia 15 de outubro o Dia sem sacolas plásticas, em que alguns mercados incentivaram seus clientes a usarem sacolas de panos ou caixas de papelão para levarem suas compras. O problema é que algumas pessoas reclamaram que a sacola de pano é fora de moda e que as caixas de papelão são difíceis de carregar. Nesse caso, o ideal seria fazer como nos anos setenta e oitenta: os mercados voltarem a oferecer sacolas de papel forte e reciclável.
Luciana do Rocio Mallon
Afonso Pena
Mais um exemplo da má administração da Infraero. Mas o problema é antigo e, pelo jeito, será postergado até depois das eleições. A matéria (Gazeta, 16/10), entretanto, é muito pertinente, pois o feriado de Sete de Setembro foi um caos total, dentro e fora do aeroporto. Talvez já ampliem também o saguão, pois em breve, a exemplo dos carros, não teremos onde sentar dentro do nosso aeroporto.
Paulo Rocha
Rio de Janeiro 1
Não existe mais nada de maravilhoso no Rio de Janeiro, pois até o visual onde existia vegetação só tem barracos. Como veem, não passa de um grande favelão, onde não existe segurança. Em 1975, afirmei que o Rio de Janeiro teria um governo paralelo, rodeada de bandidos; graças à falta de planejamento em razão da explosão demográfica que vinha acontecendo. Conheci o Rio em 1951. Fui um grande apaixonado pela extinta cidade maravilhosa da qual nada sobrou de bom.
Mario Antiqueira Rocha
Rio de Janeiro 2
A imagem de um helicóptero sendo abatido por traficantes no Rio é desastrosa para uma cidade que vai sediar a Olimpíada. Se as autoridades não acordarem e não tomarem providências (tanto lá como aqui), a única modalidade na qual iremos nos destacar nos jogos será a de tiro ao alvo.
Luciano Augusto
Modelo
Maravalhas deveria ser modelo a todos os cidadãos. Querer as coisas certas e com esperança brigar por elas é atitude que todos deveriam ter, não calar-se em inconformidades nunca. Parabéns a esse cidadão Maravalhas.
Jano Crema
Judiciário inviável
Uma das causas da persistência evolutiva da criminalidade é a marcha lenta da Justiça. Se a pressa é inimiga da perfeição, a delonga exagerada é conivente com a impunidade. A procrastinação e prolixidade meticulosa processual exagerada e ritualística conservadora em excesso estimula a prática de ilícitos, até por pessoas jurídicas, instituições empregatícias ou não, inclusive pela sequência recursal quase infinita na hierarquia do sistema judiciário vigente. O cidadão pode sofrer prejuízos incalculáveis, patrimoniais, salariais ou trabalhistas, sem que haja a compensação corretiva.
Suzano Stepulski Santos
Táxi
Falam-se tanto em proibir as transferências de táxis em Curitiba, entretanto, se isso fosse proibido, também deveriam proibir as transferências de outras concessões, como transporte escolar, empresas de ônibus, bancas de revistas, lojas em terminais, funerárias, entre outras.
Osni Coleti, taxista
Dívida agrícola
Os mesmos ruralistas que propõem a CPI do MST para investigar o uso do dinheiro público conseguiram agora prorrogar a pagamento da própria dívida, que, diga-se de passagem, é pública. Na verdade, os grandes agricultores, principalmente, os que se escondem por trás da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) nunca pagaram a dívida dos sucessivos empréstimos para financiar os próprios negócios e aumentar o patrimônio familiar. Essa prática do mau uso do dinheiro público é antiga. É muita cara de pau dos ruralistas, no momento que propõem a CPI para investigar o uso do dinheiro público utilizado pelo MST, pedirem a prorrogação de pagamento da própria dívida, que reconhecidamente é eterna.
Emanuel Cancella
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