A população em geral está perplexa com a operação de guerra que o governo do Paraná articulou no Centro Cívico (Gazeta, 30/4). Mobilizou um contingente de milhares de policiais militares e esses agrediram os professores. Mesmo com toda essa situação, foi votado o projeto que poderá comprometer a aposentadoria dos trabalhadores paranaenses.
Praça de guerra no Centro Cívico 2
Aplaudo a luta dos professores neste embate que já nasceu perdido contra a força do governo. O futuro do Paraná será vermelho, pois ficou manchado com os ferimentos dos servidores que pediam, simplesmente, para não serem novamente prejudicados pela administração estadual. Se obras serão realizadas, utilizarão os recursos retirados da previdência dos servidores. Venha o que vier, estará manchado com sangue, tiros, bombas e gás de pimenta.
Praça de guerra no Centro Cívico 3
Os professores buscaram o confronto com a Polícia Militar, mas há outras maneiras de se resolver isso. A justiça, por exemplo; ou mesmo daqui a quatro anos, com as eleições. Os manifestantes queriam incitar a população e os professores contra o governador. Eles têm apenas objetivos políticos e partidários.
Praça de guerra no Centro Cívico 4
Os professores não são bandidos. Está tudo invertido nesse estado. Quem mexeu na previdência dos servidores estava protegido dentro da Assembleia; enquanto isso os trabalhadores eram atingidos por bombas, gás de pimenta e cassetete. Que vergonha.
Cerco à Assembleia 1
O senhor governador retira PMs das ruas e do atendimento à população para dar segurança aos deputados para votarem medidas contra o Paraná. Educação, saúde e segurança são obrigações do estado, e são pagos com dinheiro dos nossos impostos.
Daqui a alguns anos constará nos livros de História: no estado do Paraná ocorreram dois grandes cercos: o da Lapa, em 1894, e o Cerco do Centro Cívico, em 2015. O primeiro fruto de um heroísmo nacionalista; o segundo motivado pela insensatez política e administrativa de um governante.
Cerco à Assembleia 3
O governador Beto Richa está usando a força repressiva do estado, que não deveria ser usada para isso, como forma de garantir as alterações em direitos trabalhistas dos servidores. Executivo e Legislativo preferem usar a polícia e evitam o debate democrático.
Transparência
Precisamos exigir que seja feita a divulgação dos dados dos servidores por todos os órgãos da administração do governo do Paraná e da Prefeitura de Curitiba.
Corrupção
É claro que sempre houve corrupção, inclusive em empresas privadas ( 29/4). Os depoimentos do escândalo do petrolão evidenciam isso. Quantias fabulosas foram transferidas para partidos do governo. Afirmar que o governo federal apoia as ações anticorrupção também não se sustenta. E as tentativas de bloquear a CPI da Petrobras? E os obstáculos para a criação da CPI do BNDES e para o fornecimento de informações sobre os empréstimos a senadores da República? ,
Contas de luz
Recebi a fatura de energia elétrica e resolvi analisar os itens constantes da mesma: 6% da taxa de iluminação pública, 50% é o custo efetivo da energia e distribuição, e 44% são tributos e encargos. Somados aos 44% dos impostos que não foram recuperados na cadeia produtiva, podemos afirmar, seguramente, que 50% da nossa fatura de energia é de tributos e mais encargos. A explicação está nos muitos escândalos como o mensalão, petrolão e outros que logo mais estarão na mídia.
Coleção Vaga-Lume
É fantástico o fato de a Editora Ática trazer de volta a Coleção Vaga-lume. Como velho professor, devo dizer que trabalhei muito com meus alunos esses livros; todos que integram a coleção são bons. E o que me chamou a atenção é que escrevem bem todos aqueles que leram essas obras e comentaram sobre o assunto no site da Gazeta da Povo. Parabéns. Essa é a prova que ler é cultura.