A engenharia pode agradar "gregos e troianos" no caso da Praça do Batel. Exemplos de ruas que passam sob praças sobram em diversos países. A análise criteriosa do custobenefício da construção de uma trincheira com o objetivo de preservar a memória e a área verde local deveria ser levada em consideração. Importante é Curitiba não acabar perdendo o apelido de Cidade Ecológica, do qual todos nos orgulhamos.
Antonio Borges dos Reis, engenheiro civilCuritiba PR
Obras
Tem gente que parece ter parado no tempo. Basta rever algumas matérias recentes da Gazeta do Povo: o ex-governador Jaime Lerner afirma ser desnecessária a instalação do metrô em Curitiba. Gostaria que ele utilizasse nosso transporte coletivo para ver o caos em que se encontra: ônibus lotados, filas nos tubos, terminais em péssimas condições, etc.; algumas pessoas são contra a construção de um prédio na Praça Osório (alegam que vai "descaracterizar a paisagem"). Essas pessoas esquecem o grande número de empregos que tal obra irá gerar; a polêmica em torno da Praça do Batel: será que a praça é um logradouro tombado pelo Patrimônio Histórico, logo, é intocável? Já estamos no século 21! Esqueceram?
Vera SoaresCuritiba PR
Bingo 1
É incrível a ousadia dos que tentam reabrir os bingos. Mesmo fechados desde 2004, os donos tentam desesperadamente liminares que autorizam a abertura, mas o absurdo é que estejam oferecendo propina a funcionários de órgãos públicos. Já passou da hora de se tomar uma decisão definitiva, como o presidente Lula disse: "Ou proíbe ou regulamenta", o que não pode é ficar nesse dilema.
Juliano Augusto PedrozoCuritiba PR
Bingo 2
Não podemos aceitar numa democracia uma deliberação unilateral por parte do governo que usa o princípio de dois pesos e duas medidas para impor decisões. A exploração de oito jogos de azar e mais a loteria pela Caixa Econômica é permitida e liberada pelo governo. De duas, uma: ou o governo fecha seus próprios jogos ou libera os demais. Há também o caso dos desempregados que somam milhares. Os jogos de azar explorados pelo governo arrebanham uma grande quantidade de jogadores com baixo poder aquisitivo, sendo que o número de ganhadores é bem reduzido. Por que não aproveitar e fazer junto aos bingos um ambiente para apresentações de shows, orquestras, cantores, cômicos e mágicos? Seriam criados muitos empregos.
Djalma Oliveira da SilvaCuritiba PR
Segurança 1
Agora o alvo das críticas dos curitibanos são os vigilantes particulares que percorrem algumas ruas noite adentro, sob chuva ou frio, em troca de uns trocados por mês. Os intolerantes alegam que eles são despreparados, que incomodam pelo barulho e que garantir a seguranbça é papel da polícia. Polícia? Que ótimo! Quem pensa assim, possivelmente nunca precisou da polícia. Se precisar, quando muito terá apenas um boletim de ocorrências e nada mais. As pessoas precisam entender que o papel destes vigilantes não é de policiar, de prender ou de combater criminosos, mas de apenas vigiar. É um complemento a mais às poucas alternativas que nos restam em termos de segurança pessoal e patrimonial. Temos vigilantes na nossa rua há pelo menos dez anos. Coincidência ou não, nunca se soube de qualquer problema na vizinhança nesse período. Antes, tivemos duas ocorrências.
Rubens Santos, empresárioCuritiba PR
Segurança 2
No filme "Círculo do Medo", o ator Gregory Peck vai a uma delegacia e solicita segurança ao chefe da polícia. Aconselhado a procurar um detetive particular, responde: "Devo alertar que pago todos os impostos". Em Curitiba, os assaltantes balearam uma grávida e fugiram a pé arrastando um pesado cofre. Onde estavam os bons policiais? Em razão de tudo que lemos nos jornais e vemos na tevê sobre atitudes da polícia e da falta de equipamentos e de pessoal, questiono: qual a razão de eu estar pagando, com os impostos, os salários de maus policiais? Como a polícia dispõe de 400 policiais para retirar os sem-terra de ocupações de fazendas e não dispõe de elementos para fazer a segurança do cidadão? O presidente da República declarou que as Forças Armadas não estavam preparadas para a segurança da população. Ao Papa, foram "concedidos" 20 mil soldados das Forças Armadas. Estavam preparados?
L.S. GrochovskiCuritiba PR
Siate
No dia 1.° de maio de 2007, meu irmão caiu de uma árvore de mais de 4 metros de altura, batendo a coluna e a cabeça. Outro irmão e mais três rapazes o imobilizaram, deitando-o no chão. Chamado, o Siate não demorou a chegar. O procedimento dos socorristas, no entanto, foi inaceitável: perguntaram ao ferido se ele tinha condições de se sentar. Como poderia? Pois fizeram-no sentar sem ao menos colocar o colete. Em seguida, fizeram-no andar até a ambulância, sem sequer saber se havia fraturas. Questionados, os socorristas disseram que a maca era desnecessária porque ele não tinha quebrado nada. Como poderiam saber sem nenhum exame? No Hospital Cajuru uma tomografia apontou uma lesão. Ele logo foi operado e, por sorte, não houve conseqüências piores. Meu irmão poderia ter ficado tetraplégico com o descuido dos socorristas. Registro este protesto porque nem todos podem ter a mesma sorte.
Roselani B. NicolaCuritiba PR
Ética social
Ignoro qual é a posição ideológica do professor Renato Janine Ribeiro, segundo o qual "as pessoas honestas se sentem otárias" e "o que vai ser das novas gerações se ficar evidente que a honestidade e a decência não trazem resultados políticos?" Entretanto, concordo com o entrevistado e parabenizo a Gazeta do Povo pela entrevista com ele realizada em 16/4. Penso que faltou apenas ressaltar o papel positivo da liberdade de imprensa na estabilidade ética da sociedade democrática e na correção das desigualdades sociais.
José Nelson Dutra Fonseca, bancário aposentadoCuritiba PR
Impunidade 1
A impunidade é o veneno do poder. Apesar das prisões feitas pela Polícia Federal, os infratores sabem que logo cairão no esquecimento e cumprirão suas penas em liberdade. Somos vítimas de pessoas despreparadas que provam do poder sem antes ter bem definida uma digna ordem de valores e que acabam tomando para si os bens do povo.
Sarah Maresa Guernieri, professoraCuritiba PR
Impunidade 2
Com tantas operações desencadeadas pela Polícia Federal, haja cadeia para tanta gente. Ainda bem que muitos conseguem se safar após três ou quatro dias presos. Lamento que, graças ao habeas corpus ou por falta de provas consistentes, continuem impunes. Afinal, quando há indícios tão fortes é difícil que não haja envolvimento.
Reinaldo Pereira, aposentadoCuritiba PR
Saúde
Até quando vamos ter de agüentar os políticos dilapidadores do dinheiro público, que só visam a eles. São aqueles que podiam fazer algo, mas não fazem. Nós, a população explorada, relegada ao último plano, temos de pagar por tudo. Na área da saúde, somos explorados por médicos que usam as estruturas dos hospitais como se fossem suas clínicas particulares, aproveitando-se de pacientes que não têm plano de saúde para extorqui-los nos momentos mais delicados, quando um ente de sua família precisa de atendimento. Existem profissionais sérios, não quero generalizar, mas são as exceções.
Mauro WolffLapa PR
Mensagem
"Viver hoje" é o título de uma mensagem publicada pela Gazeta do Povo de 17/5, de autoria do Padre Dirson Gonçalves, que por certo é iluminado pelo Espírito Santo, um verdadeiro compêndio de amor cristão e ao próximo. Se pudéssemos viver a mensagem, o que não é difícil, por certo a vida seria maravilhosa.
J. Andrade, contadorCuritiba PR
Reciclagem em queda
Nas caminhadas pelas ruas do meu bairro, Orleans, tenho observado que na maioria das casas não se separa o lixo reciclável do orgânico. Falta conscientização a muitos curitibanos. Uma idéia é que em cada empresa, escola ou igreja seja designado alguém para falar da importância da separação do lixo. Já fiz isso numa reunião de mulheres e acho que foi útil. Deus criou a Terra. O que fazemos com ela?
Sueli S. S. Silva, artesãCuritiba PR
Escândalo
"O escândalo envolvendo o ex-ministro das Minas e Energia Silas Rondeau é mais um duro golpe para os que acreditaram na mudança de paradigma que haveria em um governo petista. Temos, como Diógenes, de continuar com uma lanterna, pelas ruas, à procura de homens honestos que queiram se dedicar à vida pública."
Luzia O. Garcia, professoraCuritiba PR
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Gazeta do Povo
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