A matéria "Professor que ensina melhor pode ter prêmio" (Gazeta, 10/8) explicita com toda clareza a imensa falta de interesse de nossos dirigentes políticos em resolver as mazelas da educação básica. Ao estipular um prêmio aos professores cujos alunos demonstrem bom desempenho em avaliações oficiais, o projeto de lei de autoria do senador Cristovam Buarque ratifica a absurda ideia de que a melhoria de nossas escolas depende apenas da boa vontade individual dos professores. Ora, já não é mais segredo para ninguém que grande parte de nossos professores, bem formados e comprometidos com as suas funções, está adoecendo e abandonando as salas de aulas em razão das desumanas condições de trabalho a que é submetida. O maior prêmio aos professores seria o respeito e o reconhecimento profissional.
Sebastião Donizete Santarosa
Prêmio para professores 2
Sou contra esse projeto do senador Cristovam Buarque. É um absurdo, pois as escolas que têm média acima de 6 no Ideb na maioria são particulares ou federais. Nas escolas que lutam com dificuldades, violência e reprovação, os professores são heróis, eles não escolhem os alunos que terão.
Roberto Carlos de Oliveira, professor
Violência
A primeira e mais urgente medida a ser tomada para proteger crianças e adolescentes ameaçados de morte é investir em segurança pública. É incompreensível o crescente descaso das autoridades nessa área. Diversas reportagens demonstram que os efetivos da polícia militar e, principalmente, da polícia civil estão absurdamente defasados. Tal situação é ainda mais incompreensível quando há candidatos aprovados em concurso público aguardando a nomeação. Só com investimentos reais pode acontecer alguma diferença.
Diogo A. Benoski
Greve INSS
Realmente é impossível ficarmos alheios ao drama causado pelos peritos que reivindicam tratamento digno, mas não dão esse mesmo tratamento aos pobres segurados que vão submeter-se aos julgamentos deles, muitos tratados como se fossem marginais, como se sempre estivessem tentando burlar benefícios. Quanto ao excesso de trabalho, é só serem justos e estenderem os prazos dos benefícios de dois para quatro ou seis meses ou até mesmo um ano, pois algumas doenças não se curam em prazos exíguos e os segurados, às vezes, ficam mais tempo em espera de perícias do que usufruindo dos benefícios a que têm direito.
Waldir Mattos, professor de ética e cidadania
Copa em Curitiba
O Clube Atlético Paranaense está correto em defender seus interesses. Se os presidentes dos demais clubes fossem tão responsáveis quanto o do Atlético, o futebol brasileiro seria muito mais organizado. Se não tivermos Copa em Curitiba, a responsabilidade será de nossos governantes. Se a Copa é tão benéfica para os cidadãos curitibanos, com R$ 7 bilhões em investimento, e com obras que deveriam ser feitas independentemente do evento, os governantes deveriam ser um pouco mais competentes do que são.
Oziel Castanho de Oliveira
Caos aéreo
Criticar o tempo todo as empresas aéreas e culpá-las pelas fortes neblinas que ocorrem em nosso aeroporto é realmente um absurdo, afinal, o que pretendem essas pessoas, pois todos nós curitibanos sabemos que nessa época do ano esse fenômeno natural é frequente.
Eliane do Rocio Haluch Santos
Situações abusivas
A partir do momento em que uma mulher vai até a delegacia e faz sua denúncia, não pode simplesmente entrar para a estatística. A polícia deve agir, fazer investigação pesada em cima do denunciado e fornecer proteção policial à denunciante. Não se pode deixar acontecer um homicídio, para que apenas então o infrator seja punido. Punir após ter perdido uma vida inocente não adianta, tem de ter ação antecipada. Uma pessoa inocente não pode pagar com a vida por inoperância ou incompetência.
Rodrigo Albani
Ciclofaixas
No trânsito curitibano as únicas intervenções são para o alargamento de ruas, estreitamento de calçadas e retirada de árvores para criar os famigerados binários. Tiraram os estacionamentos de vias importantes e elas já se encontram saturadas, mas até agora nada aconteceu. Que tal deixar as medidas paliativas e estabelecer as ciclofaixas em ruas como a Visconde de Guarapuava, a Coronel Dulcídio, a Avenida do Batel, a Carlos de Carvalho, entre outras. Já seria um bom começo.
Maria S. Garcia
Jornada de trabalho
A luta pela redução da jornada de trabalho iniciada em 2003 pelos sindicatos dos trabalhadores deve ser tema prioritário dos candidatos à Presidência nas eleições de 2010. A forte resistência por parte dos empregadores em admitir a redução da jornada de trabalho sem a diminuição dos salários, na verdade, trata-se de uma disputa em torno da apropriação dos ganhos de produtividade. No Brasil, não há qualquer penalização para o empregador que multiplique a seu bel prazer a jornada extraordinária. A hora extra perdeu a sua característica básica de ser hora extraordinária para ter um caráter de hora ordinária. Essa redução beneficiará os empregados e os desempregados. Os argumentos dos empresários são os mesmos da época da Revolução Industrial.
Juvenal Pedro Cim
Palmada pedagógica
Concordo com a proibição das palmadas pedagógicas. Mas com ressalvas. Em pleno século 21, é um absurdo alguém bater em uma criança, mas creio que muitos desses que aprovaram a lei tenham exemplos da disciplina exercida por seus pais quando pequenos. Comigo e com muitos da minha geração aconteceu exatamente a mesma coisa. Com a educação que tive quando criança, não só eu, mas muitos de minha geração não foram para o mundo das drogas.
Miguel César Setim
Licença-maternidade
A importância do benefício da amamentação por seis meses para a criança é inquestionável, porém é inevitável o prejuízo para as mães trabalhadoras. Acontece muito em entrevistas de emprego, perguntas do entrevistador para a candidata, como se ela é casada, se tem planos de engravidar, ou simplesmente vai dispensá-la por estar em idade fértil. Não sei o que é pior, uma criança sem os cuidados da mãe nos primeiros meses, ou uma mãe com uma criança pequena e desempregada.
João Arnaldo
Nostalgia
Quero elogiar a coluna Nostalgia e parabenizar o jornalista Cid Destefani, pelo seu trabalho de preservação da história de Curitiba com as lembranças e fotos que publica. E, principalmente, declarar que muito aprecio suas opiniões claras e precisas sobre o que de errado e de absurdo tem sido feito e planejado para o futuro. É a nossa voz.
Paulo A. Garbus
Correção
Na primeira página da Gazeta do Povo de ontem, foi erroneamente informado que os incêndios na Rússia já mataram 700 pessoas. A informação correta é que a média diária geral de mortes registradas em Moscou subiu de 380 para 700 desde que a cidade foi envolta pela nuvem de fumaça.
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