"Toda civilização que atinge o ápice entra em decadência". Assim vamos convivendo com problemas de acordo com o grau de evolução das épocas. Outrora, as ruas estavam abarrotadas de carroças tracionadas por cavalos que depositavam nas ruas suas obras orgânicas. O volume de excremento era fantástico. O cheiro, insuportável. As grandes metrópoles ansiavam por um novo meio de transporte. Não podemos mensurar quão aliviadora foi a invenção do automóvel, pois as ruas, paulatinamente, ficaram limpas e o ambiente com ares mecânicos. Hoje vivemos o mesmo caos vividos no auge da tração animal: não há mais espaços nas ruas onde não esteja preenchido por um automóvel. O cheiro dos animais foi substituído por monóxido de carbono, diferente do cheiro dos animais. O odor do cavalo não mata, em contrapartida o cheiro do carro é quase imperceptível e mata aos poucos. Estou aguardando ansiosamente, assim como outrora o automóvel, por um novo meio de transporte.
Edilberto José Gassner, aeroportuárioSão José dos Pinhais, PR
Poluição
O que é mais grave: derrubar a árvore que purifica o ar que respiramos ou jogar poluentes pesados no mesmo ar que respiramos? Hoje cedo (8/12), levando a pé minha filha à escola, na subida da Rua Teixeira Coelho, um pequeno caminhão de entrega de gás soltou tanta fumaça preta na rua que tivemos que nos afastar para não respirar o ar impregnado de fumaça tóxica. Já vi na imprensa a prisão de pessoas que cortam uma araucária, mas jamais vi algo parecido para quem polui o nobre ar que respiramos.
Sílvio Murada, professorCuritiba, PR
Sem controle
Nos últimos anos, estamos assistindo a um total descontrole no Brasil: saúde que não atende; falta de incentivo à educação e ao esporte; crime organizado enfrentando o governo; invasão de propriedades; e agora o caos no controle aéreo. É de se perguntar, a quem interessa tudo isso? Tornar as instituições cada vez mais enfraquecidas, o povo tratado com esmolas e cada vez mais ignorante, nos deixa muito vulneráveis. Temos péssimos exemplos de países que passaram por isso. Quando o povo acordou era tarde.
Carlos Barroso, especialista em administração públicaCuritiba, PR
Aparência
Dias atrás, entrei em uma loja de brinquedos recém-inaugurada. Como acabara de sair da academia, estava em traje esporte. Parei para conhecer a loja e comprar alguma coisa para meu filho entregar para o amigo-secreto da escola. Como não era grande coisa, mal me olharam para me atender e a funcionária, quando se dirigiu a mim, disse: Isso é daquela mulher ali. Ora, isso é maneira de tratar uma pessoa? Ensinei a meus filhos que qualquer pessoa deve ser tratada com respeito. Acho que está na hora de os senhores comerciantes reverem seus conceitos.
Maria Elaine Paganini, economistaCuritiba, PR
Inchaço das metrópoles
Curioso que o editorial da Gazeta do Povo tenha omitido que a principal causa para o inchaço das cidades é a não realização da reforma agrária.
Leonardo Martins, estudanteCuritiba, PR
Decepção
Era de se esperar que no, fim da festa, a Câmara dos Deputados Federais fizesse o que fez ontem (6/12/06) e deixasse escrito em seus anais o triste período de quatro anos de pura esculhambação que aconteceu com as CPIs que lá foram instituídas e que não levaram a lugar algum. Os deputados federais que praticaram o bem durante este período devem se sentir envergonhados com o que aconteceu neste período negro, de mensalão, sanguessugas, dôssie, etc. São tantos os escândalos que até esquecemos de alguns. Um dia, ainda aprenderemos a "votar" e não mais vamos reeleger ninguém. Simplesmente renovar e não dar tempo de político algum criar raízes em seus gabinetes.
Newton Luiz Colleti, vendedor autônomoCuritiba, PR
Privilégios
A criatividade dos deputados estaduais paranaenses para se locupletarem às custas do contribuinte parece não ter fim. Ainda é quente na memória do povo a movimentação que fizeram para derrubar o projeto contra o nepotismo e garantir a "boquinha" da família. Agora, para fechar o ano, aprovaram a isenção de IPVA para os seus automóveis. Parece-me que não há, atualmente, assembléia legislativa mais inútil que a nossa. Não se sabe de um único debate importante que tenha ocorrido ali nos últimos anos, além daqueles em causa própria.
Rubens Santos, empresárioCuritiba, PR
Sem manutenção
Chamo a atenção dos responsáveis pela manutenção das ruas do bairro Seminário. Existe um buraco enorme nas esquinas das ruas Jaime Veiga com Curupis e São Leopoldo com General Daltro Filho, esta com pedras que se soltaram do próprio buraco. As manobras de conversão no local são perigosas. Os moradores esperam que providências sejam tomadas rapidamente.
Denise M. Campese, contabilistaCuritiba, PR
Sem passarela
O trecho da Rua Mateus Leme entre João Gava e José Orontes Pires é um caos nos horários de pico do trânsito. Já solicitamos várias vezes "yellow box" e até uma passarela para o acesso ao Parque São Lourenço, mas tudo em vão. Quantas pessoas terão de morrer para que se tome alguma atitude?
Jorge Quadros, engenheiroCuritiba, PR
Sinalização urgente
Em nome dos pais de alunos de escola infantil, solicito a compreensão de órgãos competentes para que seja colocado na Rua Cristiano Strobel 1.145, uma lombada, quebra-molas ou até mesmo um guarda nos horários de maior movimento de entrada e saída. Vários pais já solicitaram uma providência porque, após a reestruturação desta rua, os motoristas acham que é pista de corrida e passam muito rápido. Além desta escola infantil, nas imediações, há diversos alunos de uma escola estadual que também atravessam este trecho. É uma vergonha nossos governantes não priorizarem a segurança de nossas crianças.
Melissa GarciaCuritiba, PRDesmatamento no litoral
Com relação à carta do sr. Antonio Kalinovski (5/12), o chefe do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) em Paranaguá, Reginato Bueno, informou que uma equipe do escritório vistoriou na terça-feira (5) o local apontado e não constatou cortes na vegetação. Segundo ele, o IAP já havia vistoriado o local onde a prefeitura de Pontal do Paraná pretendia fazer uma limpeza da vegetação. "Na vistoria já comunicamos a proibição de corte da restinga, que é considerada área de preservação permanente. Apesar de não termos encontrado irregularidades, a intenção de corte nos levou a embargar a atividade. Caso encontremos alguma irregularidade, a prefeitura será autuada conforme o dano ambiental causado".
Assessoria de Imprensa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente
"Um filme americano, produzido e totalmente rodado no Brasil, mostra um grupo de jovens norte-americanos em férias que acaba vítima de uma quadrilha de tráfico de órgãos em algum lugar da costa brasileira. Por que permitiram que tal filme fosse rodado aqui no Brasil? Não deveriam nem permitir que esse tipo de desserviço para com o nosso já tão sofrido país acontecesse."
Sergio Godinho Fontes, analista de SistemasCuritiba, PR
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