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coluna do leitor

Qualidade do ensino

Li sem surpresas a matéria "Com diploma e sem português" (Gazeta, 16/4). Sou professor em instituições de ensino superior em Curitiba e infelizmente meus alunos, praticamente formados em Engenharia, cometem erros básicos de matemática, até com a calculadora em mãos. Esses alunos que cometem erros de português e matemática estarão em curto espaço de tempo entrando em sala de aula para ensinar outros. Aonde será que nós vamos parar? Quem inventou o termo analfabeto funcional? Se é um analfabeto, então não é funcional.

Pablo Soares

Maioridade penal 1

Eu sou a favor da redução da maioridade penal. A maioria dos crimes é praticada por adolescentes porque eles sabem que seus atos "não vão dar em nada". Se aos 16 anos o jovem já tem consciência para votar e eleger um candidato, por que não pode assumir o crime que cometeu?

Sandra da Costa

Maioridade penal 2

Reduzir a idade penal não resolverá nada. Enquanto não se cumprir o que é preciso em relação à criança e ao adolescente, a situação não melhorará. Não estou dizendo que concordo e que o menor deve ficar impune, mas a situação é muito mais profunda e muito mais séria que a redução da maioridade penal.

Márcia Regina da Rosa Cardoso

Maioridade penal 3

Nossos jovens deveriam trabalhar mais cedo para adquirir responsabilidade. No passado, os jovens trabalhavam e estudavam, não tinham tempo para ficar fumando maconha, nem pensando em como cometer crimes. Temos hoje vários homens de negócios, gerentes de banco, advogados e tantos outros que não morreram por terem trabalhado e estudado ao mesmo tempo.

Eladir Regina Bernert

Poder de investigação do MP

O deputado Ricardo Arruda Nunes é a favor da aprovação da PEC 37 porque, segundo ele, "um promotor que vai investigar um crime pode trocar tiros com bandidos e ele não foi treinado para isso" (Gazeta, 14/4). O que o deputado não sabe é que os crimes investigados pelo MP são os cometidos por bandidos que não usam armas. Os bandidos investigados pelo MP usam seus cargos e posições políticas, abusando da nossa confiança para empunhar as canetas com as quais cometem seus crimes.

Aírton Luiz Moraes

Aborto

Objetivo, límpido, científico e pedagógico o artigo "A vida humana, dom inalienável" (Gazeta 9/4), do médico e professor Fernando Silveira Picheth. É uma resposta irrepreensível aos sofismas urdidos pelo CFM quando apregoa a interrupção da gestação até a 12ª semana. Além de provar a incoerência de quem é formado para preservar a vida humana, mas respalda a supressão dela, o artigo demonstra que o CFM fala sem que sua deplorável argumentação esteja embasada no pensamento majoritário da classe médica no Brasil, como deveria se pautar uma entidade representativa digna de respeito.

Alzeli Bassetti, escritora

Doações para universidades

Estudei na UFPR e, se houvesse uma campanha para doações (Gazeta, 16/4) com objetivos claros e destinação definida, certamente eu contribuiria. Como não paguei para estudar, acho justo dar uma retribuição, o que não tem nada a ver com os impostos, que têm aplicação muito difusa. Se a doação gerasse contrapartida no Imposto de Renda, seria ainda mais atrativa.

Júlio Valaski

ANS

Em atenção à carta do leitor Alvino Rodrigues Magalhães (Gazeta, 15/4), a Agência Nacional de Saúde Suplementar esclarece que a multa é a principal sanção de um órgão regulador e não deixará de existir. No entanto, esse mecanismo não tem se mostrado como uma ferramenta eficaz para a mudança de comportamento das operadoras de planos de saúde. Portanto, a ANS tem adotado outras iniciativas como a mediação de conflitos, a suspensão temporária da comercialização de planos e a criação de obrigação para as operadoras de fornecer ao consumidor as razões de eventual negativa de cobertura por escrito, entre diversas outras.

Isabella Eckstein, assessora de imprensa da ANS

Ditadura

Orgulho-me de ter sido um dos sete leitores do artigo "Desculpe por morrer", de Paulo Briguet (Gazeta, 15/4). Se ainda não precisamos pedir desculpas por morrer, já o fazemos para expressar determinadas opiniões. O que vemos hoje é uma "deselite pseudodominante" tentando fazer quem não pertence às "minorias" e às "classes menos privilegiadas" sentir vergonha. Se você se declara branco, heterossexual, classe média-alta, faça-o discretamente, para não ser tachado de responsável por todas as mazelas da nossa sociedade.

Francisco Johnscher Neto

Porto de Paranaguá

Visitei a cidade de Paranaguá para conhecer a movimentação dos caminhões de transporte de produtos de importação e exportação. O mesmo passeio deveria ser feito pelo prefeito de Paranaguá, o governador Beto Richa e a presidente Dilma. Imagino que nenhum deles conheça o caos do porto.

José Adriano Mainardes, Telêmaco Borba – PR

Investimentos paranaenses

O líder do governo da Assembleia do Paraná, Ademar Traiano (Gazeta, 10/4), "esqueceu" em seu artigo que, na conta dos convênios federais, o Paraná recebeu no ano passado R$ 336 milhões a mais que o Rio Grande do Sul e R$ 1,821 bilhão a mais que Santa Catarina. No que se refere às universidades federais, a UFPR e a UTFPR receberam um total de R$ 1,4 bilhão, enquanto as seis federais gaúchas receberam R$ 2,8 bilhão. Em média, R$ 700 milhões para cada uma das paranaenses, e R$ 460 milhões para cada uma das gaúchas. Em dez anos de governos do PT, foram instaladas no estado a UTFPR, a UFFS, a Unila, além do ITFPR. O líder do governo deveria reconhecer que a redução das tarifas de energia elétrica em 18,2% se deve a medida do governo federal, que os recursos para a construção de moradias no Paraná virão quase que totalmente do governo federal e que a revitalização do corredor Aeroporto-Rodoferroviária, orçada em R$ 167 milhões, receberá R$ 105 milhões do governo federal, R$ 53 milhões da prefeitura de Curitiba e apenas R$ 9 milhões do estado.

Luciana Rafagnin, líder do PT na Assembleia Legislativa do Paraná.

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