Todos os anos o ciclo da natureza é basicamente o mesmo: a estação das chuvas, do calor e a da estiagem, momento pelo qual passamos. Se todos sabem que o inverno é um período de baixa precipitação, já está na hora de a Sanepar antecipar a campanha para economizar água. Esperar todos os anos até o limite e depois atribuir o racionamento à falta de colaboração da população é uma demonstração de que a prioridade da empresa não é o fornecimento, e sim a arrecadação.
Heitor Hayashi, autônomoCuritiba, PR
Falta de água
Sem nenhuma dúvida, a Sanepar é a maior responsável pela falta de água em nossos reservatórios, e não a falta de chuva e a população. Se não fosse a absurda taxa mínima cobrada nas faturas da Companhia, o que considero inconstitucional, certamente as pessoas teriam motivos suficientes para economizar, mas se lhes é cobrado 10 m3 mensais quer use ou não, daí que é óbvio, todos querem fazer jus à metragem que nos é cobrada. Se não fosse a ganância, a falta de visão e competência dos gerenciadores da Sanepar, com toda certeza, esse sacrifício seria evitado. Pelo meu conhecimento, o Paraná é um dos poucos estados brasileiros onde essa taxa mínima é cobrada. Isso desmotiva, em todos os sentidos, o consumo alternativo de outras fontes de abastecimento.
Oton NobreColombo, PR
Proteção ao patrimônio
Li na Gazeta do Povo (dia 2/8) uma reportagem sobre o furto da fiação e dos refletores que iluminavam o Teatro Paiol. Fica uma pergunta: a Guarda Municipal não foi criada com o objetivo de proteger o patrimônio público? Se foi, algo está errado. O que temos visto são diversos prédios públicos sendo pichados; estações-tubo depredadas; luminárias, fios e cabos roubados, sem qualquer ação dos agentes que deveriam zelar pela sua integridade.
Hélio Azevedo de Castro, economiário aposentadoCuritiba, PRPunida indevidamente
A senhora de 81 anos que filmou os traficantes em Copacabana, no Rio de Janeiro, perdeu recurso de indenização. Segundo os desembargadores, foi a própria aposentada quem se colocou em risco ao registrar imagens do tráfico e tem de assumir as conseqüências do ato. Conselho das autoridades cariocas: não ouça e, principalmente, não veja e nem registre em filmes o que se passa em sua vizinhança. Você e só você será responsável por sua segurança. Wilson Vieira, vendedorCuritiba, PR
Nova lei
Contrariamente às opiniões que estão sendo veiculadas neste jornal, acho que as mudanças na lei de trânsito vieram para melhor. Com o novo CNT passamos de total liberalidade para disposições draconianas e até contraditórias, como a cassação imediata da carteira em caso de falta gravíssima sem o obrigatório processo administrativo na mesma lei. Também foi melhor a uniformização do critério do excesso de velocidade para aplicação da multa gravíssima, bem como a nova gradação. Para os que se comprazem na cassação de carteiras basta atentarem para que não mudou o critério de que o acúmulo de 20 pontos ou mais continua suspendendo o direito de dirigir. Sobre a questão, pessoas que entendem do assunto, como o advogado Marcelo Araújo e o colunista Fernando Calmon, defendem a nova lei, com conhecimento de causa.
Sílvio V. F. DiasCuritiba, PR
Ser curitibano 1
Em última análise, morar em Curitiba é uma questão de escolha. Para tantos outros não curitibanos, como eu, um prazer. Não é inapropriado dizer que os inconformados têm a opção de se mudar, mas é deselegante queixar-se publicamente daqueles com quem, por opção, convivemos.
Elcio Luz, empresárioCuritiba, PR
Ser curitibano 2
Nos últimos anos, Curitiba descaracterizou-se completamente. Recebeu uma forte onda de migrantes de todo o país, que vieram em busca de bons empregos e qualidade de vida. Infelizmente, essa onda migratória impactou de modo negativo e causou a degeneração de nossa cidade. Hoje, também infelizmente, nossa urbe está mais parecida com as demais do Brasil. Com os maus hábitos dos que para cá vieram nos últimos anos, a cidade perdeu parte de sua cultura e educação. Segundo pesquisas recentes, hoje 53% da população de Curitiba não nasceu nesta bela cidade e que, há mais de 12 anos, o nosso prefeito não é um curitibano nato.
Jorge Derviche Filho, engenheiro civilCuritiba, PR
Sobre o calçadão
Entre a Praça Osório e a Rua Visconde de Nácar, temos um calçadão, um pequeno largo. Nesta semana, começou a construção de um anexo em um prédio. A surpresa é que esse anexo está sendo construído sobre o calçadão, avançando mais de dois metros. O que a prefeitura diz quanto a esse fato. Aproveito para indagar também sobre o seguinte: no mês de maio, foi feito obras da canalização de águas no mesmo calçadão e, para isto, foi removido as floreiras, os bancos e até o poste de iluminação. Passado mais de dois meses, nada disso voltou para o local de origem.
Edson Luiz Montemezzo, procurador federalCuritiba, PR
Adesivos indesejados
Nem começou a campanha eleitoral e já observamos abusos por alguns partidos, ou pessoas ligadas a partidos. Não é de direito a colocação de adesivos de candidatos em automóveis estacionados sem o consentimento do proprietário. Gostaria de que este jornal informasse os procedimentos a serem tomados nessa situação, a fim de coibir o abuso.
Adilson Staviski Curitiba, PR
O silêncio do passarinho
No último domingo, comemorou-se o centenário do nascimento do poeta Mário Quintana. O grande público desconhece Quintana, embora a televisão e outros meios de comunicação de massa dêem, por vezes, algumas pinceladas em sua obra, com destaque a alguns versos mais destrancados. É o caso do "Poeminha do Contra", que, com um humor sutil, revela a segurança despretensiosa que ampara as almas mais humildes: "Todos esses que aí estão / atravancando o meu caminho / eles passarão... / eu passarinho!". Pelas imagens que ficaram nos arquivos, vê-se o homem-transcendência. Conservava o olhar longínquo como quem se comunica com o além, não com o sobrenatural, mas com o distante ponto onde se encontram as esperanças e os sonhos humanos. Cultivou o silêncio da poesia num agitado mundo, para deixar as mensagens vibrantes das palavras que indicam a construção da vida em parceria com a dignidade.
Paulo Cezar Basilio, professor e vice-prefeitoPinhão, PR
Cartuns
Parabéns à Gazeta do Povo pelo brilhante quadro de profissionais cartunistas. O quadro da página de esportes (dia 2/8), de Tiago Recchia, está ilustrando realmente no que se transformou a nossa seleção brasileira de futebol.
Romualdo Antonio Mehret Curitiba, PR
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