Não vejo surpresa nenhuma no resultado das escolas paranaenses no Enem (Gazeta, 6/8). O que esperar de colégios sucateados, alunos com dificuldades e professores ganhando um salário baixo? Apenas quando a educação receber a atenção merecida por parte dos governos teremos as escolas paranaenses em boas colocações nesse ranking.
Ranking do Enem 2
Como regra, os estados mais ricos ficam mais bem colocados no ranking das melhores escolas no Enem. Os colégios particulares também estão na frente. Há uma clara relação entre dinheiro e educação. E mesmo com essa relação explícita entre poder aquisitivo e desempenho educacional, que é repetida ano após ano, ainda tem gente que é contra as cotas.
Contas públicas
Diante dos constantes déficits primários e estouro da meta da inflação, sugiro que os recebimentos dos políticos eleitos sejam divididos em duas partes: uma fixa e outra variável. A parte variável só seria paga quando a meta de inflação fosse atingida e o superávit nominal das contas públicas alcançado. Assim, eles pensariam duas vezes antes de propor e votar leis que aumentem as despesas públicas sem o devido respaldo financeiro.
Operadoras tratam pessimamente o cliente, cobram demais pelos serviços. Elas não podem impedir juridicamente a atividade do WhatsApp.
Rejeição
Essas pesquisas de rejeição a governantes não parecem confiáveis, visto que reprovar o resultado da administração realizada nem sempre é culpar o governo pelo resultado e muito menos crer que ele deve ser trocado. Mas os contrários à Dilma vibram e pedem mais pesquisas como essa em que a reprovação chega a 71% (Gazeta, 6/8). A ideia é tornar o clima propício ao revanchismo das eleições e regurgitarem a derrota que não querem engolir.
Panelaço
Não sou adepto do panelaço, mas é uma maneira que o povo de bem achou para, democraticamente, demonstrar a sua insatisfação com o governo. Muito melhor que façam dessa forma do que praticando crimes.
Crise política
Nos países onde existe o Parlamento, em casos de crise semelhante à brasileira, o que se observa é a renúncia de todo o gabinete. A saída para o Brasil poderia ser a renúncia de Dilma e convocação de nova eleição e, após a apuração dos votos, o novo governo se instalaria com a obrigatoriedade de combater a corrupção, os desmandos, o tráfico de influência.
Indústria
Sobre o editorial “Indústria estrangulada” (Gazeta, 6/8), a indústria nacional foi destruída pela política nacional bolivariana, um arremedo do que há de pior no keynesianismo. Bastou os preços das commodities baixarem para expor a fragilidade de uma economia fechada, anacrônica e ineficiente. O Brasil levará mais de uma década para se livrar desse ranço nacionalista e estatista que nos persegue desde Getúlio Vargas.
Aeroporto Afonso Pena
Será que essa pesquisa de satisfação com os aeroportos (Gazeta, 6/8) foi aplicada aos aeronautas e aeroviários que atuam no Afonso Pena? Se por um lado os usuários elogiam a estrutura oferecida – e reconheço que vários avanços foram conquistados – por outro lado o nosso terminal aeroviário carece de vários itens importantes que fazem com que a projeção de crescimento fique aquém da desejada, como a implantação de pelo menos uma taxiway na cabeceira 15. Com ela, as aeronaves ganhariam muito mais tempo nas decolagens assim como nas aterrissagens.
Veículos
Não estaria na hora de rever o conceito transporte com veículos automotores? Se as fábricas estivessem vendendo no mesmo ritmo dos anos anteriores, como haveria espaço para tanto tráfego? Não seria mais lógico fazer programas para trocar os veículos antigos e melhorar o preço de venda? Poucos conseguem trocam de carro todo ano.
Armas
Sobre o artigo de Bene Barbosa “Um estupro acaba em alguns minutos, a morte é para sempre” (Gazeta, 6/8), tudo isso é uma questão de direito, do direito do cidadão em se defender. Quero ter direito a minha vida e daqueles que amo. Devemos lutar até o final e não desistir nunca.
