Apenas agora a população parece ter percebido que a reprovação escolar já não faz mais parte das políticas pedagógicas públicas (Gazeta, 8/1). Desde inícios da década de 80 que os discursos pedagógicos de vanguarda vêm condenando as práticas de reprovação. Durante a última década, esses posicionamentos teóricos ganharam muita consistência e vêm influenciando diretamente nas práticas escolares. Hoje os alunos reprovam apenas se deixarem de ir ao colégio ou se forem muito indisciplinados. Dominar ou não dominar conteúdos não faz mais a menor diferença. A escola parece ter se transformado, definitivamente, em centro de socialização. Penso, como grande parte de pedagogos sérios, que a reprovação deva ser condenada. Entretanto, há que se criar condições adequadas para que os alunos vençam suas dificuldades e aprendam o que devem aprender.
Sebastião Donizete Santarosa
Ensino de 9 anos
Aqui em nossa terra brasilis, nossos desgovernantes primam pela quantidade mais do que pela qualidade de ensino aplicado aos nossos estudantes, haja vista a aprovação em massa de alunos mal alfabetizados e sem noção nenhuma do que estão fazendo em sala de aula. Na escola em que leciono, a mãe de um dos alunos aprovados sem a necessária competência o tirou da escola, mandou-o para o estado de Goiás, e mesmo assim o aluno foi aprovado pelo conselho de classe, forçado pela direção.
Jair Aparecido Menegazzo
Ampliação da Uniandrade 1
Li a reportagem sobre a nova aquisição da Uniandrade e fiquei indignado (Gazeta, 7/1). Como uma instituição envolvida em tantas polêmicas, que não cumpre contratos, não paga salários aos seus funcionários e com vários processos pode continuar adquirindo novas universidades. Minha irmã trabalhava na Universidade Ibirapuera na época da aquisição e ficou vários meses sem receber e sempre era tratada com grosseria. Até quando isso vai continuar acontecendo? Como podemos ter uma educação de qualidade com pessoas completamente descomprometidas? Está na hora das autoridades educacionais darem um basta nisso.
Dario Ivatiuk Junior, professor
Ampliação da Uniandrade 2
Gostaria de registrar minha indignação, como docente da Uniandrade. Enquanto o reitor faz aquisições e afirma que "dívidas estarão quitadas em seis meses", nós, professores da Uniandrade, ainda não recebemos o 13.º salário e fomos informados de que a quitação desse débito será efetuada em dez parcelas, a partir de março de 2010. Com atitudes desse estilo e com atrasos nos salários, o Sr. Campos de Andrade faz uma piada de extremo mau gosto ao dizer que "terá fôlego para novas aquisições".
Patricia Zancanella
Participação política
As pessoas querem realmente ganhar dinheiro sem muito estresse e muito esforço. Isso é realidade, mas, de uns tempos para cá, a política está com tantos escândalos, corrupção e outros fatores mais agravantes, que não vale a pena se expôr tanto por dinheiro e perder sua dignidade e sua moral perante às pessoas próximas (Gazeta, 7/1).
Kelly Cristina Ribeiro do Vale Bontorim
Escândalos
A sequência de escândalos a que temos assistido no Brasil e a impunidade que reina em nossa terra fazem com que o povo fique cada vez mais anestesiado e tenha vontade de também arrumar uma boquinha para si. Acredito que os padrões morais no Brasil são cada vez mais inexistentes. O povo vota em quem rouba pouco e dá um desconto para quem se apoderou de verbas públicas, porque acha que se estivesse lá faria o mesmo. É muito difícil a gente manter o otimismo de que teremos um país melhor no futuro.
Remi João Zarth, empresário, São José dos Pinhais PR
Lei da anistia
Os militantes de esquerda que hoje dominam os Poderes da República Federativa do Brasil estão irmanados para trabalhar em defesa da criação da Comissão Nacional da Verdade a partir de mudanças na Lei de anistia. Precisamos estar atentos para que não se apurem somente os atos ilícitos que foram atribuídos aos militares. É necessário que se apurem também as barbáries que muitos deles cometeram durante a "revolução". As atitudes desses "ex-guerrilheiros" deixam claro o desejo que eles têm por um poder perpétuo. Na imprensa desde a década de 60, muitos deles foram envolvidos em sequestros, assaltos a bancos e residências, além de delações de pessoas que passaram a discordar das mudanças das ações do grupo. A impressão que temos é a de que estão querendo nos enganar, como em 64, aplicando um golpe no golpe.
Leônidas Marques
Fale com o governador
Em relação ao e-mail do governador para o veranista que reclamou sobre os serviços da Copel e da Sanepar no litoral, ele apenas retribuiu a grosseria, respondendo no mesmo tom. Gostei da atitude de vocês disponibilizando a íntegra das mensagens (Gazeta, 5/1), permitindo que os leitores tirem suas próprias conclusões.
Waldomiro José DallAgnol
Litoral
Desde o Natal estou indo e voltando para o litoral paranaense. As praias e balneários que costumo frequentar só tiveram limpeza do mato nas calçadas nas vésperas do Natal. A praia em si continua a mesma coisa que os outros verões, a não ser pelo aumento de cachorros que com ou sem donos tomam banho de mar junto aos banhistas.
Jo Disperati
Enade
Foi à imprensa o inoperante e combalido ministro da Educação, Fernando Haddad, para justificar as 54 questões do Enade que foram excluídas por falhas nas perguntas ou respostas. Como se já não bastasse o fiasco do Enem, que teve as primeiras provas roubadas, o que ocasionou o seu adiamento. Foram milhões gastos com os dois exames, enquanto isso, milhões de crianças e jovens continuam em escolas caindo aos pedaços, sem bibliotecas, sem equipamentos de internet, sem instalações sanitárias, esse é o retrato da educação no país.
José Pedro Naisser
Jatos
A compra dos aviões caças para a Força Aérea Brasileira deve seguir estritamente uma escolha técnica aliada a preço acessível e justo. Mesmo com o respeito que cabe ao presidente da República pela força do cargo, a escolha não deverá ser política, pois os custos e o uso serão em benefício da nação brasileira. Cabe aos presidente ouvir seus ministros militares com os devidos pareceres técnicos.
Sérgio Andrekowicz, União da Vitória PR
Litorina transportada
Quais são os interesses políticos que não permitem o desenvolvimento da malha férrea em nosso país? Chega a ser engraçado ter de carregar um trem em cima de um caminhão para transportá-lo de um estado a outro (Gazeta, 7/1). Se ocorrer novo caos aéreo, provavelmente iremos ver a mesma cena com aviões.
Marcos Luciano Peres