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Vejo-me no direito de publicar não uma desculpa, mas sim uma explicação por ter levado minha filha ao espetáculo de ópera. Se o leitor tivesse filho, ou melhor, fosse mãe, preferia deixar de viver ou aproveitar a vida, acompanhado de suas crianças? Eu poderia ter deixado a minha filha de três anos com a avó, poderia ter ficado em casa com o pai, mas decidi por apresentar uma nova cultura a ela que, apropriada ou não, caberia a mim, depois de ver pela primeira vez uma ópera, decidir se ela voltaria ou não em outras oportunidades. A resposta é não, não voltaria. Mesmo assim não me arrependo do fato de achar que para ela, naquele momento, o menos ocioso compromisso seria me acompanhar ao teatro. Infelicidade de quem sentou ao meu lado que não tem a paciência e a admiração pelas artes de uma criança. Que não sorri com seu sorriso, que não responde às brincadeiras. Não vou levá-la mais a esse tipo de espetáculo, mas cabe ao leitor ser menos rancoroso, responder a um sorriso onde quer que vá, seja nas mediações onde mora, seja no trabalho, e principalmente em um lugar que foi feito para passar emoções.

Ana Paula Palu, jornalistaCuritiba, PR

Exposição quase barrada

Lendo a reportagem da Gazeta do Povo sobre a "A Barbie da discórdia", em que a empresa fabricante da boneca infantil entrou com uma ação judicial contra a artista Karin Schwarz por ter manipulado as imagens do brinquedo digitalmente e as tornou pornográficas, penso que isso não fere os princípios de proteção à infância, como a empresa alegou. O sexo está tão explícito atualmente que até em programações infantis é possível escutar sobre o assunto. As novelas, os desenhos, os filmes, todos tratam o sexo, a pornografia de forma tão banal, que crianças falam do tema ou algo relacionado a ele naturalmente. Não cabe a artista ser punida por uma ação judicial por uma situação que está no nosso cotidiano. E mais um item: a exposição da artista está em um bar que não permite a entrada de menores de 18 anos, então certamente nenhuma criança terá acesso às imagens.

Andressa Oestreich, estudantePinhais, PR

Vou votar

De tanto acompanhar opiniões de leitores neste jornal sobre o voto nulo, cheguei a uma conclusão: vou votar. Mas com três condições: deve-se criar uma lei que todo candidato a um cargo público é automaticamente obrigado a assinar, de próprio punho, um termo que autorize a "Lei" a tomar todos os seus bens, assim como o da família (mulher, filhos, netos etc.), sendo comprovado que foram roubados do erário; sua foto e seus "feitos de roubalheira" serão divulgados em todos os órgãos de imprensa de todo o Brasil durante 20 anos (para que o povo não esqueça); acabar com o voto secreto em todas as seções de plenário na Câmara Municipal, Estadual e Federal, e que o voto seja facultativo. Meu voto é seu, candidato.

Sérgio Ricardo, segurançaCuritiba, PR

Democrata

Gostei de ver a matéria publicada na Gazeta do Povo sobre José Richa e sua influência na política e nos políticos paranaenses. Lembro do governador que, com seu espírito democrático, abrigava em seu secretariado e staff todas as tendências políticas e que sabia dialogar com todas as associações, sindicatos e outras organizações comunitárias e nunca usou do nepotismo em sua administração. Infelizmenete essa postura não é mais seguida na administração de nosso estado.

Oswaldo E. Aranha, engenheiro agrônomoCuritiba, PR

Compromissos

Entendo que a antecipação venha em socorro de muitos aposentados (ou dos bancos), principalmente daqueles que se endividaram com empréstimos propagandeados pelo governo. No entanto, nos deixa a desconfiança (ou quase certeza) do uso do poder em favor da própria tentativa de reeleição de Lula. Será que somente agora, próximo às eleições, decide "cumprir compromissos assumidos"? E as promessas feitas desde a campanha que o elegeu? E o aumento irrisório que propôs para os aposentados? Adiantar parte do 13.º salário é medida paliativa que atende tão somente interesses atuais.

Antônio Carlos Ferreira de Abreu Trindade, aposentado e economistaCuritiba, PR

Racionamento

Semana passada, eu peguei um ônibus que estava completamente sujo do lado de fora. O vidro traseiro estava um horror e a lateral nem se fala. Tudo bem que por causa do racionamento de água, a Urbs determinou que fosse proibido as empresas de lavarem seus ônibus do lado de fora, então nós, usuários, estamos entendendo e compreendendo o motivo da sujeira. Nesta segunda-feira, quando eu pego o ônibus de Quatro Barras – justamente o mesmo da semana anterior –, eu olho e vejo que ele está totalmente limpo, a traseira e a lateral estão limpas parecendo um ônibus 0 km. Será que empresa não obedeceu a norma da Urbs de não lavar os ônibus ou será que era só papo por causa do racionamento?

Camila Santos OliveiraCuritiba, PR

Largo da Ordem

Mais do que nunca a polícia deve se fazer presente no Largo da Ordem tentando acabar com um problema que está fora de controle. O centro histórico da cidade se torna, no período noturno, em ponto de encontro das mais diversas tribos e culturas. O tráfico de drogas se faz presente com ou sem a presença policial. O monitoramento por câmeras, tão criticado quando implantado na Rua XV de Novembro, seria a grande solução para o centro histórico. Com a filmagem e gravação dos fatos ocorridos para servir como prova posteriormente, além de facilitar a identificação dos grupos criminosos e seus líderes, resolveriam em parte o problema da região. Mas o passo principal para tudo isso será quando a polícia e a população estiverem jogando no mesmo time.

Hélio P. Magalhães Curitiba, PR

Parlamentar brasileiro

Mensaleiro, sanguessuga, leiloeiro de legenda, comerciante de apoio em votações. Consumidor de mais de cem mil reais mensais entre honorário, ajuda de custo para a moradia, gasolina, correio, etc. Acha normal receber 15 a 16 salários. Responsável por um exército de mais de 20 mil funcionários, sendo que boa parte sequer sabe onde fica Brasília. Comparece a duas ou no máximo três sessões por semana. sessenta dias de férias, não trabalha em época junina, de carnaval, Páscoa ou qualquer pretexto. A nós só cabe uma coisa. Em nenhuma hipótese votar em qualquer candidato à reeleição. Se tivermos algum resquício de amor à nossa terra. Algum amor ou carinho por nossos filhos e outros entes queridos, não votemos em qualquer candidato à reeleição. Se o nome de algum parlamentar não foi citado, ele não deixei de ser desprezível e de ter se mostrado conivente e omisso.

Percival Polanquini Curitiba, PR

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As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor – Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 – Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.

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