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Coluna do leitor

Saúde

Na semana passada levei meu filho de quatro meses à Secretaria Municipal de Saúde/Mãe Curitibana, para o atendimento mensal. Como das vezes anteriores, o atendimento foi muito bom por parte da recepção, das enfermeiras e da pediatra. A criança tinha de tomar uma vacina e a enfermeira preparou a seringa. Notei que havia uma gaveta cheia de agulhas descartáveis. Perguntei por que não as usavam. A enfermeira disse que eram de péssima qualidade, que machucavam as crianças e que ficariam ali até serem jogadas fora ou serem substituídas por outras de semelhante qualidade. Por que não reclamavam com os dirigentes da entidade? Ela disse que a queixa não muda nada. A entidade está comprando material ruim, machucando nossas crianças e maltratando corações de pais.

Ney S. PulidoCuritiba – PR

Atropelamento

Fiquei impressionada com a reportagem sobre a decisão da Justiça que condena a vítima de um atropelamento em Maringá (2/8). O que vigora nas ruas é a "lei do mais forte", isto é, dos veículos automotivos dominando os não-automotivos. A meu ver, não é bem assim que funciona. Todos têm o direito de ir e vir com responsabilidade e segurança. Quando ocorre um fato semelhante, ambas as partes devem ser ouvidas para que se tome as devidas (e corretas) providências, sem que haja mal-entendidos como esse. Quanto à possibilidade de os pedestres sinalizarem com as mãos para indicar que vão atravessar, penso que essa medida deveria ser adotada em minha cidade, Campo Largo, onde observo diariamente, com tristeza, que vêm aumentando drasticamente os acidentes de trânsito.

Jaqueline RoscocheCampo Largo, PR

Gás

Moro em um bairro residencial de Curitiba onde há uma distribuidora de gás a céu aberto, numa esquina. O lugar é isolado somente por uma cerca de arame e, praticamente todas as noites, uma carreta lotada de botijões de gás estaciona sobre a calçada. Há poucos metros deste depósito estão localizadas duas escolas infantis, uma a menos de 50 metros. Que tipo de critérios são utilizados para conceder os alvarás, as licenças, etc.? E para fiscalizá-los? Não sou contra esses depósitos, mas acho que existem locais apropriados para a instalação, sem colocar a vizinhança em perigo. Quando acontecer outra tragédia como a da tarde de 1.º/8 e tivermos prejuízos materiais e vítimas, vamos reclamar de quem?

Maria Soto NaranjaCuritiba – PR

Risco

A irresponsabilidade da grande maioria dos motoboys é notória. As desculpas são as mais estapafúrdias, porém há diversas causas, entre elas o despreparo no aprendizado das regras de trânsito, como também uma ignorância que parece ser difícil de ser resolvida. Lembremos que este meio está sendo utilizado para a entrega de botijões de gás. Espero que o grave acidente ocorrido em 1.º/8 em Curitiba, com a explosão em uma distribuidora de gás, alerte as autoridades e leve definitivamente à proibição da entrega deste produto por meio de motocicletas, que por si só é perigoso, ainda mais conduzido por pessoas tão despreparadas para exercer essa função.

Pedro Luiz Gubert Brandt, engenheiro eletricistaCuritiba – PR

CPI

"Agora só faltava esta: políticos querem fazer CPI para saber quem vazou informações da caixa-preta. Isto é o cúmulo da falta do que fazer. Vamos dar uma enxada para estes políticos trabalharem de verdade. Já não basta um presidente que só faz gracinhas? Agora vem essa outra "brincadeira". Estamos realmente no país do circo."

Roberto BusseCuritiba – PR

PAC no Paraná

Na edição de 1.º/8, em matéria sobre a política de desenvolvimento do estado do Paraná, o jornal Gazeta do Paraná destaca em seu título, de forma grosseiramente jocosa, PAC do PR é "embrulho novo de presente usado". Se para os editores do jornal a política de desenvolvimento do estado é brincadeira, "mote" para piada de mau gosto, para os integrantes da equipe de governo, não é. O título é malicioso, como se no lançamento da PDE houvesse sido anunciado que o estado iria dispor de mais recursos do que nos anos anteriores. Não é essa a questão e ela ficou bem clara, durante a apresentação da proposta na Escola de Governo do dia 24/7, e numa coletiva concedida no início da tarde pelo secretário do Planejamento, Enio Verri. Na ocasião, Verri esclareceu que não havia mágica e que a projeção de recursos era, inclusive, conservadora. O que muda com a PDE é o foco na distribuição dos recursos. Não há dinheiro a mais, e sim um novo olhar para o estado, que apresenta características específicas, em suas várias regiões. Orientados por essas características regionais, os técnicos elaboraram políticas diferenciadas para promover o desenvolvimento econômico do estado. Mas isto, estranhamente, a matéria não cita em nenhum momento.

José Augusto Zaniratti, diretor-geral da Secretaria de Estado do Planejamento e Coordenação Geral do Paraná.

Nota da Redação: A Gazeta do Povo esclarece que utilizou a expressão "embrulho novo de presente usado" para destacar aos leitores que, do ponto de vista financeiro, o projeto de desenvolvimento do estado não apresenta recursos novos em relação ao que já vinha sendo investido em anos anteriores pelo governo – o que, no entendimento do jornal, não havia ficado claro à sociedade. Além disso, muitas obras previstas no plano também não eram novidade, pois já estavam previstas anteriormente. O enfoque da reportagem, porém, não era o que o governo chama "foco na distribuição dos recursos". Esse aspecto, aliás, já havia sido objeto de extensa reportagem publicada em 25 de julho.

Lixo

No dia 1.º/8, a Gazeta do Povo trouxe ótimas reportagens sobre o trato do lixo, uma preocupação que deve ser coletiva. Nossa cidade e nosso estado, historicamente, têm despontado como exemplo nacional e até mundial no trato de assuntos ecológicos e de participação do povo. Sugiro que a Gazeta crie encartes ou cartilhas detalhadas, ensinando a população a fazer corretamente a necessária separação do lixo, identificando cada um dos tipos de material e explicando os procedimentos corretos para cada um deles.

Daniel Lucio Santos CordeiroCuritiba – PR

Caixa-preta

Já foi dito, mas é bom relembrar: a democracia é o melhor dos piores regimes. Porém, é muito difícil acreditar que existam em nosso Congresso parlamentares com a coragem de fazer da já conhecida caixa-preta (que é amarela) palanque político. Não podemos concordar que diálogos de pessoas com alma prestes a desencarnar sejam divulgadas como experiência em laboratórios. Não vamos relacionar os vários porquês? Porém fica fácil entender a não existência de janelas no plenário da Câmara: para semente ruim não adianta luz solar.

Gilberto José de Camargo, economistaCuritiba – PR

Educação

Todos nós, quando crianças, aprendemos na escola ou em casa a atravessar no sinal, a não andar em alta velocidade no trânsito, a sermos educados com as mulheres gestantes e os idosos e a termos educação no trato com o outro. Mas alguns seres humanos, depois de crescerem, parecem esquecer de tudo o que aprenderam. Ficam mal educados, dirigem alcoolizados, maltratam os idosos, não esperam o desembarque nos coletivos... O que será que está acontecendo com o povo brasileiro? Será que perdemos a moral, a ética e os bons costumes?

Erasmo L. Andrade, vigilanteCuritiba – PR

Bancos

É uma vergonha o que as agência bancárias fazem com seus clientes. Para ter crédito liberado, é preciso comprar um produto do banco, como seguro, título de capitalização, etc. Outra pouca vergonha é a demora na liberação dos Pronaf. O agricultor tem época certa para o plantio e a demora na concessão dos créditos compromete o plantio. O crime de usura deveria estar em vigor para que fosse possível colocar na cadeia quem nos rouba.

Mauro Wolff, comercianteLapa – PR

Orelhas

Nosso presidente, em mais um momento de inspiração, falou que ouve pelas orelhas, uma para ouvir aplausos e outra para ouvir vaias. Ele deveria entender que temos dois ouvidos para ouvir mais e uma boca para falar menos besteiras.

Carlos BarrosoCuritiba – PR

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