Matéria da Gazeta do Povo de 11/1 fala das grandes injustiças do Poder Judiciário. Mas pequenas injustiças atingem cidadãos comuns, principalmente funcionários públicos aposentados do Paraná, esbulhados em seus direitos constitucionais pela má vontade e incompetência de agentes administrativos. Em busca dos direitos garantidos pelas Constituições Estadual e Federal, recorrem à Justiça e, após anos de tramitação nos tortuosos canais dos tribunais, recebem, para idênticas situações funcionais e representados pelos mesmos advogados, sentenças contraditórias: alguns ganham, outros perdem, confirmando a opinião popular de que o sucesso de uma ação judicial depende "de sorte", ou seja, para onde foi distribuída. É incompreensível, pois os artigos das Constituições que garantem os direitos dos aposentados são redigidos clara e objetivamente, só não entendendo "quem não quer". Para nós, leigos, a função fundamental do Poder Judiciário é garantir os direitos do cidadãos pela correta aplicação das leis do estado e do país, igualmente para todos, acima de interesses outros existentes.
Elcy Saboia Zappia, aposentada, por e-mail
Opinião
Em relação ao editorial "Voltando atrás" (Gazeta, 15/1), lembrei de meu avô que costumava dizer: "Este país só vai endireitar quando nós, brasileiros, criarmos vergonha na cara e quebrar isso tudo. Enquanto isso não acontecer, o que vai se ver são políticos fazendo tudo em causa própria e em favor de seus apadrinhados.
Luiz R. dos Santos, por e-mail
Asilo político 1
Sou contra o governo brasileiro conceder asilo político a um mafioso e assassino (Gazeta, 15/1. O cidadão italiano Cesare Battisti deve pagar pelos seus crimes na Itália. Por que o ministro Tarso Genro não deu asilo aos atletas cubanos? Eles também mereciam e onde estão hoje? Provavelmente em alguma cadeia de Cuba.
Mauro Reguta, por e-mail
Asilo político 2
O acertado voto proferido pelo ministro Tarso Genro, dia 13/1, relativo à concessão de refúgio ao italiano Cesare Battisti. É o posicionamento mais compatível com a Constituição da República do Brasil vez que ratifica o compromisso com os direitos humanos. Se o governo italiano desrespeita o devido processo legal e, assim, atenta contra o direito fundamental à liberdade, o Brasil reafirma, ao conceder refúgio, a proteção da pessoa humana face às arbitrariedades.
Felipe Miguel de Souza, por e-mail
Asilo político 3
Num país comandado por vários antigos guerrilheiros, não seria de se estranhar que fosse dado asilo político para mais um.
Paulo Cabral, por e-mail
Dilma 1
Como vivemos em uma democracia, respeito a opinião do sr. Dorival (edição de 14/1), apesar perceber de forma diferente. Que bom que a cirurgia plástica não mudou o caráter tanto de Dilma como de Zé Dirceu. Os universitários, à época da ditadura, principalmente nos anos de 1968 a 1970, sabem da coragem e luta dos dois. Colocaram suas vidas em risco, em defesa de algo maior: a volta da democracia (seu passado está registrado em nossa história). Pessoas assim tendem a ser sempre denegridas.
Ione Celeste Salomé, por e-mail
Dilma 2
Eu acho que o presidente Lula quer colocar uma candidata sem chances para disputar as eleições presidenciais de 2010, para ele voltar em 2014 triunfante nos braços do povo.
Luiz Wanderley Andrade da Cruz, professor, Campo Largo PR
Marcos Valério
Realmente, neste maravilhoso país existem dois pesos e duas medidas. Queria ver se fosse um Zé Ninguém? Este morreria na prisão pois nunca vi o presidente do Supremo votar a favor de pobre.
Marlon A. Ferreira, corretor de imóveis, Curitiba PR
Tarifa de ônibus 1
Ônibus lotado, espera, tabela de férias, desconforto e insegurança tornam o transporte coletivo uma agonia para o usuário. Está longe de ser de primeiro mundo. Quem usa sabe. Com o novo preço da tarifa, quem usa o carro não vai trocar pelo ônibus.
Paulo Estevan Gonçalves, por e-mail
Tarifa de ônibus 2
O aumento da tarifa de transporte em Curitiba (15%) trouxe consequências muito maiores do que supôs a administração. Fez quem utiliza este estressante, saturado e inseguro meio de transporte constatar que, praticamente pelo mesmo valor, faz o trajeto de automóvel. E para comprar um, basta identidade e CPF. O que já era ruim ficará impossível. A indústria automobilística deve agradecer ao prefeito, declarado fã de automóveis. Na próxima eleição, então, votemos em alguém que cultue bicicletas, por exemplo.
Aldo Vianna, Curitiba PR
Ateístas
Ninguém nega o que não existe. Se os ateus negam a existência de Deus, é porque ele existe. Ninguém nega a existência de saci-pererê, simplesmente porque ele não existe realmente. Faz parte do folclore brasileiro como "o negrinho de uma só perna, que persegue os viajantes ou lhes arma ciladas pelo caminho". Na verdade, os ateus acreditam em Deus, só que eles O criaram "à sua imagem e semelhança". Incomodados com a existência do Deus verdadeiro, eles tentam colocar outro em seu lugar, de quem são fiéis servidores: dinheiro, fama, prazer, autorrealização, mito, partido... Aí os ateus acabam sendo politeístas, porque cada um tem o seu deus, que nem sempre é o mesmo do outro.
Raquel Nascimento Pereira, por e-mail
Israel x palestinos
O dia que todos entenderem que o amor de um pai árabe por seu filho não é nem menor nem maior do que um pai judeu sente pelo seu, muito menos que o sangue que corre de cada é melhor que do outro. Nesse dia, sim, poderemos ter "paz".
Samira Khelili, por e-mail
Taxas
Não vejo razão nenhuma em pagar IPTU e IPVA à vista se teremos bastantes e constantes buracos a prazo, como provam as inúmeras esburacadas ruas dos bairros de Curitiba, por onde nenhum vereador ou representante do Executivo municipal transita. A manutenção das vias públicas urbanas, de modo a propiciar tráfego seguro de veículos, é dever do município. Cumpre ao poder público empenhar-se e primar pela eficiência dos seus serviços, aplicando de forma correta os recursos vindos dos impostos pagos pelos cidadãos. Assim, cada proprietário deveria mandar a conta de manutenção de seu veículo para a administração municipal, cuja responsabilidade é objetiva quando há nexo de causalidade entre a infração de um dever de agir, por parte do agente público, e o dano ocorrido, o que impõe o dever de indenizar.
Sérgio Vicentin, Curitiba PR
Ato falho
Dia 11/1, a mesquita próxma da Praça Garibaldi estava aberta à visitação pública. Uma atitude inteligente que deveria ajudar a desfazer qualquer impressão distorcida que se possa ter dos povos muçulmanos e suas crenças religiosas. Mas já na entrada da mesquita haviam vários jornais de teor político e um cartaz mostrando um pai com uma criança morta, ou ferida, nos braços. O cartaz acusava generalizadamente o ocidente de derramar o sangue de criancinhas. Como ocidentais que também somos, só há que se lamentar a generalização equivocada sobre os países ocidentais. O Brasil não comunga nem nunca comungou com a violência entre povos, raças ou crenças. Para nós, brasileiros, templos, igrejas, sinagogas e quaisquer outros locais religiosos, devem estar empenhados é na pregação da paz, do amor, do perdão e da tolerância e não na dissiminação de conceitos odientos.
Rubens Santos, empresário, Curitiba PR
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