A manobra fiscal operacionalizada pelo governador Beto Richa e que está sendo avalizada pelos deputados alinhados com o governo é um risco muito grande. Tanto a OAB quanto o Ministério Público devem se manifestar sobre o projeto que coloca em risco as finanças do estado. O povo paranaense não tem culpa se o governador não consegue controlar os gastos públicos e não pode ser penalizado, a exemplo do que aconteceu na Grécia e na Espanha, pela atitude inconsequente e descompromissada de alguns políticos.

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João Augusto Moliani, professor da UTFPR

Poder de investigação

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Sou advogado, e não me recordo de ter sido procurado ou informado sobre a atitude da OAB no que diz respeito ao apoio à PEC que limita os poderes do Ministério Público nas investigações (Gazeta, 20/5). Sou totalmente favorável que o MP continue a investigar, em especial os crimes do colarinho-branco, porque se deixarmos nas mãos da polícia obviamente não vai dar em nada.

Jairo Melo, Maringá – PR

Críticas ao Congresso 1

Está de parabéns o presidente do Supremo por seus comentários a respeito do Congresso Nacional (Gazeta, 21/5). Não há nada errado em falar a verdade, mesmo que isso fira o ego de alguém. O trabalho dos três poderes deve estar voltado à nação e ao povo e não aos seus próprios interesses. Está na hora de passar este país a limpo.

Pedro I. Ceccon, economista aposentado, Piraquara – PR

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Críticas ao Congresso 2

Não entendo o esperneio dos políticos pelas declarações do ministro Joaquim Barbosa. Ele não falou nada além da verdade. Veja por exemplo o PT, que deixou de lado a ideologia ao agrupar-se a Sarney, Collor, Renan, Maluf, Henrique Alves, Jader Barbalho e vários outros para chegar ao poder. Outro exemplo recente foi a MP dos Portos, onde ficou bem evidenciado como funciona a tal "ideologia".

Nelson Stelmasuk

Aposentadoria

É uma pena que o nosso Tribunal de Justiça julgue com o coração e não com a razão no caso da devolução da aposentadoria ao ex-governador Orlando Pessuti (Gazeta, 21/5). É uma verdadeira festa com o dinheiro do povo. Quem continua sofrendo desrespeito é o pobre do contribuinte paranaense.

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Miguel Elias Gariba

Bolsa Família

O tumulto, e até mesmo o pânico, que tomou conta da população após boatos do fim do programa assistencialista Bolsa Família (Gazeta, 20/5) é a prova cabal do fracasso desse tipo de política. Se, após nove anos de programa – 11 se forem incluídas as bolsas do governo FHC –, se consegue apenas um fim da miséria cartorial e uma população amedrontada, está provado que o programa visa distribuir miséria e não construir riqueza.

Caio Savério

Reprodução assistida

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Ainda falta uma discussão mais aprofundada sobre o assunto da reprodução assistida e o descarte de embriões (Gazeta, 19/5). Não existe ainda uma lei de biossegurança e o Conselho Federal de Medicina quer se sobrepor a ela. É necessário também mais discussão por haver também muitos interesses por trás da decisão do CFM.

Ayrton de Andrade Jr., médico

Violência

Desculpem, mas essa redução na taxa de encarceramento (Gazeta, 21/5) é balela. O estado deveria construir mais unidades prisionais. O descaso e a preocupação em não prender bandidos está nas ruas. Em bairros onde o índice de roubos e assaltos era pequeno, hoje os bandidos fazem fila para assaltar com a firme convicção de que a polícia nem irá ao local do assalto, quem dirá prendê-los.

Sebastião Marchini

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Pedágio 1

Sobre o artigo de João Chiminazzo Neto (Gazeta, 21/5), considero o pedágio no Paraná muito caro. As rodovias do estado foram restauradas com dinheiro público e entregues aos grupos para meras obras de praças de cobrança, investimento muito pequeno comparado ao que foi bancado pelo contribuinte. O que está errado são os contratos, que deveriam ser julgados ilegais e novamente licitados, dessa vez de maneira transparente.

Rodrigo Trevisan

Pedágio 2

Novamente gostaria de pedir às concessionárias de pedágio do Paraná que cumpram sua obrigação: respeito e transparência. Obras, lucros, taxa de retorno, investimentos, arrecadação e contratos devem ser públicos. Os comparativos mostram como o pedágio do Paraná é caro. Não somos contra o pedágio, mas não podemos aceitar renovar algo que causa insatisfação geral. Estaremos atentos e atuantes para garantir a liberdade de ir e vir e a competitividade da indústria.

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Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep)

Agentes de trânsito

Por experiência própria, acredito não ser necessária a existência da Comissão de Valorização dos Agentes (Gazeta, 19/5). Basta propiciar o preparo adequado aos agentes da Setran e também aos policiais que atuam com o trânsito. Fui multado uma vez e, por argumentar com a agente da Setran e questionar a multa, ela castigou minha ousadia e lavrou mais uma multa em local diferente, mas no mesmo horário.

Alceu Carlesso, Campo Largo – PR

Cuba

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Muito bonito o texto "Todos contra o bloqueio" (Gazeta, 20/5), mas não justifica um governo antidemocrático, que assumiu através de golpe de Estado, e que mantém sua população em regime de pobreza enquanto chefes de Estado vivem sob berço esplêndido. É claro que o embargo econômico é um fator importante, mas tirar a responsabilidade do governo comunista também beira a inocência.

Ricardo Imai Vilas Boas

Teatro Guaíra

Muito oportuno e acertado o editorial sobre a importância de um teatro que promova e catalise eventos e espetáculos de nível e de qualidade (Gazeta, 19/5). Mesmo reconhecendo as dificuldades com a restrição de verba, penso que provavelmente haverá espaço para fazer muito mais sem necessariamente transferir mais recursos do estado. Fico admirado que o Guaíra tenha uma taxa de ocupação baixíssima. Há muitos dias por ano sem um evento ou espetáculo.

Artur Fuchs, engenheiro

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Milton Nascimento 1

Concordo que a equalização do som no show do Milton Nascimento poderia ser bem melhor (Gazeta, 19/5). Mas acho que o adjetivo "soturno" usado para descrever o clima do show, no momento em que Wagner Tiso tocou "Eu sei que vou te amar", é inapropriado. Ele usou de sua reconhecida sensibilidade como arranjador e pianista numa interpretação sensacional, intimista, que levou a plateia à reflexão e a um estado de êxtase da alma. Quem queria apenas agito, errou de show.

Marino Gabardo Pereira, Campo Largo – PR

Milton Nascimento 2

O show de Milton Nascimento teve um final melancólico, decorrente da invasão do palco. Lamentável a atitude da invasora e a atuação da segurança. Perdemos todos nós que gostamos de boa música. Perdemos o bis e a paciência com o exibicionismo da alguns, que não têm a menor consciência nem noção alguma de cidadania. Perde a cidade, com mais uma demonstração ridícula de provincianismo. Espero que a invasão tenha sido punida e que outros episódios parecidos não venham a ocorrer.

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José Antonio Marques Carrer

São Francisco

A ideia de revitalizar o bairro São Francisco (Gazeta, 20/5) é oportuna, porém, peço às pessoas envolvidas que não usem a "cultura" como espaço (ou fachada) para consumir drogas ou bebidas. As pessoas de bem estão saturadas de viver nessa "maconhalândia". A região, principalmente à noite, virou antro de todos os tipos de crimes e alguns bares se transformaram em refúgio onde "tudo pode". As autoridades sabem dos problemas existentes, mas até agora nenhuma tomou alguma atitude para reestabelecer a normalidade. Enquanto o governo faz propaganda, nós somos obrigados a cheirar droga.

Nei Barbosa

Assaltos

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A divulgação através da mídia de tantos assaltos a restaurantes, joalherias, padarias etc., evidenciando a calma dos bandidos, o pânico dos clientes e a inoperância justificada da polícia não seria uma forma de incentivar o ingresso de novos marginais nessas nefandas atividades? Creio que seria importante divulgar apenas as ações policiais que resultem em prisões ou frustração dos contraventores.

Rubens P. Bom

Anel Viário 1

O problema do Anel Viário (Gazeta, 21/5) não se reume ao excesso de automóveis. Uma boa parte das obras são planejadas com falta de conhecimento real do tráfego e seus objetivos. Antes, entendia-se que retirando os carros do Centro para a periferia com mais facilidade, a cidade ficaria com o trânsito mais leve. Hoje, o centro de todas as atividades profissionais não mais se concentra no Centro de Curitiba.

Carlos Jamil

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Anel Viário 2

Não estou nem poderia estar satisfeito com o trânsito de Curitiba. A esperança é o Ippuc, que conhece e sabe fazer pequenos e grandes ajustes no trânsito, além da transparência, e divulgação de estudos comparativos. Uma sugestão é repensar o horário de expediente das categorias. Trabalho no Centro, e faço o trajeto da República Argentina, Portão, até Senador Xavier da Silva, esquina com Cândido de Abreu em 10 minutos às 5 horas. O mesmo trajeto às 18 horas demora 50 minutos.

Darci de Freitas

Marcha

Simplesmente um horror essa marcha para Jesus (Gazeta, 18/5)! Uma tremenda agressão sonora, um enorme desrespeito ao cidadão. Fui acordada com a gritaria de uma multidão fanática, carros de som potentíssimos, gritos ao microfone, bandas tocando: a mais perfeita noção de inferno! Precisavam de tantos decibéis para declarar seu amor a Jesus? Será que Ele é surdo? Não bastaria orar em silêncio em casa ou igreja? Tenho certeza de que se Jesus estivesse presente, seria o primeiro a desaprovar algo que agride tanto a paz alheia.

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Ariadne Oliveira

Médicos cubanos 1

Todo mundo sabe que não faltam médicos. Todos sabem que, principalmente no interior, faltam clínicas, laboratórios, hospitais integralmente equipados, além de aparatos circundantes que possibilitem ao médico desempenhar a contento o seu ministério. Essa é a fórmula única para termos um povo saudável. Diante desse quadro, importar médicos é quase uma piada. Permitir que trabalhem sem que comprovem capacidade, pelo menos com a revalidação dos diplomas – como a imprensa vem noticiando – é um descaso absoluto, um descalabro total.

Benedicto Bueno

Médicos cubanos 2

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O leitor Álvaro José Junqueira Nunes (Gazeta, 21/5) aventa a possibilidade de os médicos cubanos trazerem "remédios ideológicos para distribuir". É plausível a preocupação: a prescrição de Marx em comprimidos efervescentes pode vir a agitar as massas.

Nelson Sabbagh

Médicos cubanos 3

É o fim da linha a presidente Dilma querer trazer médicos estrangeiros para tratar os brasileiros. O Conselho Federal de Medicina se empenhou tanto para instituir regras que permitissem um mínimo de qualidade no exercício da medicina e ela quer burlar isso. É só pagar melhor e deixar os nossos médicos terem emprego, pois está cheio de profissionais trabalhando em outras áreas por falta de mercado.

Angela Buschle

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