Lula liberou verbas para obras da Petrobras paralisadas pelo TCU por graves irregularidades nos preços desrespeitando a decisão do tribunal, pela segunda vez. Será que ele, com sua expertise e clarividência, analisou os projetos, a execução, os materiais a serem usados e os preços do conjunto ou a decisão foi política/eleitoreira? Afinal, campanha eleitoral custa muito. A sucessão de desvios financeiros e éticos nos poderes públicos e a impunidade são impressionantes e desanimadoras.
Mário A. Dente
A volta dos radares
Muito acertada a decisão do desembargador Ruy Fernando de Oliveira mandando religar os radares de controle do trânsito em Curitiba. Na rua Silva Jardim um sinaleiro em frente à entrada do Hospital César Pernetta deveria garantir a travessia de pedestres com segurança. Outro dia, por volta de 11 horas da manhã, com uma chuvinha fina, pude ver dois carros cortarem, acelerados, o sinal vermelho, enquanto eu aguardava o momento de seguir meu caminho. Com os radares em funcionamento vem o medo da multa e os mais afoitos passam a respeitar os sinaleiros.
Clotilde de Lourdes Branco Germiniani
Pré-sal
Concordo em termos que os royalties do pré-sal devam ser distribuídos entre todos os estados da federação, como entendo também que os royalties de Itaipu devam ser revistos e também distribuídos entre todos os municípios paranaenses. Os municípios lindeiros já foram devidamente compensados pela inundação de suas terras por todos esses anos de pagamentos.
Nelson Stelmasuk
Honduras 1
O governo brasileiro não deveria reconhecer o novo presidente de Honduras (Gazeta, 28/1). A eleição não obedeceu a critérios democráticos.
Antonio Cezar Ribeiro
Honduras 2
Finalmente Zelaya deixou nossa embaixada em Tegucigalpa com destino à República Dominicana, lá como "hóspede especial". Já foi tarde com suas igualmente arrogantes mulher e filha. Esperamos que não venha mais tarde para cá como convidado de honra. Que sua deposição sirva de exemplo para certos presidentes latinos.
Antonio Carlos Pereira
Trote abusivo
Lamentável ouvir da Pró-Reitora em exercício da UFPR explicações sobre o coma alcoólico sofrido pelo aluno que passou no vestibular de Geografia. Na administração do reitor Riad Salamuni foi criada uma comissão multidisciplinar na universidade para tratar do assunto álcool e drogas, que funcionou durante 15 anos sob o nome Comissão de Estudos do Álcool e outras Drogas (CEAD). Uma de suas principais conquistas foi a de sustar os problemas que o álcool desencadeava sobre o corpo discente da universidade e de se conseguir que os festejos dos calouros transcorressem sem o uso de bebidas alcoólicas. Lastimavelmente, já na primeira administração do prof. Carlos Moreira Junior a CEAD foi extinta e todo o cuidadoso trabalho de 15 anos que projetou nacionalmente nossa universidade no que tange ao assunto álcool e drogas acabou.
Reginaldo Werneck Lopes, professor de Medicina aposentado da UFPR
Atendimento infantil
Gostaria imensamente de saber o que o prefeito e o governador têm a dizer já que moram aqui e são responsáveis por garantir nossos direitos básicos à saúde, educação etc. sobre o fim do atendimento infantil do Hospital Nossa Senhora das Graças. Será que vão dizer que a situação é normal ou vão arregaçar as mangas, batalhar por um atendimento decente e realmente eficaz em Curitiba e no Paraná, cumprindo o que determina a Constituição?
Cristina Schuster
Crise nas cadeias
Muito importante as matérias sobre a crise no sistema prisional paranaense, mas queria ressaltar aqui que, como podemos ver, o número de presos em delegacias é quase o mesmo dos que estão no sistema penitenciário. No entanto, os presos do regime penitenciário têm um atendimento diferenciado. Mesmo sendo precário, eles têm enfermeiros, assistentes sociais, médicos e dentistas. Já nas delegacias, os presos não têm o mesmo tratamento e os policiais civis é que são prejudicados com isso.
Wilson Pavão de Souza
Políticos
O Brasil precisa de políticos empreendedores, daqueles que arregaçam as mangas e correm atrás das soluções dos problemas e não daqueles que os empurram com a barriga e só querem aproveitar as comodidades que o cargo lhes oferece. Não são todos, mas a maioria dos eleitos não fazem nada, esperam o tempo passar e só no último ano esboçam alguma reação em fazer alguma coisa, quando é tarde demais. Não basta saber administrar, às vezes é preciso ser, acima de tudo, empreendedor, arrojado, arriscar, ter uma visão além do normal, saber usar o seu potencial eleitoral em favor dos seus eleitores, dentro do limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mauro Wolff
Participação nos lucros
Penso que não haverá tanto êxito assim obrigar a divisão de lucros das empresas entre funcionários, como o ministro da Justiça, Tarso Genro, pretende fazer (Gazeta, 27/1), pois seria como aumentar salários. E aumentando o salário também aumentará os preços das mercadorias em geral.
Gean Francesco
Seguro veicular
Não posso acreditar que o seguro automotivo de Curitiba e de região metropolitana seja mais caro que o de São Paulo, com todas aquelas enchentes etc. dando perda total de veículos aos milhares por lá. Curitiba sempre foi laboratório de tudo, podem estar certos de que ano que vem vão para outros estados esses absurdos reajustes.
Hermes Carlos Bollmann
Litoral
O dinheiro que será utilizado para a revitalização da orla de Matinhos poderia ser destinado para indenizar os proprietários de imóveis desta praia e devolver ao mar o seu espaço original, permitindo que a natureza reconstitua a vegetação de restinga que hoje é ocupado pelos imóveis. O mar sempre busca o que é seu! Vamos usar a natureza como nossa aliada e não lutarmos contra ela.
Alessandro Garrett Dronk
Reprovação
A lei da aprovação automática para diminuir o índice de analfabetismo só poderia ter como consequência alunos totalmente analfabetos ao término do ensino fundamental e, em matemática, incapazes de efetuar uma simples operação aritmética. Agora pensam em desculpas e defendem o conselho de classe que autoriza a aprovação dos alunos que não possuem condições intelectuais para enfrentar novos conteúdos que, obviamente, ficam mais difíceis. Na verdade, só quem pode dar o parecer final são os professores que, com tudo isso, acabaram desmotivados (assim como os alunos) e o pior, desmoralizados profissionalmente.
Maria Caroline Scremin, arte-finalista
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