Terceirizar significa colocar um terceiro elemento entre a empresa e o empregado (Gazeta, 9/4). Atualmente, só pode ser feita em duas situações: trabalho temporário e serviços de vigilância, limpeza e conservação. Tudo nos termos da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A terceirização é ruim porque o empregado deixa de ter vínculo com a empresa e seus direitos trabalhistas são afetados. O primeiro, e na minha opinião o principal efeito, é que parte do salário que o empregador paga, vai ficar com a empresa responsável pela prestação de serviços. E isso irá acarretar em uma substancial redução salarial do empregado. E é só o começo.
Terceirização do trabalho 2
Se a alegação para se terceirizar é de que a legislação trabalhista dificulta a vida dos empresários, que os deputados tenham coragem de enfrentar a situação e mudem diretamente os pontos de estrangulamento. Que argumentem sobre o porquê dificulta e como essa legislação poderia ser melhorada para permitir a geração de empregos. Criar uma terceira via me parece uma solução fácil para os deputados. É mantido um sistema que poderá ser inócuo – a CLT –, pois será em parte substituído pela terceirização. Além de tudo isso, cria mais um intermediário na relação patrão-empregado. E essa conta, provavelmente, ficará para o empregado ou para o consumidor.
Calçadas
Entendo que a prefeitura passe a responsabilidade de fazer a calçada em frente ao imóvel para o proprietário, embora já exista o IPTU (Gazeta, 8/4). O que não posso concordar e não acho justo, porém, é que a manutenção da calçada seja responsabilidade do proprietário, uma vez que se trata de coisa pública. Órgãos públicos fazem reparos na rede, danificam os passeios, e, após o serviço executado, refazem-nos, geralmente, muito mal. Fica o ônus para o proprietário.
Calçadas e o metrô
Sejamos razoáveis: vamos melhorar as calçadas de Curitiba, aumentar as ciclovias, e iniciar um projeto sério para atender os moradores de rua. O metrô, sinceramente, vamos deixar para 2025 (Gazeta, 9/4).
Metrô 2
Comprem mais ônibus articulados e biarticulados, o que sairá mais barato do que o metrô. O custo de se construir trincheiras em alguns pontos críticos da cidade também é mais baixo. Essa medida resultará na fluidez do trânsito e ainda irá melhorar o transporte coletivo. Em quantas gestões o metrô será usado para promoção política, inclusive com inaugurações de vários trechos?
Descarte do lixo 1
O dano ecológico em lavar os materiais recicláveis é bem menor para o meio ambiente (Gazeta, 9/4). A água, em sua grande proporção, é tratada ou bem absorvida pela terra, e retorna ao seu ciclo. Já o lixo, se for direto para o aterro ou outras formas de descarte, levará anos para sua decomposição. E é também uma parcela muito pequena que é higienizado.
Descarte do lixo 2
Não vejo como correta a atitude de lavar o lixo antes do descarte. É notória e muito bem divulgada a diminuição dos recursos hídricos. Lavando-se o lixo, há desperdício de água – um recurso tão escasso. Deve-se considerar também que nem todo esgoto é tratado. Quando o lixo reciclável vai para a reciclagem, ele terá de ser lavado de qualquer maneira.
Lixo na rua
Acho ótima a medida de multar quem joga lixo na rua, mas ainda falta muito. Na minha opinião, o principal problema de Curitiba é a colocação de lixo em terrenos baldios e aqueles jogados nos rios, os quais contaminam as áreas de mananciais. Essas questões deveriam ser as prioridades da prefeitura.
Quadrinhos
Parabéns pela história em quadrinhos “Ninguém Ama Rubens Bohlen” (Gazeta, 7/4). Independente do partido que se tenha tomado em relação à saída de Rubens Bohlen da presidência do Paraná Clube, o fato de reconhecê-la como drama e a ideia de transformá-la em arte visual são geniais. Nada supera a versão impressa do jornal para materializar isso.
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