O termômetro digital, como diz a reportagem sobre a tentativa de uma ONG acabar com o de mercúrio no Brasil (Gazeta, 28/5), é sim, de fato, confiável. Basta fazer o teste em paralelo que se pode comprovar a eficácia, de certo modo, até superior, pois o tempo para verificação da temperatura é muito inferior. Isso é de vital importância quando o fazemos em crianças, pelo inconstante movimento e pelo transtorno que causa o procedimento nos pequeninos.
Renato Duarte
Termômetros 2
Sobre o pronunciamento da Anvisa relativo aos termômetros de mercúrio, lembramos que o perigo da contaminação se dá quando o instrumento quebra, o que é muito frequente. A Anvisa parece que está a defender os interesses dos fabricantes desses instrumentos à base de mercúrio. Além da proibição de uso dos termômetros de mercúrio e outros equipamentos similares, é necessário um programa de substituição e recolhimento responsável.
Eleuterio Langowski
Ciclofaixas
Desculpe-me, mas trazer inteligência de fora é uma ofensa. É só conversar com os ciclistas locais ou usar a bicicleta no dia a dia. Ou então simplesmente não cometer os mesmos erros que um grupo de pessoas de dentro do IPPUC vive cometendo. Pois já não é a primeira vez que se erra. Não adianta termos ciclovias ou ciclofaixas somente bonitinhas como as da Arthur Bernardes e da Linha Verde ou investir num percurso beirando moradias irregulares, trilhos de trem ou valetas. Tem de ser funcional, sem aqueles traçados ridículos em ziguezague. Nós queremos além da estética, a objetividade, ligando pontos importantes da cidade.
Adilson Lara, engenheiro
Cidade que cresce 1
Moro na Rua Dr. Goulin, Hugo Lange, há mais de 40 anos. Há poucos dias passou a ser mão única (Gazeta, 27/5). Tudo bem. É o progresso. Mas o problema é o sentido que escolheram para a rua. Os responsáveis da organização do trânsito tiraram-nos a única rua na qual se podia fazer um caminho alternativo para o Centro. Pois em seis ruas que ligam o bairro ao Centro na região, quatro delas fazem sentido Centro-bairro e somente duas para ir ao Centro.
Olga L. Ribeiro
Cidade que cresce 2
Não é de agora que a política da prefeitura favorece apenas a circulação de automóveis. Diversas obras de infraestrutura viária nem sequer preveem a reforma ou a implantação de calçadas. Com o início das obras de revitalização da Av. Toaldo Túlio no São Braz e Santa Felicidade, é possível observar a quem a prefeitura deseja favorecer, única e exclusivamente. O espaço destinado às calçadas, já exíguo, está sendo transformado em recuos para estacionamento de automóveis, o espaço que sobra em alguns pontos é ínfimo, impedindo a circulação segura e confortável de pedestres, cadeirantes e ciclistas.
Paulo R. Rodachinski
Cidade que cresce 3
Como moradora da região e utilizando a Rua Augusto Stresser diariamente, acho que alguma mudança há tempos se fazia necessária. Essa via já não comporta mais tanto tráfego, além dos automóveis, também circulam várias linhas de transporte coletivo. Em determinados horários simplesmente não tem espaço para mais nada, isso sem falar da passagem do trem que, além de ser um risco constante, ajuda a deixar tudo parado.
Maria Elaine Paganini, economista
Leitura no ônibus 1
Excelente a coluna do José Carlos Fernandes da última sexta-feira (Gazeta, 28/5). Tudo o que se puder fazer para despertar o interesse do povo pela leitura é muito digno. Como dizia meu mestre Arno Schimidt, no colégio Bom Jesus do século passado: "Quem não lê não escreve".
Fabio Lopes de Oliveira
Leitura no ônibus 2
Sou uma leitora voraz de livros e afins. E desde minha adolescência, quando comecei a andar mais de ônibus, sempre carreguei um livro comigo. E todo mundo me olhava com cara de espanto. Morei fora dois anos e fiquei admirada como que este meu hábito é muito comum lá fora.
Karla Nascimento
Copa no Brasil
Não gosto de esportes. Esse torneio relâmpago, a Copa do Mundo, nada significa para mim. Sendo assim falo isento de paixões esportivas. Vão gastar uma fortuna em 12 estádios para a Copa de 2014. Pessoalmente, tenho a certeza de que o país e seu povo se beneficiariam infinitamente mais se esses recursos fossem aplicados, por exemplo, em 12 hospitais de excelência. Entretanto, se houver uma pesquisa, o povo, sempre manipulado, vai preferir os 12 estádios. Fazer o quê?
Marcos Schier
Falta de policiais
O povo tem clamado por segurança. Até o secretário de Segurança Pública do estado, coronel Serpa, disse em entrevista à Gazeta do Povo que a maior dificuldade de melhorias na segurança é o fato da falta de efetivo policial. Então por que, em vez de a Assembleia contratar agentes fantasmas para benefícios próprios, não contrata policiais? Não tenho dúvida de que o dinheiro que é gasto com os sanguessugas do povo daria para pagar vários policiais para patrulhar e garantir a segurança. Será que esse é o Paraná que queremos?
Júnior Campos, economista
Lei para endividados
Uma lei que poderá ajudar o endividado é não permitir que milhares de empresas levem a análise creditícia como fator eliminatório num processo de seleção para um novo emprego. Sendo o emprego justamente o motivo para que o cidadão adquira o seu consumo através da sua capacidade de renda, nos parece totalmente inócuo tal procedimento, beirando mais ao preconceito. Um endividado precisa trabalhar, ter renda até mesmo para pagar as suas dívidas.
Miguel Angelo Candia
Conselho de polícia
Se aprovada essa emenda constitucional, criando o Conselho Nacional de Polícia, o MP fica de mão atadas, inócuo, sem ação será um TCU ou um TCE: dá a opinião, mas não tem nenhum poder; o que vai restar ao MP? Apenas uma instituição para emprego público. Foi graças ao MP que ultimamente a corrupção e a criminalidade oficial vieram à tona e os criminosos foram para a cadeia. A sociedade está caminhando, paulatinamente, para a desmoralização, a corrupção e todo o modo de desmanche da boa conduta, e parece que não estamos nos apercebendo disso.
Francisco Gilberto Oro