Na reportagem "O peso do título" (Gazeta, 22/2) aparece a verdade sobre a contratação e demissão de doutores na universidade. Parabéns ao relato da verdade pura do professor doutor José Lino Menegassi: "Somos considerados perigosos ao bom andamento da instituição".
Dircecema Franceschetto Krug, professora doutora, por e-mail
Bairros de Curitiba 1
Quando vi a reportagem sobre os melhores bairros para se viver (Gazeta, 22/2), fiquei muito feliz por morar no Água Verde. Nasci e cresci no bairro e me lembro de suas pequenas mudanças. Digo pequenas porque não se comparam às memórias do "livro vivo" que foi meu pai. Ele, curitibano de 1921, batizado Ivo por causa do rio que corta o centro da cidade, fez sua vida aqui. Quando casou com minha mãe, moraram na Av. Visconde de Guarapuava, na época o coração da cidade. Depois, ele comprou um terreno no Água Verde e os amigos e clientes o chamavam de louco por comprar um terreno no meio do nada. Construiu a casa, viu a lama sumir e dar lugar ao asfalto, os espaços com mato se tornarem terrenos para novos moradores, os antigos galpões virarem casas e prédios. Fazer parte de uma história, ver um espaço vazio se tornar um bom bairro sempre foi o orgulho de meus pais. Herdei esse orgulho de ser parte do Água Verde. É muito bom morar em um bairro estruturado, além de saber que alguns vizinhos e moradores da região são amigos há décadas. Isso traz mais conforto e reforça a aliança que criamos com o bairro.
Isabelle Ferreira, por e-mail
Bairros de Curitiba 2
Nasci no bairro Barigui, onde vivi meus 5 primeiros anos de vida. Depois, até meus 14, tive o privilégio de morar no Batel, na Av. Castro Alves. Porém, nenhum desses bairros e nem o atual, CIC, foram tão bons quanto morar no Boa Vista, um bairro pacato, próximo do Parque Bacacheri. Tem o circo no terreno da Avenida Paraná e um hipermercado em frente de casa, colégios, correios, lanchonetes, muitas árvores para preservar o ar limpo e o bom convívio com os vizinhos. Como já descrito, hoje moro no CIC, num ponto em que atravesso uma rua e estou no Capão Raso. Se não estou contente, atravesso outra rua e estou no Novo Mundo. Mas o bairro Boa Vista é e sempre será, na minha opinião, o melhor bairro para se viver.
Rogério Luiz Bressan, por e-mail
Asilo político
Acompanho com atenção o debate sobre o Italiano que pede asilo político. E me surpreende até agora não ter visto ninguém tratar do que entendo ser o âmago da questão: o papel da Justiça italiana. Afinal, a Itália é um país democrático, com uma Justiça conceituada. Se a mesma julgou-o, não cabe nenhum questionamento sobre o seu mérito. Conceder o asilo, seria desconsiderar a Justiça da Itália. Ou até pior, considerá-la parcial.
Antonio Celso Souza, por e-mail
Política em evolução
Importante e necessário o artigo do promotor de Justiça Robertson Fonseca de Azevedo (Gazeta, 19/2) para iniciarmos um debate acerca da política de drogas que deve ser adotada no Brasil. Primeiro porque a política vigente até há pouco fora "importada" dos EUA, desconsiderando nossa cultura e nossa estrutura social; segundo porque a política antidrogas executada por aproximadamente um século, em nível mundial, só fez crescer os problemas relacionados às drogas, como a violência, criminalidade e uso abusivo.
Carla Torres, por e-mail
Fidelidade partidária
Sou fundador do velho MDB de guerra. Nunca mudei de partido. Fui vereador durante nove anos. Naquele tempo vereador não tinha vencimento nem verba alguma. Trabalhava para a comunidade. Não me arrependo. Nunca gastei nenhum vintém para eleger-me. Todos os políticos elegiam-se somente pelo prestígio, sem gastar nada. Infelizmente, hoje virou profissão, gastarem milhões. A imprensa anunciou que no Congresso existe uma mensagem para ser discutida para que todos os candidatos recebam dinheiro público para campanhas eleitorais. Esperamos que os senhores membros do Congesso Nacional não aprovem esse absurdo.
Ireno Vicente, Curitiba PR
Flanelinhas
Acho um absurdo nossos nobres deputados querendo criar uma lei para criminalizar os flanelinhas, uma classe menos favorecida e que não tem armas para lutar pelos seus direitos, tendo tantas coisas muito mais importantes para fazer. A segurança está um caos, a saúde pública vai de mal a pior e o transporte coletivo nem se fala. Será que não percebem que ao proibir essa prática a criminalidade pode aumentar? e tem mais, a maioria são pais de família, eu mesmo nunca tive problemas com os mesmos, até fiz amigos. E além do mais eles estão muito enganados que essa prática vai deixar de existir por causa de uma lei, quem é que vai fiscalizar?
Airton Dias, por e-mail
Trotes violentos
Os trotes não são apenas uma agressão contra os alunos, mas contra toda a comunidade que reside próximo aos portões da universidade. Os gentis alunos jogam todo tipo de sujeira nos seus calouros (recentemente passaram peixe nas alunas e obrigaram que todos beijassem uma cabeça de porco) e em seguida abandonam seu lixo nas calçadas de nossas residências, deixando um odor nauseante. Isso fora a sujeira e o barulho, que são insuportáveis.
Beth Andretta, Curitiba PR
Urbs
Confiante na competência e determinação administrativa do sr. Marcos Isfer, novo presidente da Urbs, vislumbro promissora fase operacional do importante órgão da prefeitura de Curitiba, capaz de justificar a pretendida qualificação de nossa capital como cidade modelo. É longo o caminho a percorrer. Contudo, expressiva parcela de baixo custo, mas que requer vontade política, que Isfer possui acumulada pela experiência administrativa e legislativa. A colaboração de toda a população é imprescindível.
Ary de Christan, médico, Curitiba PR
Privilégios na saúde
Está sendo exemplar o sistema de saúde pública do país no tratamento dispensado ao vice-presidente da República. Já minha mãe, uma senhora de 88 anos, com dificuldade de locomoção e muita dor, e que paga já por muitos anos um bom plano de saúde, está sendo prejudicada por esse plano que dificulta, já por 10 dias, sem nenhum argumento, a aprovação de um exame de cintilografia. O vice-presidente da República, ao invés de se lamentar desse privilégio, deveria trabalhar incansavelmente para que toda a população pudesse ter um sistema de saúde que respeitasse a dignidade dos brasileiros.
Sylvia Helena Ribas, Curitiba PR
Reeleição ilimitada 1
Qualquer pessoa que se diz democrata não poderá jamais aceitar um sistema de reeleição ilimitada, pois seria o mesmo que assinar um cheque em branco. A pessoa que se elege para qualquer cargo de poder político, caso não exista limites para reeleição, só deixará o poder quando morrer ou quando quiser, pois, uma vez no poder, implantará um esquema de eternização que o outro concorrente nunca irá contar nas disputas de enfrentamento direto, ou seja: loteará todos o cargos em comissão para os apaniguados políticos que se transformarão num exército de cabos eleitorais; implantará programas clientelistas e paternalistas para atender as classes carentes e miseráveis da sociedade visando obtenção sistemática do voto em massa; e finalmente, fará um cerco ao Congresso Nacional visando conquistar o máximo de adesão parlamentar.
Zacarias Quadros, por e-mail
Reeleição ilimitada 2
É extremamente negativo ter qualquer mandatário por vários anos no poder em função de aumentar a possibilidade de corrupção. Mas quem colocar no seu lugar se todos os que querem o poder são exatamente iguais? Quem nos protegerá de quem foi colocado no poder para nos proteger?
Carlos A. A. Rodriguez, por e-mail
Reeleição ilimitada 3
Sobre governantes que ficam muito tempo no poder, acredito que isso seja válido só para monarquias. Já em países onde são eleitos governantes a cada quatro ou cinco anos, o negócio é diferente. Praticamente todos os políticos gastam tempo precioso para o país buscando alianças com outros partidos e formando "panelinhas" só para se darem bem nas eleições seguintes.
Flademir Henrique Tozato, por e-mail
Taxa de lixo
Se é certo a cobrança do lixo vir na conta da Sanepar, eu não sei. Porém sei que é no mínimo incoerente uma empresa de águas cobrar recolhimento de lixo. Para onde vai esse dinheiro? É preciso pedir explicações sobre o destino do dinheiro, sobre as correções, os repasses e sobre quanto fica ao governo.
Adalberto de Oliveira Novak, por e-mail
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