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Coluna do leitor

Trânsito caótico

É preciso que alguma autoridade se compadeça. Com urgência, as medidas cabíveis precisam ser tomadas. Nos horários de pico, torna-se simplesmente impossível atravessar a Rua Heitor S. França e Ary Camargo Queiroz, em direção à Rua da Glória. Devido à confluência dessas ruas e mais o fluxo que desce das Carlos Cavalcanti, as pessoas demoram cerca de 15 minutos para poderem atravessar a via, sem riscos. Três sinaleiros – e não dois – seriam necessários e devidamente programados (esquina das praças Kalil Gebran e Didi Caillet), com espaço de tempo para desafogar uma via de cada vez, e permitir que os pedestres estejam protegidos. Os carros, ônibus e motos ignoram as pessoas. Ou se acertam os semáforos, ou se instala outro com faixa para pedestres. Quem sabe até uma lombada no meio da quadra. Do alto de suas sacadas, os moradores dos edifícios assistem seguidamente aos acidentes e atropelamentos que ocorrem por falta de providências.

Regina Rodrigues Costa, professoraCuritiba, PR

Panfletagem

Li nesta Gazeta (16/4/06) que o prefeito de Curitiba quer proibir a panfletagem porque os papéis são jogados na rua e tampam os bueiros. Fazendo isso, ele vai tirar o ganha-pão de muita gente. E ainda vai multar em 400,00 quem panfletar. Um fiscal da prefeitura esteve em nossa empresa intimando para tirássemos a propaganda pintada na parede. Nós o fizemos, mas muitas empresas não. Estamos no outono, as folhas de árvores estão caindo e, como o papel jogado no chão, e também tapam os bueiros. Por que não varrem as ruas com freqüência? Nos bairros Água Verde e Parolin nunca vimos funcionários da prefeitura varrendo as ruas. Será que esses moradores não pagam impostos?

Luiz Carlos PiccoliCuritiba, PR

O papel das universidades

A matéria assinada pelo filósofo e professor de Direito Aloísio Surgik, publicada na Gazeta do Povo (18/4), nos sugere reflexão. De fato, na aplicação da justiça, a lei apresenta valor relativo. Não pode a lei regular todos os pormenores da vida, por isso deve ater-se àquelas questões de maior relevância, priorizando as fontes legítimas emanadas do próprio povo. Como resultado da implantação de um sistema legalista, experimentamos, hoje, funestas conseqüências: Uma delas, a medida provisória, é lei tão sutil quanto autoritária, apresentada à mídia com esfarrapadas desculpas. O desinteresse de boa parte dos políticos pela coisa pública, torna a vida dos brasileiros verdadeiro suplício. Estamos, sim, nos desviando – cada vez mais – das linhas magistrais esboçadas pelo Direito Romano Clássico. A História não são meras curiosidades entontecedoras que se perdem no vácuo, e sim a necessária ferramenta do juízo crítico, capaz de corrigir distorções neste ilusório brilho do presente. A experiência jurisprudencial dos grandes antigos, nos faz haurir especial lição: o povo do direito, não é o povo das leis, pois os mais destituídos de direito, são os mais propensos a legislar. Mais uma vez o mestre Surgik – sereno – observa de um ângulo superior o que os teimosos, de dentro da caverna, ousam negar.

Luiz Alberto Pereira Paixão, administrador de empresasCuritiba, PR

Boicote

A desavença entre políticos da oposição e da situação, um tentando obstruir o outro, origina da palavra inglesa "boycott!", termo nascido nas páginas do Times de Londres, em 1880. O capitão Charles Cunnigham, rico proprietário, elevou o preço do aluguel de suas terras e causou a insatisfação dos trabalhadores. O administrador Boycott encontrou resistência: da noite para o dia, como reação, ninguém lhe prestava serviços. A colheita foi feita com um imenso atraso, causando-lhe prejuízos enormes. Inspirado nessa história real, basta a maioria do eleitorado brasileiro boicotar os descasos que vêm de cima que a situação muda. Ou não?

Gerson A. Ferreira, sociólogoCuritiba, PR

Desrespeito à lei

As obras de revitalização de Santa Felicidade foram concluídas. Junto com essa revitalização houve algumas mudanças que são difíceis de serem entendidas pelos usuários e moradores do bairro. No entanto, devido à total ausência de guardas orientando e cobrando dos motoristas o cumprimento das novas determinações, os maus motoristas que se julgam "espertinhos" e privilegiados, passaram ignorar as regras de estacionamento, incentivando outros motoristas ao desrespeito às normas e placas orientativas de estacionamento. Isso torna o tráfego, já conturbado em algumas horas e dias da semana, num verdadeiro teste à paciência de quem transita nesse trecho da Manoel Ribas. Como cidadão, tentei chamar uma viatura do Diretran para orientar e cobrar dos motoristas o cumprimento das leis de trânsito. Não fui atendido. Acredito também que os controladores de tráfego de Curitiba devem ter "esquecido" de incluir este bairro em suas rondas, pois o descaso às leis de trânsito e velocidade é diário e freqüente. De que adianta deixarmos nossa cidade bela se não respeitamos o direito do próximo? Muitos falam da segurança e obediência às leis existentes em outros países. Vamos nos lembrar de que essa obediência existe pela alta repressão e vigilância exercida pelos órgãos competentes. Educação, em muitos casos, também se obtém com repressão.

João Afonso Germano Filho, economista e consultor de empresasCuritiba, PR

Coração do Paraná

Acompanho com carinho a Expedição que é capitaneada pelo fotógrafo Orlando Azevedo. Por onde tem passado, por todo o estado do Paraná, tem dado vez e voz ao povo que, muitas vezes, é esquecido pelos governantes. Na reportagem de 15/4, os atores foram os indígenas, assentados e quilombolas, que vivem do artesanato. As crianças e jovens são obrigados a ajudar a família na complementação da renda.

José Pedro NaisserCuritiba, PR

Mínimo regional

A atitude do governador Roberto Requião em "inventar" o salário mínimo regional para o Paraná é demagógica, eleitoreira e irreal. Com as eleições batendo a porta e sem muito trabalho a apresentar, ele encontrou uma forma rápida e irresponsável de "fazer bonito" ao povo. Isentando as prefeituras municipais desse ônus, como prevê o projeto, não causa problemas entre seus aliados e evita que esses debandem de suas fileiras. Tanto os funcionários estaduais como aqueles que labutam nas grandes empresas, geralmente já são aquinhoados com salários mais altos. O libelo da lei pesará exclusivamente contra os pequenos e médios empresários, fonte de 85% da geração de empregos, e das donas de casa que utilizam domésticas. É claro, com a mais absoluta certeza, que veremos crescer vertiginosamente a informalidade e o desemprego que virão atrelados a essa "brilhante idéia". A medida vai trazer ao Paraná mais pobreza e miséria ainda. Governador, o sr. não precisa disto.

Jorge Derviche Filho, engenheiro civilCuritiba, PR

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