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Coluna do leitor

Transparência

No contexto da formação de uma sociedade mais voltada para valores que a fortaleçam, não há dúvida de que o povo brasileiro peca por omissão. E muito. Um dos aspectos que melhor caracterizam essa realidade é a falta de participação efetiva na cobrança das ações de seus representantes que, sabedores dessa indiferença, deixam a desejar. Se pretendemos mudar esse estado de coisas, é indispensável maior engajamento, mas sem falso moralismo.

Carlos Roberto de Oliveira

TRF

A necessidade de criação de mais Tribunais Regionais Federais (Gazeta, 1/6) passa longe da discussão com a população, ficando restrita aos gabinetes e palácios de Justiça. A conta que será paga por toda a população é enorme, fala-se em bilhões de reais para sustentar os bacharéis e doutores em lei, e a discussão sobre a qualidade do sistema judiciário passa longe.

José Luciano Ferreira de Almeida

Pedágio

Se o governo pretende suspender a concessão das BRs 101 e 376 (Gazeta, 1/6), deveria ouvir os usuários. A agência reguladora deve exigir o cumprimento do contrato, e não liberar a concessionária do compromisso assumido mediante a rescisão do contrato. Mudança de empresa significará majorar o preço do pedágio, pois sabe-se que a atual concessionária ofereceu preço bem abaixo dos demais concorrentes e do esperado pelo governo.

Lauro Luiz Leone Vianna

Ônibus

A questão da distância entre as linhas de ônibus é mais complexa que o mostrado na reportagem (Gazeta, 1/6). A falta de integração tarifária fora de terminais é um problema que agrava a questão da proximidade dos pontos. Eu, por não desejar pagar duas tarifas, eventualmente caminho 2,5 km para pegar um ônibus que me permita fazer conexões, em vez de tomar o amarelo que passa a 100 metros da minha casa.

Guilherme Appolinário

Urbanismo

Refletir sobre o futuro das cidades (Gazeta, 3/6) é importante, principalmente devido ao crescimento desordenado e às invasões no entorno das cidades. No caso de Paranaguá, sofremos com o crescimento da área portuária. Por falta de planejamento e certa fragilidade dos órgãos ambientais, convivemos com a poluição do ar, da água e de nossos alimentos, sem contar a poluição dos caminhões que destroem e sujam nossas ruas.

José Ricardo Morato, Paranaguá – PR

Índios

Sobre o conflito envolvendo índios e fazendeiros no Mato Grosso (Gazeta, 3/6), acredito que os índios aproveitam as leis especiais para invadir, saquear e destruir as propriedades privadas e permanecer impunes. Eles se acham especiais, mas deveriam ser tratados como pessoas comuns. Eles deveriam respeitar o direito de propriedade privada dos outros.

Aldo Dante Machado Jr.

Matemática

Sobre o artigo de Jacir Venturi "Aprender a raciocinar" (Gazeta, 3/6), considero que a matemática é como escalar uma montanha: a tarefa é árdua, mas a visão que se obtém recompensa o esforço. Infelizmente, a nossa herança cultural nunca privilegiou esse campo do conhecimento, talvez por constituir-se em ferramenta de emancipação. É pela falta de números que muito da nossa miséria se explica.

Thomaz Akimura

Professor

De alguns anos para cá, exercer a profissão de professor virou sinônimo de sacrifício, principalmente no caso de alunos de 6ª a 9ª série ou do ensino médio. Tudo por causa da indisciplina de alunos, combinada com direções sem estrutura, despreparadas, incompetentes e politiqueiras. Por isso estamos presenciando agressões a professores, desestímulo geral, depressões, desistência da profissão, e maus resultados na aprendizagem.

Edésio Reichert, Toledo – PR

Valores

Após uma semana na qual um recém-nascido foi encontrado nas redes de esgoto, pus-me a pensar: quanto vale um ser humano? Talvez se fizéssemos um leilão, colocando à venda a essência da nossa humanidade, conseguíssemos mensurar o seu valor. Contudo, temo saber que, dentre diamantes, obras e objetos famosos, perderíamos em número de lances e valor de arremate. É certo que não há como mensurar o imensurável. Nossa humanidade não poderia jamais ser leiloada.

Elsa Lima

Sonho

Interessante o ponto de vista de Paulo Briguet (Gazeta, 3/6). Compartilhei da mesma experiência, pois vivi a década de 70, e tive visões oriundas da influência hippie da época, que criticava sem dó tudo o que havia de norte-americano. De fato, só me vi separado desses preconceitos após experimentar a vida fora. A visão mais madura vem após um tempo e descobre-se, após algumas tentativas, o que há de errado conosco.

Edilson Miaqui

Entrelinhas

Cumprimentos à Gazeta do Povo pela passagem dos 48 anos da coluna Entrelinhas. Mesmo diante das mudanças editoriais e gráficas promovidas de modo a manter a Gazeta com linguagem e visual moderno, a Entrelinhas é espaço de leitura garantida.

Osni Bermudes Jr.

Cotas

O leitor Luiz Fanchin Jr. está equivocado quanto ao sistema de cotas. Sou cego e fui admitido pela Copel porque há 5% de vagas para pessoas com deficiência, mas as provas foram as mesmas para todos os candidatos, e tive de tirar nota acima de 6, que é a nota mínima necessária para entrar no cadastro. Não é como muitos pensam, que basta assinar as provas para ser empregado ou admitido na faculdade.

José Luiz Novôa, Araucária – PR

Feriados da Copa

Receberemos durante a Copa 225 mil turistas a mais que a média, segundo a FGV. Nosso aeroporto já está com a capacidade esgotada, o transporte público também, não há táxis suficientes nem sequer para a população local, o atendimento de saúde está um caos. Somente decretando feriados para não passarmos vergonha.

Hernani Bergossi

Fifa

Eu quero e o povo de bem também quer saber: por que a Fifa tem poderes de Estado? E de um Estado invasor que chega, determina quais ruas podem ter trânsito ou não, o que pode ser vendido ou não, o que pode ser anunciado ou não. Mas pelo menos eles perderam uma batalha: o acarajé vai ser vendido na Bahia. Dona Fifa, posso comer barreado, pinhão e banana frita na época da Copa?

Mauro Majczak

Médicos estrangeiros

O que poucos falam é que os formados na Escola Latinoamericana de Medicina (Elam) não têm autorização para praticar medicina em Cuba. Ou seja, nem mesmo o país que os formou os aceitaria como médicos! O Brasil quer aceitá-los sem um exame sério e justo, que teste as suas habilidades? Como assim? Vão para lá patrocinados por movimentos sociais, voltam para disseminar comunismo no interior do país, e vamos assistir a isso tudo sem nos indignarmos?

Flavio Costa, Rio de Janeiro – RJ

Policiamento 1

O policiamento a pé dá mais tranquilidade à sociedade, e os policiais observam muito mais do que em uma viatura a 40 km/h. É claro que, para se colocar esse serviço em prática, tem de haver policiais em número suficiente, e aumentar o efetivo é responsabilidade do poder público.

Edison Bindi, militar da reserva, São José dos Pinhais – PR

Policiamento 2

Gostaria de sugerir uma reportagem sobre a falta de efetivo na Polícia Civil no Paraná. O resultado disso é que reina a impunidade, pois praticamente nenhum crime é investigado. Só em termos de comparação, em Santa Catarina há metade da população do Paraná, mas duas vezes mais policiais civis.

Marcelo Vanzela, Londrina – PR

STF

Com raras exceções, o STF também é uma casa que não inspira a confiança ao povo. Vejamos o caso Daniel Dantas, absolvido três vezes por Gilmar Mendes. Uma vergonha. Mas não é porque tal ministro diz que vai absolver Fulano e Sicrano que se deve mudar as regras de escolha dos ministros (Gazeta, 2/6). O que deve ser feito é punir certos ministros.

Hermes Carlos Bollmann

Estradas

Já é tempo de o Ministério Público Federal e o Crea-PR promoverem uma fiscalização para constatação da ineficiência na manutenção e falta de medidas preventivas na estrada adotadas pela Autopista Litoral Sul. A quantidade de acidentes diários envolvendo caminhões pode ser um indicativo importante de falhas. Qualquer usuário cativo dessa rodovia pode confirmar o aumento do tempo médio de viagem depois da concessão.

Paulo Ferraz, engenheiro

Máquina pública

Todos que têm um mínimo de bom senso deveriam parabenizar Belmiro Castor pelo artigo criticando o exagerado número de secretarias e órgãos equivalentes na pesada estrutura dos governos do Paraná e de Curitiba (Gazeta, 2/6), que existe para acalentar os partidos políticos e não por ser necessária à gestão técnica. Além disso, somam-se os cargos em comissão, que abrigam não pessoas imprescindíveis aos governos, mas sim os "pelegos" políticos, muitas vezes com escolaridade incompatível com os cargos ocupados. Os governos precisam aprender a trabalhar com estrutura enxuta, como a iniciativa privada.

Luiz Eduardo Hunzicker, Colombo – PR

Imprensa

Parece-me que nossa Constituição não pode ser rotulada como uma das mais democráticas do mundo. A censura prévia estabelecida à imprensa (Gazeta, 1/6), além de afrontar a prerrogativa constitucional de livre expressão, coloca os interesses da nação brasileira em xeque. Neste país são os veículos de comunicação os únicos mecanismos isentos para a informação, investigação e fiscalização, tendo um papel crucial de alertar a sociedade sobre os desmandos, principalmente de agentes públicos. Nesse embate, o que mais causa estranheza é que o cerceamento à informação venha do Judiciário, que deveria ser o guardião e o depositário das liberdades fundamentais.

Marcelo Rebinski, historiador

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