Neste fim de semana, vimos mais uma vez o sucesso do Triatlon Caiobá, uma grande promoção do Sesc-Paraná, que reuniu mais de 600 atletas, além de equipes de apoio, familiares e grande público. Porém ficou a mágoa de ser paranaense, pois o melhor triatleta brasileiro, o curitibano Juraci Moreira Filho, campeão absoluto da prova, competiu pela cidade de Blumenau-SC. Se faz um evento de nível internacional, uma organização impecável, com dinheiro dos empresários paranaenses e não se dá valor ao melhor atleta de todos eles. Esperamos um olhar diferente da comunidade empresarial paranaense, do governo estadual e municipal, para os nossos atletas atuais e futuros.
Mário Eduardo Scoparo e Souza, triatletaCuritiba, PR
Animais
Fiquei muito feliz em saber que haverá (claro, depois de votado etc.) um programa sério de esterilização dos animais domésticos em Curitiba, iniciativa do deputado Affonso Camargo. A Gazeta deveria continuar apoiando iniciativas como essa, para que um dia, finalmente, não tenhamos que continuar passando por tantos corpos de cães e gatos, dilacerados por atropelamentos e em estado de putrefação, ao longo das avenidas da cidade. Para quem pensa que isto é de somenos importância, posso ressaltar que, quando eu era criança (e não faz tanto tempo assim) só havia cães fuçando pelas latas de lixo. Hoje, há crianças, adolescentes, adultos (e muito mais cães), estapeando-se para dividir o mesmo quinhão, num lixo que fica cada vez maior. Quem garante, pelo andar dessa mesma carruagem, ou nessa mesma progressão aritmética, que, daqui a 40 anos, os corpos dilacerados, ao longo das rodovias, não sejam de seres humanos? Estes, que hoje sobrevivem do lixo que 40 anos atrás era somente dos cães?
Irene SandkeCuritiba, PR
Brokeback Mountain
Eu tive que assistir ao filme duas vezes, pois na primeira as risadas eram tantas, tão altas e inconvenientes, que acabaram me irritando e não consegui mais acompanhar o filme. Mesmo em momentos muito tristes, como a cena em que a esposa de Ennis chora ao perceber que ela nunca teve o amor do marido, eram motivo de muitas risadas. E assim foi até o fim do filme... Na segunda vez, a reação foi bem diferente (apesar de uma platéia bem mista). Tiveram sim algumas risadas e "ohhh" "uhhh", mas bem mais contidas. Acho que para aliviar a tensão da cena na barraca. Mas depois, a platéia "mergulhou" no drama. Dessa vez, consegui curtir o filme e gostei ainda mais. Não é preciso ir muito a fundo pra entender essas reações das pessoas... Mas é uma história de amor linda e acho que com certeza abriu um enorme precedente no cinema.
Priscila SeixasCuritiba, PR
Palmadas e agressões
Discute-se muito sobre o tema, já aprovado pela Câmara dos Deputados, quanto à proibição dos pais de darem "palmadas" em seus filhos com intuito de educar. Muitas opiniões a favor e contra a essa nova lei, que, sem dúvidas, ocupa demais a mídia. Tudo muito bonito no papel, mas que não será aplicada na prática, já que a estrutura da família fica por conta de cada classe social, e muito pela educação gerada por anos em cada seio familiar. O que se deve fiscalizar é o abuso e a forma de usar desse artifício. Aliás, já previsto nas leis que protegem a criança e o adolescente. Contudo, creio que os políticos deveriam criar leis que viessem a proteger as crianças, que são "agredidas" diariamente ao serem abandonadas pelos pais; que dormem nas sarjetas; que praticam furtos, muitas vezes incentivadas pelos próprios pais; e que nossas autoridades nada podem fazer, porque as leis não permitem que o Estado possa recolher as crianças abandonadas, uma vez que não são órfãos. Tenho certeza de que se criarem uma lei permitindo que o Estado retire das ruas todas as crianças abandonadas e se incumbam de darem a elas uma educação digna e escola, formando adolescentes com perspectivas de futuro promissor, estarão ajudando e muito com a diminuição da criminalidade em nosso país. Que tal começar a pensar nessa possibilidade?
Raul Elias Karam, aposentadoCuritiba, PR
Cidadania
Se o governo passar a se ressarcir dos valores despendidos com os cidadãos, não haverá mais oportunidade para as construções nababescas, inaugurações, propaganda etc., sem contar que a Faculdade de Medicina criada em Ponta Grossa pelo ex-governador e fechada pelo atual custaria aos cofres públicos R$ 250.000,00/ano por aluno, isto é: dez vezes mais que a melhor faculdade que atua no estado. Resumindo, para cada aluno da Universidade Estadual ou Federal daria para financiar 10, com ressarcimento das despesas em cinco ou até dez anos. Mas se a população brasileira atingir um nível de cultura de primeiro mundo, de que viverão os nossos políticos já que não mais serão eleitos? A ignorância do povo e a falta de soluções eficientes fazem parte dos projetos políticos, logo, para eles é melhor assim. Quando tivermos políticos comprometidos com a decência, honestidade e, principalmente, com o povo, as soluções simples como essa serão aplicadas. Até lá, só Deus sabe; ou não.
Antonio Carlos Wanderley, aposentadoCuritiba, PR
Acordeão
Bons tempos aqueles em que o acordeão era reconhecido como um instrumento capaz de criar e encantar a todos com os mais diferentes ritmos e sons. No Brasil, atingiu o auge na década de 50 e 60, depois foi sumindo aos poucos. Nos Estados Unidos e Europa, principalmente, continua vivo e presente. É muito difícil encontrar um bom professor de acordeão em Curitiba, daqueles que, além de ensinar o instrumento, também ensinam a teoria musical. Em geral, querem logo ensinar um forró ou uma típica do Rio Grande. Nada contra esse tipo de música, mas onde estão as belas valsas, o fox, os boleros, as canções e até mesmo algumas clássicas? No último domingo, publiquei anúncio na Gazeta, procurando um professor e não recebi um único telefonema. Se algum leitor souber onde se encontra essa andorinha rara, o telefone de contato está lá, na secção Instrumentos Musicais do caderno Classificados de 19/2/06.
Artur Abatti, estudanteCuritiba, PR
Rolling Stones
A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro gastou com o show dos Rolling Stones cerca de RS 1.600.000,00. Para uma cidade que não tem saúde para a população, doentes morrem em filas, alguns com muita sorte são atendidos nos corredores. Os hospitais sem poder dar alimentação para pacientes e funcionários, instalações precárias, sem ventilação adequada, com certeza essa verba melhoraria e muito as condições desses hospitais e faria um grande bem à população pobre que neles são "atendidas". Enquanto nós, brasileiros, aceitarmos isso passivamente continuaremos sendo marcado como gado. Afinal, não há interesse em dar educação ao povo exatamente por isso. É o pão e o circo.
Maria Eduarda MendonçaCuritiba, PR
Errata
Ao contrário do publicado ontem na nota da página três intitulada "Aparelho identifica mutação do HIV" a prefeitura de Curitiba não realizará 500 mil exames por ano para verificar alterações do vírus da aids nos pacientes da rede municipal de saúde, mas sim 500 por ano.
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