Enquanto o município de Curitiba patrocina com os nossos impostos as escolas carnavalescas de Curitiba e região metropolitana, que neste carnaval se engalfinharam com socos, pontapés e cadeiradas, destruindo patrimônio público ou privado, os turistas que aqui chegam são impedidos de visitarem os parques públicos, pois hoje pela manhã (última segunda-feira), ao efetuar minha caminhada matinal ao lado do Passeio Público, percebi dezenas de turistas que com seus familiares e com suas máquinas fotográficas tentavam fotografá-lo entre as grades, pois, impedidas de acessarem o belo Passeio Público, lamentavam tal proibição. A prefeitura deveria seguir o exemplo da Administração do Parque Nacional das Cataratas do Iguaçu, que neste ano alterou sua postura prestigiando os turistas que lá chegaram, autorizando o acesso às Cataratas para visitação nesta segunda-feira de carnaval.
Schirley Terezinha Galvan dos Santos, vendedor autônomaCuritiba, PR
Lucro 1
Com respeito ao assunto lucro dos bancos, acho que é uma vergonha esses números. Enquanto a classe produtiva consegue margem de lucro quase insignificante, os banqueiros têm esse privilégio. Hoje você paga por quaisquer serviços em bancos, a menos que tenha algum valor significativo aplicado (forma sutil de iludir o cliente visto que com isso também estão sugando parte de nossos "ganhos" nas aplicações). Entendo que o lucro deveria ser atrelado ao crescimento do poder de compra do povo. E o velho ditado continua na moda: dinheiro gera dinheiro. Pobres de nós, trabalhadores, que somos reféns dessa classe (sem mencionar as extorsivas taxas de juros e impostos jogados em nossos ombros!).
Adenir Buba, eng. eletricistaCuritiba, PR
Lucro 2
Terá sido mera cioncidência o anúncio do vergonhoso crescimento econômico de 2,3% o pior entre os emergentes ter ocorrido na sexta-feira, véspera dos festejos momescos? Acredito que não. É uma prática habitual divulgar reajuste de preços ou pacotes econômicos quando as pessoas estão "distraídas" com festas de fim de ano ou em feriadões. Não tivemos e nem vislumbramos o prometido "espetáculo do crescimento", então o IBGE deixa para anunciar o pífio indicador juntamente com os desfiles das escolas de samba, diluindo o impacto da má notícia nos meios de comunicação. Semana que vem, quando os analistas comentarem o tema, será notícia velha, e as autoridades dirão que 2006 vai ser melhor etc. etc.. Evaldo José MagalhãesCuritiba, PR
Cães e gatos
O controle populacional de cães e gatos, além de ser mais barato aos cofres públicos que acaptura, abrigo e eutanásia de animais errantes (cerca de 40% do valor), é também mais efetivo, sendo inclusive recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Com o controle populacional, o erário economiza também em programas de prevenção e controle de zoonoses; vacina anti-rábica; limpeza pública (fezes) e tratamento médico de acidentados devido aos animais errantes (mordeduras e acidentes de trânsito). A esterilização cirúrgica de cães e gatos é o fundamental componente do binômico controle populacional/educação, que pretende tornar nossa sociedade mais respeitosa para com a vida de seres sencientes. O deputado Affonso Camargo (autor do projeto) demonstra ter visão, respeito e conhecimento.
Marcia GraminhaniBrasília, DF
Festa do PT
Tem me causado admiração a falta de cartas de repúdio à festa em que o PT comemorou 26 anos de sua existência. O que se notou foi um verdadeiro cinismo por parte de todos os participantes, ao querer achar que tudo corre às mil maravilhas em todos os aspectos, tanto éticos quanto pragmáticos. O Presidente Lula abençoou a todos e os perdoou por seus erros cometidos, o que os incentiva a continuar errando. Será que a sociedade brasileira está disposta a perdoar tambám todas as mazelas desse partido? Pelo jeito, de acordo com as últimas pesquisas, isto está ocorrendo. Está na hora de acordarmos e evitar que essa cumplicidade com o cinismo e a indecência não mais prolifere em nosso país.
Suely Maria Miguel, funcionária públicaCuritiba, PR
Filme
"Capote" é uma obra-prima de filme. Aborda sob a ótica de um escritor muito sensível o crime bárbaro de uma família ocorrido nos EUA em 1959. Truman Capote é o escritor e resolve fazer seu livro sobre esse fato real. A irracionalidade da violência e a questão central que provavelmente faz todos espectadores saírem pensativos do filme. Como enfrentar e o que fazer com os monstros humanos produzidos por uma sociedade injusta? Mudar a sociedade ou liquidar os monstros?
Antonio Negrão de SáRio de Janeiro, RJ
Carnaval
Só podia ser o Pelegrini. Não o conheço pessoalmente, mas sou leitor/admirador das suas letras e diria que os melhores carnavais da minha vida passei em bailes de salão em Ivaiporã, perto de Londrina, na década de 50, veja só! Em Curitiba freqüentei alguns bailes, só bailes, nos bons tempos. Depois virei tímido e fui cantar ópera e não curto esse carnaval que rola por aí. Porém numa restauração como essa proposta pelo Pelegrini, até participaria, timidamente.
Ivo LessaCuritiba, PR
Cartão vermelho
Acredito que o trânsito deva servir à circulação de pessoas e bens, não somente a de veículos motorizados. A cidade e o seu desenvolvimento deveriam ser voltados à qualidade de vida das pessoas, não simplesmente ao fluxo de veículos, principalmente por que este, considerando que entram no mercado brasileiro 3 milhões de veículos novos a cada ano, só tende a piorar. Dessa forma, esse tipo de proibição, como ocorre em vias como a Av. Padre Agostinho, a Rua Euclides da Cunha, a Av. Cândido Hartmann e a Av. Bispo Dom José, entre outras, melhora o fluxo, mas piora violentamente a qualidade da vida das pessoas que ali residem ou trabalham. Pois suas visitas, sejam elas pessoais ou profissionais, não têm mais como parar nas proximidades, como não é mais permitido estacionar. E não existe infra-estrutura de estacionamento para compensar a nova proibição. O resultado é evidente: pessoas mais solitárias, demissões, empresas quebrando, desvalorização dos imóveis, empresários em desespero e outras tantas dificuldades que serão sofridas pelos inocentes estabelecidos nessas regiões. Não seria mais coerente melhorar efetivamente o transporte público, criando produtos que atendam melhor a classe média, permitindo que a circulação digna por meio de transporte coletivo, como por exemplo melhorando a infra-estrutura de estacionamento proximos aos terminais de ônibus, criando mais ciclovias, ou fazendo como em Porto Alegre, que, além de um sistema similar ao nosso, possui outro um pouco mais caro, onde ônibus de menor porte atendem os executivos e a classe média, ou mesmo, será que não chegou a hora de decidirmos pelo metrô? Sei que o problema não é simples, mas sei que não é certo penalizar os moradores e empresários, pelo menos não sem a devida indenização, pois esse esvasiamento no valor econômico do direito de propriedade, parece uma desapropriação indireta e velada.
Carlos César Zanchi Curitiba PR
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