Quem quiser utilizar o Uber e andar com carro particular, que assim proceda; quem quiser tomar um táxi , que fique à vontade. A liberdade de escolha é um dos pilares da democracia. Já é um absurdo esse controle que a prefeitura faz da frota de táxi. Qualquer um deveria poder ser taxista, desde que cumpra os requisitos de segurança e pague as taxas de inspeção. A reserva de mercado tem de acabar.
Uber e táxis 2
De fato, o Uber é concorrência desleal com os taxistas, pois os veículos utilizados não passam por qualquer tipo de fiscalização de segurança. Se não há nada de errado no uso do Uber, posso pegar a van que uso para transportar minha numerosa família e dar caronas remuneradas para estudantes de 6 a 10 anos. Então eles chegarão aos seus respectivos colégios sem que eu tenha de passar pela rígida fiscalização do transporte escolar.
Operação Lava Jato
Sobre a matéria “Procuradoria ouve Youssef da Lava Jato sobre irregularidades na campanha de Beto Richa” (Gazeta, 9/7), não adianta tentar fechar os olhos para a realidade. Os únicos interessados em colocar o Paraná no meio de supostas denúncias é quem quer o poder. O povo quer obras e investimentos na saúde e educação. O vale-tudo da política não nos interessa.
Impeachment 1
Concordo plenamente com o editorial “O golpe do ‘golpismo’” (Gazeta, 9/7) . Não há nada mais legitimamente democrático que estar insatisfeito com os comandos da República e poder defender a possibilidade de um impeachment de quem quer que esteja na Presidência.
Impeachment 2
A possível saída de Dilma traria consequências sérias para o bolso da população, como fuga de capitais e descontrole da inflação. Ela precisa diminuir a quantidade de ministérios, colaborar com as investigações e colocar nos cargos-chave funcionários de carreira. Só isso para dar um norte ao seu mandato e trazer saúde financeira para o país.
Receita Estadual
Entendo a posição de Christian Mendez Alcantara (Gazeta, 10/7), assim como a da sociedade em relação à Receita Estadual. Mas a situação é bem mais complexa. Não é a Receita Estadual que supostamente estaria “capturada”, mas, sim, nossa sociedade como um todo. É uma questão cultural querer tirar vantagem em tudo. Quem paga o guarda ou o fiscal não se vê cometendo um crime.
Desemprego
O desemprego chegou a 8,1%, isso sem contar quem não procura emprego. Em apenas um ano 1,3 milhão de brasileiros com carteira assinada perderam seus postos de trabalho. É impressionante a diferença que existe entre o Brasil atual e aquele apresentado em propagandas políticas e eleitorais.
Bombeiros 1
É uma vergonha que o protesto por atraso de diárias tenha rendido um processo interno contra os bombeiros (Gazeta, 10/7). Que o estado do Paraná pague o que deve aos seus servidores. Como os bombeiros vão sobreviver? Se eles não tinham nem dinheiro para se alimentar no Litoral, como poderiam agir em caso de emergências?
Bombeiros 2
Não pagam e ainda processam os bombeiros? Só neste país acontece essa barbaridade. O estado do Paraná é que tem de ser processado pelo que deixa de pagar. Essa notícia deve correr o mundo e os bombeiros devem recorrer ao tribunal internacional dos direitos humanos.
Bombeiros 3
No Brasil está assim. O governo é ineficiente em tudo. Não há um setor que possa dizer que vai bem. Não remuneram quem trabalha e querem que os bombeiros tirem o pão da boca dos filhos para poder trabalhar. E o Ministério Público onde está numa hora dessas?
Cerco da Lapa
Em recente publicação sobre o Cerco da Lapa, reportagem da Gazeta do Povo (30/5) citou um livro com fatos curiosos e interessantes, mas o escritor deu a opinião pessoal sobre os outros livros clássicos – com autores reconhecidos há anos e que não estão mais aqui entre nós para responder. Por isso digo que o livro Cerco da Lapa do Começo ao Fim, de autoria de Francisco Brito de Lacerda, sempre será uma referência importante dessa página da história. A primeira publicação sobre o tema ocorreu em 1974, no Boletim do Instituto Histórico. A obra completa, de 1985, foi escrita após anos de pesquisa e sempre citando de forma minuciosa as referências e bibliografia utilizadas, tudo com a devida isenção e imparcialidade. A história precisa de fatos. Pelo dom de escritor, Lacerda publicou ainda outros livros de sucesso. Por anos ofereceu aos leitores da Gazeta artigos, contos e crônicas de sua autoria – todos com excelente repercussão.
Maioridade penal 1
Muitas pessoas não sabem, mas a punibilidade no Brasil começa aos 12 anos, com medidas que preveem o internamento. E o sistema tem um porcentual de reincidência muito menor que o penal. A redução implicará em aumento da violência, pois tirará adolescentes de 16 e 17 anos de um âmbito que funciona para jogá-los num falido. Para proteger os “Victors” do artigo “Falhamos” (Gazeta, 8/7) precisamos reforçar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e não jogar adolescentes na impunidade do sistema penal falido.
Maioridade penal 2
A questão é simples: quem cometeu crime tem de ser punido. Não importa a idade. Precisamos defender as vítimas e não os criminosos. E não me tentem convencer com essa história de que reduzir a maioridade é criminalizar os pobres. A maioria das pessoas, sejam maiores ou menores de 18 anos, trabalha, se esforça por uma vida melhor e não comete crimes.
Venda de livros
Sobre o artigo “As vacas não voam” (Gazeta, 9/7), só faltou esclarecer que essa pauta só chegou ao Congresso justamente por pressão do Sindicato Nacional de Editores de Livros e da Câmara Brasileira do Livro, que, desde a chegada da Amazon, vem pressionando pela legislação a fim de garantir suas margens de lucro e reduzir o poder de negociação dos varejistas. A ideia deles é que cada editora defina o preço de capa e a cadeia de distribuição não possa interferir nesta definição.
Ensino fundamental
Em relação à matéria “Corte protege crianças de 5 anos” (Gazeta, 9/7) não vejo nada de benéfico na medida, pois dizer que uma criança que faz aniversário no dia 31 de março é mais madura que outra que faz no dia 1º de abril é querer inventar uma inverdade. Tudo isso é apenas política e uma forma de atrapalhar a educação.
Atendimento de animais
Finalmente a prefeitura vai destinar recursos para o atendimento de animais (Gazeta, 9/7). Normalmente o cidadão não tem dinheiro para a esterilização e – muitas vezes sem saída– acaba cometendo o terrível e covarde abandono.
Moradores de rua
É nítido nas ruas de Curitiba o aumento do número de pessoas sem casa. É um absurdo passar no Centro quando o dia amanhece e perceber as pessoas se levantando debaixo das marquises. Curitiba é uma cidade fria, uma das capitais mais geladas do país, e deve ser sofrido passar uma noite ao relento. É desumano permitir um quadro desses. A administração pública deve olhar mais de perto as populações carentes, principalmente nos dias frios. É necessário resgatar essa população do frio.