Assim como a onda para baixar os salários da vereança – que está se agigantando pelo país –, é bom que se vigie o número de vereadores (Gazeta, 24/8). O certo seria a redução. Cinco ou dez parlamentares seriam para lá de suficientes em cada Câmara. Mas a atual tendência é de aumento de cadeiras. Diminuir a verba mensal e aumentar o número de vereadores dá quase no mesmo. A palavra de ordem é economizar.
Vereadores 2
É confortador o movimento que exige o rebaixamento significativo nos salários dos vereadores. Deve ser amplamente divulgado para todo o Brasil. Mas não são só os vereadores que não fazem jus ao que recebem, há políticos de outras esferas na mesma situação. Os salários dos juízes, desembargadores, promotores e afins também são espantosos. Que tal um rebaixamento geral nos salários? Isso contribuiria decisivamente com o ajuste fiscal em andamento.
Crise 1
Sempre que perguntada no que errou, a presidente Dilma disse que foi “em ter demorado para perceber que a situação poderia ser mais grave do que imaginávamos”. Segundo ela, não dava para saber ainda em agosto de 2014, pois não havia indícios de que a crise seria dessa envergadura. Mas quem não imaginava era ela e o então ministro Guido Mantega. Somente os dois desconheciam a condução errada da política econômica que praticavam, que já se mostrava fragilizada muito antes de agosto do ano passado. Se a presidente não dá conta de superar a crise interna, como vai ser com a chegada da crise chinesa?
Crise 2
Não é só a presidente Dilma que não “percebeu” o tamanho da crise que criou (Gazeta, 25/8), o governador Beto Richa também não se deu conta. O pior é achar que ela foi resolvida com o aumento de impostos e da capacidade de endividamento do estado. A história se repete de forma agravada e talvez com novos figurantes.
Ministérios 1
A redução de ministério é uma medida tecnicamente inócua (Gazeta, 25/8). O corte de gastos será mínimo e possivelmente não passará de R$ 1 bilhão. Enquanto isso o déficit nominal do governo federal chega a R$ 500 bilhões nos últimos 12 meses (terminados em julho). O ajuste fiscal invariavelmente terá de ser executado sobre os direitos sociais e o salário dos servidores ativos e inativos.
Ministérios 2
O corte de ministérios é uma boa notícia. Acredito que irá reduzir muito o custo da máquina pública. Temos que lutar para diminuir também o número de deputados e assessores desnecessários ao país.
Trânsito em Curitiba 1
É lamentável presenciar os motoristas curitibanos que não dão a preferência para os pedestres nas travessias elevadas. Muitas vezes ocorre o contrário: é o pedestre que “dá a vez” aos motoristas.
Trânsito em Curitiba 2
Curitiba fez algumas alterações importantes no trânsito, mas a falta de fiscalização produz sérios problemas. Na esquina da Avenida Marechal Deodoro com a Rua João Negrão, por exemplo, a mudança de pista é obrigatória de uma quadra para outra, mas o “esquecimento” é rotineiro e a chance de acidentes, enorme. Há a necessidade de fiscalização ostensiva e também da aplicação de multas – ali e em outros lugares. Há motoristas que estacionam em fila tripla e até em cima das calçadas.
Descriminalização das drogas 1
Na minha opinião, a aprovação da posse de drogas para uso pessoal no STF configura o maior equivoco jurídico já cometido por essa Corte em todos os tempos.
Descriminalização das drogas 2
A proposta para deixar de ser crime o consumo de narcóticos vem sendo debatida no Congresso – já tardiamente. Mas, na minha opinião, a descriminalização é pouco. Caso se tenha realmente o objetivo de uma política racional e razoável para as drogas, será preciso legalizá-las. Devem ser criados pontos de vendas oficiais, regular o mercado e cobrar impostos.
Descriminalização das drogas 3
Considero uma vergonha a posição do ministro Gilmar Mendes a favor da descriminalização das drogas. Isso é um estímulo cada vez maior ao uso; enquanto isso outros países estão combatendo esse mal mundial.
Nota Paraná
Ninguém é obrigado a colocar o CPF na nota, mas os contribuintes que o fazem, como eu, no fim do ano irão resgatar uma porcentagem dos impostos. Eu apoio a iniciativa. No último ano, recebi um valor por compras online nas notas que foram emitidas em São Paulo.
Obituário
Eu leio o obituário. Descobrimos histórias maravilhosas nesses pequenos livros de pessoas que deixaram as suas marcas na família e amigos. Elas nos fazem pensar sobre o que realmente queremos deixar. Alguns obituários nos causam tristeza, outros risadas ou e há ainda casos de admiração. O mais importante é que o resumo daquelas vidas inclua pelo menos alguns momentos especiais – ainda que seja para poucas pessoas.
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