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Pelo visto, a culpa da promessa não cumprida para ajudar a população da Vila Torres não é da PM, e sim do governador (Gazeta, 1/12). Ele é quem tem as chaves do cofre para irrigar com recursos a segurança pública. Não obstante, o que presenciamos neste final de governo é uma corrida eleitoral exacerbada no trampolim da política maculada. Parece que já estamos abandonados à própria sorte pelas autoridades governamentais. A segurança pública no Paraná está um caos, estamos mesmo à míngua de um governo sério e comprometido com a população, principalmente no quesito da segurança pública, quando se anuncia greve geral na Polícia Civil.

João Moret

Tribunal de Contas 1

Não apenas os cargos de ministros, mas os de conselheiros dos Tribunais de Contas deveriam ser extintos. Isso porque suas decisões não fazem coisa julgada, ou seja, é apenas um grande órgão que jamais teve eficácia contra a corrupção brasileira. É um órgão que só profere pareceres após denúncia da mídia.

José Carlos Pereira Marconi da Silva

Tribunal de Contas 2

Tem de ter um órgão que fiscalize com rigor as obras do governo, sem vínculos políticos, pois, como sabemos, a maioria das obras do governo apresenta alguma irregularidade, principalmente o superfaturamento. Se os cargos desaparecerem será mais uma vitória da corrupção.

Joel Mendes Kozak

Escola para cegos

Está corretíssima a decisão de fechar a escola para cegos em Curitiba (Gazeta, 30/11). Essa discussão sobre inclusão já perdura há mais de cinco anos e as professoras ainda insistem em recuar. Se atitudes como esta não forem tomadas, nós professoras nunca iremos de fato procurar nos preparar. É muito mais fácil permanecer com a desculpa de que não estamos preparadas e que as crianças irão sofrer. Penso que essa teoria da inclusão não caiu do céu; com certeza foi o resultado de pesquisas que atestaram seus benefícios para o desenvolvimento dos diferentes.

Mineia Caroline

Desenvolvimento

Sobre a coluna de Friedmann Wendpap (Gazeta, 30/11), gostaria de dizer que empregos públicos podem sim contemplar a inovação tecnológica e a pesquisa científica. Conheço vários casos de funcionários públicos que não só são dispensados do trabalho para fazer mestrado ou doutorado, como também participam ativamente de congressos em suas áreas, não tendo definitivamente suas potencialidades esterilizadas pelo emprego público. Em contrapartida, as empresas privadas sim esterilizam a possibilidade de evolução intelectual de seus funcionários, pois, neste mundo, o marketing pessoal e a capacidade de politicagem costumam ser mais valorizados que o conhecimento acadêmico.

Larissa Cardoso Richert

Caixa de Pandora

Se o presidente Lula negou o mensalão, seu amigo Ahmadinejad ne­­gou o holocausto, por que o governador do Distrito Federal, José Ro­­ber­­to Arruda, não pode negar o recebimento de propina? (Gazeta, 1/12).

Vilson Deckert

Brasil democrático?

Lendo diariamente a Gazeta do Povo, me assusto com várias coisas que estão acontecendo em nosso país e continuamos pacientemente assistindo de camarote. Até quando? Pois estão tentando extinguir o TCU, que é o único que investiga irregularidades atualmente, estão tentando amordaçar a imprensa, com novas "leis de regulamentação", o Brasil se intrometendo em Honduras, o presidente Lula recebendo o presidente do Irã e o apoiando irrestritamente, e agora o presidente dizer que no escândalo do Distrito Federal "as imagens não falam por si", o que é isso? Será que estamos cegos, surdos e mudos?

Patricia Garcia

Meio ambiente

Nesse último domingo, a Gazeta do Povo estampou em manchete um alerta contra o aquecimento global. É um alento ver que a grande imprensa começa a divulgar a ameaça que paira sobre a humanidade, embora muitos ainda permaneçam incrédulos, incluindo líderes políticos, empresariais e do agronegócio. Infelizmente, sou cético e acho que as medidas que possam ainda ser tomadas na próxima conferência de Copenhague já sejam tarde para impedir as grandes catástrofes que ora já se anunciam. O irônico (ou doloroso) é que – basta ler com atenção as leis da Termodinâmica desenvolvidas a partir de 1834 – todo esse processo de aquecimento já estava previsto em suas entrelinhas e poderia (em parte) ter sido evitado, se a ciência fosse levada mais a sério.

Nereu J. Mello de Souza, professor

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