"Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas". (Charles Chaplin). É nas flores e estrelas que ressurgem a fé e esperança de nossas vidas.
João Carlos CapotortoCuritiba, PR
Redação
Desejo cumprimentar o jornalista Luigi Poniwass que fez a cobertura da correção das redações do vestibular da PUCPR. Eu o cumprimento pelo bom texto que retratou com propriedade o que realmente se disse pelo grupo de professores que falaram em nome dos 25 que tiveram a responsabilidade de avaliar as mais de 12.500 redações, na realidade mais de 25 000 textos dos vestibulandos. O bom texto do jornalista veio se unir aos bons textos produzidos pelos futuros universitários. Acredito que a fidelidade aos fatos e o senso construtivo devam fazer parte do bom jornalismo, como o que se realiza na Gazeta do Povo.
Jayme Bueno, professor da PUCPR e coordenador da correção das redaçõesCuritiba, PR
Polícia Militar
É com grande alegria e satisfação que a Polícia Militar agradece às pessoas que se manifestaram contrárias ou favoráveis aos serviços prestados por esta Sesquicentenária Corporação. Agradecer porque são manifestações, como as publicadas nesta coluna, que fazem com que a Polícia Militar do Paraná possa direcionar seus serviços para melhor atender à população de nosso estado. Que o espírito de Natal possa invadir todos os lares e os corações das pessoas, fazendo com que a bondade e a solidariedade sejam o norte para construirmos um mundo melhor e mais seguro. A proteção do povo é o nosso compromisso!
Assessoria de Imprensa Comunicação Social da PMPR
Angústia
Com o poder de compra corroído, ao longo de dez anos pela inflação, o servidor público estadual, do quadro geral, do Poder Executivo, ativo e inativo, leu estarrecido, edição desta Gazeta de 11/12, a nota do chefe da Casa Civil que reconhece tal anomalia, já que o governo acena com a possibilidade de enviar mensagem à Assembléia Legislativa do estado, mas ressalva que não sabe se terá previsão de recursos. Quando os altos escalões do governo reconhecem que o servidor do quadro geral está há mais de dez anos sem qualquer reajuste e sabe-se, conforme amplamente noticiado, que os demais serviços obtiveram reajuste salarial, tem-se a exata dimensão do abandono imposto a esta sofrida e humilhada classe funcional. Para corrigir as injustiças, urge que o governo reenquadre os servidores com fundamento na Lei n.° 12.366, observada a situação funcional precedente, solenemente ignorada pelo governo anterior, restaurando-se a dignidade dos servidores.
Valdir PereiraCuritiba, PR
Penitenciária do Ahú
A reportagem a respeito da penitenciária do Ahú nesta Gazeta do Povo foi muito interessante. Faltou mencionar a rebelião ocorrida em 17/5/31. O meu pai (Estácio dos Santos) era o tenente que comandava o destacamento da Polícia Militar responsável pela segurança na penitenciária. A rebelião iniciou às 6 horas de domingo. No início do tiroteio, um soldado e dois presos foram mortos. Somente meu pai, meu irmão (Jorge Camargo Santos) e mais 4 ou 5 soldados estavam contra-atacando os presos para evitar que eles fugissem. Nossa casa, no terreno da penitenciária, era de madeira e dividida em duas partes: o alojamento dos praças e a moradia da minha família. Os presos fugiram da penitenciária e foram em direção ao alojamento dos praças para se apoderarem da munição e matar o meu pai. Por segurança, meu pai preferiu manter o armamento do lado em que morava nossa família. Não encontrando o armamento, parte dos presos se dirigiu para nossa casa. Foram repelidos pelo meu irmão que disparou vários tiros de fuzil. Para nos proteger, papai ordenou que um soldado escoltasse a família até a casa de um vizinho. Fugiram 12 presos e na rua mataram mais um soldado. Caso os detentos tivessem conseguido concluir o seu feito, eles evacuariam a penitenciária e tocariam fogo nela. A Gazeta do Povo de 18/5/31 publicou reportagem completa da rebelião.
Isaías Camargo Santos, funcionário público aposentadoCuritiba, PR
Dívida quitada
A antecipação do pagamento de 15 bilhões da dívida brasileira foi noticiada sem alardes. Nós, que nunca vimos uma manchete de que o governo pagou alguma coisa antecipadamente, ficamos curiosos para saber se o pagamento foi uma coisa extraordinariamente boa ou existe alguma dúvida quanto ao assunto. Pois quando uma filha e neto matam seus pais, a imprensa divulga com ênfase durante dias o fato e muitos dos comentaristas falam do crime, mas quando se trata de uma ação supostamente louvável ninguém escreva nada. Fica a pergunta: o que realmente aconteceu?
Murilo Lessa Ribeiro, empresárioCuritiba, PR
N.R.: A notícia sobre pagamento da dívida do Brasil junto ao FMI foi manchete de 1.ª página neste jornal, atestando a importância do assunto.
Promoção pessoal
Concordo plenamente que as bengaladas no ex-deputado José Dirceu foram dadas objetivando a promoção pessoal. Acrescento que, aparentemente pelas coincidências de horário e local, o tal senhor escritor-ator foi pago por alguém para dar aquela bengalada.Joebe Ramos Alves Curitiba, PR
Cobrança pelo uso da água
Em relação ao editorial desta Gazeta do Povo (21/12), há que se destacar que ainda existe muita confusão a respeito do conceito da cobrança pelo uso da água. Alguns entendem que está se dando o direito de pagar para poluir (princípio francês do poluidor pagador), ou de que se pretende implantar um sistema de privatização da água, que é um bem público. Em relação ao primeiro tema, destaca-se que a acertada cobrança pelo uso da água, para uso doméstico ou industrial. Na prática, o usuário paga para usar a água no seu processo, seja industrial ou doméstico. Quanto a tese da privatização, com a recente criação da Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei Federal 9.433/97), em seus fundamentos já se tem expresso que "a água é um bem público dotado de valor econômico". Falar em privatização é ir contra a política e a lei. O Código de Águas, editado em 1934, continua em vigor. O grande dilema é o que será feito com os recursos da cobrança pelo uso da água. A própria lei prevê que sejam aplicados em ações e serviços de melhoria da qualidade ambiental das bacias hidrográficas nas quais o dinheiro está sendo arrecadado. Cabe ao governo estabelecer a transparência no processo, e a nós contribuintes fiscalizar esta aplicação.
Paulo Cezar Tosin, geógrafoCuritiba, PR
A boa ação
O homem tem a natureza de se movimentar da causa para o efeito, com o pensamento não fixado e com a razão na ação. Só o apoio, a instrução e a ordem que oferecermos, nos libertará das ameaças, dos perigos, das desconfianças, dos medos, das desesperanças e das desgraças, que o próprio social desenvolveu. Se a realidade é moderna e satisfatória para uns, para outros é frustrante, ou mesmo fracassada. Recusar o outro que precisa de uma oportunidade, é negar o bem que se reverte em dádiva para todos nós. Hoje, a mentalidade do jovem é adulta e a longevidade distanciou o adulto da velhice. Nelson Mandela, ao sair da prisão com toda a sua idade, continuou forte e brilhante como político e pacifista. Na maturidade, Clementina de Jesus gravou o seu primeiro disco e a partir daí fez sucesso. Com o mesmo êxito e na mesma faixa de idade, Cora Coralina lançou o seu primeiro livro. Os craques Pelé e Ronaldo, aos 17 anos, já eram da Seleção Brasileira. Temos inúmeros exemplos dos que começaram uma importante carreira na juventude ou na maturidade. Se aos 60 anos, ou mais, uma pessoa pode ser vereador, deputado, prefeito, governador, ministro, ou comandante de alto então por que para o emprego normal exigimos a idade dos 20 aos 30 anos?
Anacleto Neves, auxiliar administrativoCuritiba, PR
Memória nas urnas
Concordo com o autor da nota "Direito de não votar". O ponto de maior indignação, a meu ver, é a remuneração extra que cada deputado e senador vai receber (com exceção de alguns que afirmam que vão abrir mão do salário) pela convocação extraordinária que termina em 14 de fevereiro. Fiz alguns cálculos: são R$ 25.694,40 para cada um. Esse valor refere-se a mais ou menos 85 meses de trabalho para quem recebe salário mínimo. São seis anos e meio de trabalho, contando com o 13.º salário. Não vamos perder a nossa capacidade de nos indignar com absurdos como esse e vamos ter memória nas urnas. Elisiane Santana Falkowski, professoraCuritiba, PR
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