1. Odebrecht, presidente
A primeira delação da Odebrecht, vazada no último fim de semana (com outras 76 ainda para sair), mostrou que a elite política brasileira está e esteve a serviço da elite econômica e empresarial do país.
Com a palavra, Rogerio Waldrigues Galindo: “Governa-se em nome de outros. As grandes empresas dão seu aval para que alguém [no poder] implante uma ou outra política pública, desde que não passe de certos limites, desde que mantenha as coisas funcionando como sempre funcionaram”.
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2. Ano novo trágico
André Gonçalves, o ex-correspondente da Gazeta em Brasília e hoje editor-executivo do jornal, explica como a gestão Temer chega ao fim de 2016 sem saber se sobreviverá a 2017.
Ele diz que Temer precisa fazer uma reforma ministerial antes do Natal e se livrar de “velhos amigos instalados no Palácio do Planalto”.
Só assim o governo vai manter “a esperança de um Ano Novo melhor”.
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3. Ora, ora
Renan Calheiros, presidente do Senado, foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro dentro da Operação Lava Jato. A denúncia foi feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Renan e o deputado Aníbal Gomes, ambos do PMDB, teriam recebido propina no valor de R$ 800 mil da empreiteira Serveng.
Renan respondeu a denúncia e é curioso ver como alguns políticos falam em situações assim. Renan, por exemplo, não disse: “eu não recebi propina de ninguém”.
Ele disse: “Jamais autorizei ou consenti que o deputado Aníbal Gomes ou qualquer outra pessoa falasse em meu nome em qualquer circunstância”.
A resposta não nega a existência de propina nem a lavagem de dinheiro.
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4. Enrascado
O tempo da política é diferente do tempo da economia, explica o jornalista Guido Orgis. Uma decisão tomada hoje só vai mostrar resultados no longo prazo.
É por isso que as medidas anticrise não vão salvar Temer de suas fraquezas políticas.
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5. Indiretas, já
Se Temer cair, terá de haver uma eleição indireta em que o Congresso Nacional elegerá um novo presidente e um novo vice. Esse dois ficarão nos cargos até as próximas eleições diretas.
Muitos apostam que FHC voltaria nesse contexto (menos o próprio FHC).
No entanto, o problema maior não é “quem” e sim “como”.
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6. La La La
Saíram os indicados ao Globo de Ouro 2017, conhecido por ser uma prévia mais ou menos confiável do Oscar.
“La La Land: Cantando Estações” teve o maior número de indicações: sete. Ele é um musical com Ryan Gosling e Emma Stone que deixou muita gente abismada. Talvez seja o filme do ano (para você? Para mim?).
A estreia no Brasil será, a princípio, no dia 19 de janeiro.
Uma referência legal: “La La Land” é o filme novo de Damien Chazelle, diretor de “Whiplash” (2014).
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7. Nossa língua
O Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, destruído por um incêndio em dezembro do ano passado, vai passar por uma reconstrução de R$ 65 milhões — com R$ 36 milhões pagos pelo Itaú e pelo Grupo Globo, os outros R$ 29 milhões virão do governo estadual — e deve reabrir em 2019.
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Obrigado pela leitura.
Ilustrado por Osvalter Urbinati e editado por Irinêo Baptista Netto.
Até amanhã.
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