Sou nordestina e, como tal, quero expressar minha indignação ao projeto faraônico do governo Lula. Quero também me solidarizar com o bispo que, numa atitude corajosa, demonstrou numa greve de fome o repúdio a tal projeto. O povo nordestino, sempre tão discriminado, mais uma vez está sendo vítima. O Banco Mundial não quis financiar este projeto. E por quê? Simples! Por muito menos, mas, "muito menos" mesmo, pode-se optar por outras alternativas viáveis, eficazes, rápidas, e principalmente mais baratas. E o povo brasileiro não vai precisar pagar um preço tão alto (o mais caro do mundo) pela água que usará. O que se passa na cabeça desses poucos homens "iluminados" que, no poder, dizem lutar pelo bem-estar e qualidade de vida do povo que os elegeram? Por que não fizeram um referendo com os estados envolvidos, com um amplo debate, para saber se querem este absurdo. Quem pagará por esta obra? Mais uma vez, nós, todo o povo brasileiro.
Célia Maria Weiler, pedagogaCuritiba, PR
Guaratuba
Com o maior respeito pela opinião do leitor Carlo Nora, sobre as praias do Paraná, gostaria de fazer um pequeno reparo no que foi publicado no último dia 27. Afirma o prezado leitor desta Gazeta do Povo que "dá pena ver como estão às praias do Paraná". Receio que a afirmação tenha sido feita sem embasamento numa observação mais atenta do que vem ocorrendo, especialmente em Guaratuba. A cidade está mais cuidada, bonita, limpa e melhorando sua infra-estrutura para receber milhares de turistas no final do ano. Novos canteiros nas praças, com muitas flores e plantas ornamentais, ruas sendo recuperadas em seu pavimento, instalação de lixeiras e dezenas de novos bancos na praia central, são algumas das ações desenvolvidas pela prefeitura nos preparativos para o verão. Num projeto de curto prazo, que já está em andamento, a administração municipal vai construir novos quiosques na praia central e promover uma revitalização no calçadão com novo pavimento e paisagismo em toda a orla.
Jamur Jr., secretário Municipal de TurismoGuaratuba, PR
Insegurança
Na noite de quinta-feira, 27/10, acompanhando o jornal PRTV 2.ª Edição, vi o acidente de trânsito que motivou a detenção, indevida, de um motorista de ônibus. Lembrei de um problema vivenciado pela população de São José dos Pinhais: um maníaco sexual atormentava as mulheres na região da Avenida das Torres entre a Avenida das Américas e Barão do Serro Azul. O problema foi levado à Delegacia da Mulher e também à Polícia Militar, através do 190. Os policiais nos pediram desculpas pelo atendimento demorado, mas disseram que estão com apenas três viaturas naquele município. Qual é a segurança que o estado nos oferece?
Ademar Liedke JuniorCuritiba, PR
Barulho no Guaíra
Com relação à queixa de leitora sobre ter o maestro da Orquestra de Salzburgo chamado a atenção de uma senhora que tossia na platéia, tenho duas observações a fazer: o povo austríaco nada tem a ver com o ocorrido, como levantou a aludida leitora, pois o maestro é brasileiro de Porto Alegre. Segundo, manda a etiqueta que pessoas com acessos de tosse se retirem para o saguão, para não prejudicar aqueles que pagaram para assistir a um concerto em paz. A música de Mozart pede silêncio e os músicos, respeito. Todos, platéia e músicos, estavam desconcentrados. Foram 25 a 30 tossidas no espaço de 9 minutos no concerto de Mozart. Não dava para continuar. Talvez o maestro pudesse ter sido mais diplomático, mas compreendo sua reação, dado o nervosismo geral. Quanto ao ar-condicionado, eu estava em mangas de camisa e não senti frio nenhum. Nem percebi que estava ligado se é que estava.
Paulo José da CostaCuritiba, PR
Equívoco
Achei infeliz a justificativa dada por um deputado, que defendia o desarmamento, para explicar a derrota do "sim". Dizer que o "não" ganhou porque sua propaganda foi superior é o mesmo que chamar o povo de idiota. Eu acredito que o povo comparou bem as duas opções e chegou a uma conclusão. O povo pensa.
Dorival Munhoz JuniorCuritiba, PR
Prevaricação
É fato que confissões acerca da existência de caixa 2 em campanhas eleitorais inundam os noticiários. É fato, outrossim, que a utilização de tal vil método se constitui em crime. Não obstante, desconhecem-se notícias de instaurações de inquéritos policiais ou ações penais visando a punir os infratores. Salvo equívoco, a prevaricação é latente.
Humberto R. Costantino, advogadoCuritiba, PR
Personagem curitibana
Sentada no degrau da entrada de um banco, na Rua XV de Novembro entre as ruas Francisco Torres e Mariano Torres, eu sempre via uma mulher vendendo latinhas vazias de refrigerante. Ela não pedia esmolas, mas estava, algumas vezes, acompanhada por alguns mendigos. Aquela cena se repetia todos os dias, até que, de repente, uma surpresa: ali, no mesmo lugar de sempre, ela escrevia em uma máquina Olivetti. Muito curiosa, me aproximei e fiquei sabendo que ela ganhou a máquina de um médico. Ela escreve poesias, que organiza em pequenas resenhas, para vender. Outro dia, passando doutro lado da calçada, observei um jovem estudante olhando aquela mulher com sua máquina de escrever. Ele mostrava um sorriso de escárnio, de absoluto desdém por aquela moradora de rua. Não me contive e, ao nos aproximarmos, fiz com que ele parasse e falei "com todas as letras": "Atravesse a rua e vá ver o que aquela moradora de rua escreve!" Não sei se ela algum dia conseguirá sair das ruas. Mas Curitiba sempre nos apresenta figuras e fatos extraordinários.
Margarita Wasserman, escritoraCuritiba, PR
Transporte coletivo
Com relação à carta da leitora Gilcecler Carneiro, a Urbs esclarece que os veículos do tipo Padron, com motores traseiros ou centrais, estão sendo substituídos por ônibus comuns ou microônibus, que têm motores dianteiros, apenas em algumas linhas que circulam em bairros onde a baixa demanda de passageiros não justifica o uso de veículos de grande capacidade. São casos pontuais, como as linhas Vista Alegre, São Bernardo e Júlio Graff, por exemplo. Isso não acontece nas linhas atendidas por expressos, interbairros e ligeirinhos, onde continuam operando somente carros de grande porte, estes sim, com motores traseiros ou centrais. A Urbs lembra que os veículos de menor porte, com motores dianteiros, que estão substituindo os veículos do tipo Padron são carros novos, com motores eletrônicos computadorizados, cuja fabricação atende às normas ambientais, conhecidas como Euro 3, estabelecidas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente Conama, com controle de níveis de decibéis e menor emissão de poluentes.
Secretaria da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
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