Nesta próxima fase do processo eleitoral, os dois candidatos escolhidos ontem pelos curitibanos vão se obrigar a acentuar os pontos sobre os quais se opõem
Os curitibanos decidiram ontem que os candidatos Ratinho Jr. (PSC) e Gustavo Fruet (PDT) disputarão o segundo turno da eleição para a prefeitura da capital. Nas próximas três semanas que antecedem o novo pleito, a se realizar no domingo, dia 28 de outubro, seremos chamados a tomar a decisão final e definitiva sobre a quem caberá governar a cidade nos próximos quatro anos, a partir de 1.º de janeiro.
A campanha do segundo turno difere bastante da do primeiro, quando os eleitores tinham seis opções de decisão de candidatos e uma profusão de propostas algumas delas carregadas da mais absurda demagogia; um conjunto, enfim, capaz de facilmente confundir as mentes menos afeitas ao uso de lentes críticas. Nesta segunda fase do processo eleitoral, apenas os dois candidatos escolhidos ontem vão se confrontar e mostrar suas diferenças, obrigando-se até por uma questão de marketing a acentuar os pontos sobre os quais se opõem.
Ratinho Jr., por exemplo, terá de abandonar o genérico discurso das "novas ideias", dando concretude técnica e demonstrando a viabilidade orçamentária das propostas com as quais conseguiu conquistar 34% dos votos válidos dos curitibanos. O colorido psicodélico que marcou sua campanha no primeiro turno, dando-lhe caráter de juventude e inovação, necessariamente terá de ser substituído pelas cores da realidade, caso contrário passará a imagem de despreparo para a função e de irresponsabilidade atributos negativos que lhe poderão ser fatais para manter o alto índice de simpatia que conquistou em todas as classes sociais, mas especialmente entre o numeroso estrato do que hoje se denomina de "nova classe média" a multidão dos brasileiros que tiveram a oportunidade de se ver social e economicamente incluídos.
Ratinho Jr. terá como oponente o ex-deputado Gustavo Fruet, que em surpreendente virada das expectativas vigentes até uma semana atrás, derrotou o projeto de reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB). Foi nos dias finais da campanha que Fruet viu parcialmente superada a dificuldade que lhe trouxe a aliança que firmou com o PT e impôs-se como candidato com perfil e personalidade próprios as mesmas qualidades que o fizeram ser sempre um dos mais votados nas eleições de que participou. Opositor do governo estadual e da atual gestão municipal, terá agora de convencer o eleitorado de que pode fazer melhor algo que, no primeiro turno, teve dificuldades de demonstrar.
Certamente não estaremos livres das promessas de que, em troca de seus votos, os curitibanos passarão a conviver pacificamente numa espécie de Jardim do Éden, tais serão a criatividade, a disposição para o trabalho, o plano bem feito e os recursos (infindáveis) que os candidatos apresentarão ao longo dos próximos 20 dias. Entretanto, as diferenças entre eles ficarão mais visíveis, o que tende a proporcionar oportunidade para exercício mais consciente do direito de votar.
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