O nosso litoral está à mercê da sorte. A violência e a insegurança assombram a população e, principalmente, os turistas. O Estado, responsável pela segurança e bem-estar social, se omite, preocupando-se apenas em arrecadar e inchar os cofres do poder público. Chega de pirotecnia. Queremos resultados quanto ao efetivo combate à violência no litoral paranaense. Queremos, nostalgicamente, poder voltar a caminhar pela orla tranqüilamente e preocupar-se somente em sentir a brisa do mar entrar em nossos pulmões e não nos trancafiar em casa, com medo de ser a próxima vítima.
Rafael GomesCuritiba, PR
Erondy Silvério
O Paraná perdeu um de seus melhores quadros da vida pública. Um ser humano que deve servir de exemplo para as novas gerações. Erondy Silvério soube, como poucos políticos, honrar o mandato que o povo lhe outorgou por várias vezes. Esse guarapuavano, bom caráter, teve uma trajetória de vida como poucos brasileiros. Foi criado num orfanato, começou suas atividades como entregador de verduras, utilizando uma bicicleta e mais tarde uma carrocinha, foi dono de bar na Praça Santos Andrade, motorista de ônibus, vereador, deputado e presidente da Assembléia Legislativa. Tive o prazer de conviver com Erondy Silvério na TV Iguaçu e na Rádio Independência, onde ele atuou como comentarista político. Deixa uma lacuna na vida paranaense. Mais que isso, um exemplo edificante de como o homem público pode servir seu povo com honradez e honestidade, para ser lembrado com saudade e merecer manifestações públicas nos meios de comunicação.
Jamur Júnior, jornalistaCuritiba, PR
Racismo
No Brasil, há liberdade de expressão em todos os assuntos, inclusive sobre raças e miscigenação. Deve-se ter cautela em distinguir o que representa expressão de opinião e o que é racismo. É preciso ter senso de proporções e evitar transformar o respeito pelas diferentes raças em uma intolerância contra a liberdade de expressão, o que equivale a instaurar a censura. Deve-se combater o preconceito e a discriminação por meio da educação para a fraternidade, mediante a formação de uma consciência de que todo ser humano merece respeito. É mais eficaz criar-se uma mentalidade sincera de congraçamento cordial de todos os brasileiros a reprimir alguns. Isso pode criar um ambiente de intimidação e não resolve o problema, cuja solução é moral e não legislativa.
Arthur Virmond de Lacerda Neto, advogadoCuritiba, PR
Desarmamento 1
Relendo o artigo do professor Adílson Abreu Dallari sobre o desarmamento (20/9), podemos perceber claramente que as críticas de um certo leitor (edição de 22/9) são de quem, infelizmente, não entendeu nada do que leu. Seria interessante que ele, relendo com atenção, chegasse à conclusão de que felizes os alunos que têm como professor uma pessoa inteligente e esclarecedora como o Dr. Dallari.
Glória Caron BaptistaCuritiba, PR
Desarmamento 2
No próximo dia 23 de outubro, iremos juntos, homens de bem e marginais de toda espécie, votar pelo desarmamento da população. Assaltantes, estupradores, ladrões, saqueadores, tais como lobos ao lado de inocentes cordeiros, ficarão todos felizes. Os cordeiros pensarão que fizeram um bem. Afinal, desarmar é bom. Os bandidos ficarão felizes porque não mais terão medo de invadir as casas. Terão certeza de que a vítima está indefesa. É só invadir, roubar, estuprar e, se quiser, também matar. Os crimes ocasionais, não cometidos por bandidos, ocorrerão por arma branca.
Ari Eickhoff, empresárioCuritiba, PR
Desarmamento 3
O Estado tem a obrigação de nos dar segurança. Não precisamos ter armas. O Estado tem a obrigação de nos dar saúde. Não precisamos ter planos de saúde. O Estado tem a obrigação de nos dar escola. Não precisamos de escolas particulares. O Estado tem a obrigação de nos dar estradas. Não precisamos pagar pedágio. Por que a demagogia de referendo do desarmamento? E qual o objetivo do governo ao facilitar a vida dos marginais?
Flávio Henrique Eickhoff, administrador de empresasCuritiba, PR
Desrespeito
O mau desempenho dos times paranaenses não é a única razão do afastamento do torcedor dos campos de futebol. A cena que vou relatar vai da irresponsabilidade ao desrespeito àqueles que torcem pelos times paranaenses. Domingo, fomos ao Couto Pereira assistir ao Coritiba e Vasco. Nossas crianças entrariam como mascotes e estavam entusiasmadas. Deixamos o carro no estacionamento do clube. Pagamos R$ 10,00 pela permanência. A fina garoa, na metade do primeiro tempo, se transformou em chuva forte. Durante o intervalo, decidimos deixar o campo. Para nosso espanto, o carro estava bloqueado. Falamos com os responsáveis, na esperança de que as chaves dos carros que bloqueavam a saída estivessem com eles. Fomos informados de que não haveria possibilidade de sair antes do término do jogo. Estávamos pagando pelo serviço e éramos reféns de uma medida que, unilateralmente, a administração do clube havia tomado. Em qualquer estacionamento há um número limite de carros que podem adentrar sem restringir as condições de tráfego de qualquer um dos veículos. A explicação? O estacionamento não estava lotado e muitos outros carros ainda poderiam entrar. Temos o direito de ir-e-vir a qualquer tempo e não somos prisioneiros do "apito final". Como é possível a concessão do direito de explorar um estacionamento quando ele não oferece as mínimas condições de segurança e conforto? Com a palavra, a administração do Couto Pereira.
Maria FurquimCuritiba, PR
Acesso à leitura
Lendo a reportagem "A lógica do livreiro", publicada no Caderno G, dia 26 de setembro, gostaria de deixar uma sugestão às livrarias que têm em estoque grande quantidade de livros sem saída. Centenas de pessoas gostariam de ter acesso a livros, independentemente de seu grau de instrução. O que impossibilita tal questão, muitas vezes, é o custo da obra. Minha sugestão é que esses livros sejam vendidos a preços populares, o que ampliaria o acesso à cultura da população e ainda contribuiria para a melhoria da qualidade da escrita de muitos jovens e adultos.
Deisi Noeli Preussler Curitiba, PR
Barulho
A respeito das observações de Ernesto de Oliveira, a Prefeitura solicita ao leitor que informe o endereço completo do imóvel em questão e os horários em que ocorre o barulho que vem causando transtornos aos vizinhos. Os agentes da Secretaria Municipal do Meio Ambiente necessitam destas informações para fazer a verificação e tomar as providências. A Prefeitura lembra que mantém um plantão para receber denúncias de ruídos que estejam perturbando a população. As denúncias devem ser feitas ao telefone 156, da Central de Atendimentos, que aciona o plantão assim que receber o comunicado.
Secretaria da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
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As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.
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