Fiquei intrigado com a notícia "Operação-tartaruga na Câmara de Curitiba. Vinte mensagens paradas. Engavetadas. Significa R$ 20 milhões de créditos adicionais parados". Significa mesmo isso? Ou significa que não são relevantes, ou há um boicote político ou, o pior de tudo, interesses financeiros pessoais para entrar no tradicional e revoltante é dando que se recebe? Se você lembra em quem votou e o seu candidato foi eleito, exija informações. Independentemente disso, acho que a Câmara deve explicações.
Pedro Carlos WeilerCuritiba, PR
Referendo 1
Amanhã dia 23/10/05 você vai usar, mais uma vez, a única "arma" que não mata, é eficiente, poderosíssima e democrática: o voto correto. O governo gastou R$ 178.000.000.000,00 (cento e setenta e oito bilhões de reais) no ano passado, com tratamento das vítimas de armas de fogo. Esse "dinheirão" poderia ter sido usado na saúde, educação, saneamento básico, geração de empregos, moradia, segurança. No mesmo ano, cerca de 54 mil pessoas foram assassinadas com esses instrumentos malignos. A Organização das Nações Unidas pesquisou 175 países e concluiu que o Brasil é "campeão mundial permanente" nessa "modalidade". São quase 20 milhões de armas. Não desperdice essa grandiosa oportunidade altruísta de colaborar na transformação positiva de nosso querido país. Votarei na paz.
Bernardino Vasconcelos, sociólogoRio de Janeiro, RJ
Referendo 2
Eu votaria no "sim" se o governo desarmasse os bandidos e desse uma mostra do seu poder sobre essa vergonhosa situação nas periferias das grandes cidades. Eu votaria no "sim" se o governo desarmasse os sem-terra que, sem respeito algum, invadem terras e domicílios alheios, ora matando, ora roubando, ora praticando outras séries de atitudes de violência. De onde vêm as armas desses invasores, se eles não têm condições de comprar nem alimento, mas têm para comprar armas? Eu votaria "sim" se a postura do governo fosse outra mediante essa vergonha da politicagem nacional, gerando as CPIs. Eu votaria "sim" se tivesse havido um planejamento para se fazer um referendo de outra forma e para coisas mais importantes do que desarmar o cidadão de bem. Se o brasileiro vota para eleger e colocar seu candidato como seu representante, deveria haver eleição (referendo) para tirar aqueles que sujam de lama o nome do país e a nossa tão difícil caminhada pela sobrevivência.
Paulo R. Walbach PrestesCuritiba, PR
Referendo 3
Como se sentirão as pessoas que votarem "não" quando uma criança na família vir a óbito por disparo acidental de uma arma, que elas mesmas votaram para manter em casa? Acho que vai doer bastante. A campanha pelo "não" é basicamente formada com egoísmo, rebeldia sem causa, interesse político e análises superficiais. Quem está potencializando essa idéia são os partidos contra o governo. Pão, circo e argumentos superficiais, como o povo gosta. Matar bandidos, estupradores e ladrões, incluindo políticos corruptos (os maiores) é crime, se não fosse nem haveria referendo. A não ser que os mesmos que defendem da campanha do "não" levantassem argumentos, como os atuais, para salvar as próprias peles. Como já disse o poeta, "nenhuma idéia, vale uma vida...". Devemos refletir sobre qual decisão salvará mais vidas. É o mais justo, não acham? Não estaremos mexendo em direito útil nenhum. Neste referendo estaremos pondo em xeque o caráter de cada um. Alguém acredita nessa história de que no ano de 2004 foram vendidas apenas 1.200 armas legais em todo o país? Sendo que só lojas são 900! Vamos tentar acreditar que as autoridades fiscalizarão esse mercado. Consciência, senhores. Consciência...
Márcio Borges, empresário e jornalistaCuritiba, PR
Referendo 4
Na Gazeta de 19 do corrente, no Caderno Brasil, a "manchete" era: "Fiscalização precária facilita tráfico de armas na fronteira". E o governo quer proibir o comércio legal de armas no país. Imaginem se passar o "sim" no referendo de amanhã. O marginal continuará muito bem armado, como sempre esteve. O cidadão de bem passará à ilegalidade, adquirindo, para sua defesa, armas do tráfico, que prosperou muito nesses últimos meses.
Dario Knopfholz, engenheiro civilCuritiba, PR
Desarmamento
Os maiores financiadores de campanhas eleitorais nos Estados Unidos são os fabricantes de armas. Seria muita ingenuidade se não percebêssemos que o desarmamento é uma armação para acabar com a indústria nacional de armas, que produz empregos e impostos para favorecer o mercado paralelo de armas. Dizem que tem até ONGs internacionais envolvidas no financiamento dessa campanha. Que exemplo de preservação da vida estamos dando para o mundo! Atualmente a venda de armas é feita mediante exigências que comprovem a idoneidade e a aptidão do adquirente. No mercado paralelo bastará o dinheiro, não importando idade, sanidade mental e antecedentes. A autodefesa é uma questão inata no ser humano. Inexistindo exigências a serem cumpridas para a compra, é obvio que a tendência é aumentar a venda de armas ilegais.
Alfredo F. Frizzo, professorLapa, PR
Comunitário
O nosso Conselho de Segurança da Vila Hauer reuniu-se, na semana passada, para tratar de diversos assuntos que nos afetam. Entre outros, a segurança é um deles. Nos reunimos porque queremos pedir que o nosso delegado e os nossos policiais continuem lutando para não deixar aquele pobre pular a nossa cerca e vir roubar a roupa do nosso varal. Que impeçam que aquele pobre coitado bata a nossa carteira, que está recheada... de contas a pagar, ou a bolsa da nossa mulher que dentro só tem remédio. Nos reunimos porque soubemos que, nesses últimos dias, os assaltantes entraram em várias lojas, roubaram quatro sacos de cimento de um morador, entraram no estacionamento e levaram uma tevê velha, preto e branco, roubaram os fios de luz de um poste e outras gatunagens. Em todos estes roubos, calculo, houve um prejuízo de uns cinco mil reais. Cinco mil reais... Dá para comprar um carro do século passado. Por estes tão graves crimes, entre outros, estão mofando lá no Sétimo Distrito mais de cem pobres coitados. Sei, de fonte segura, que estão com sarna, aids e lepra, entre outras misérias. Os agentes policiais já seriam vítimas da sarna também. Por cinco mil reais... E os sarnentos presos e policiais continuam lá no Sétimo Distrito, se coçando, se coçando, se coçando...
Bento da Costa, presidente do Conselho de Segurança do HauerCuritiba, PRErrata
Na reportagem sobre violência contra idosos, publicada na edição de quinta-feira, 20 de outubro, onde está escrito 650 milhões de pessoas chegam à terceira idade todos os anos o correto é 650 mil.
Retorno proibido
Em relação à carta do leitor Dario Vaz da Cruz, a Urbs informa que os retornos mencionados estão devidamente sinalizados e que o problema apontado é uma questão de desrespeito de muitos motoristas às leis e à sinalização de trânsito. Esse tipo de atitude, que ocorre em toda a cidade, torna incessante o trabalho dos agentes da Diretran. A Urbs esclarece, ainda, que a implantação dos radares é feita em vias nas quais é constatada média alta de velocidade, ameaçando a segurança. Outro critério que indica a necessidade do radar é o índice de acidentes. Portanto, os pontos de retorno proibido, mencionados pelo leitor, não atendem os critérios exigidos para a instalação de radares.
Secretaria da Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
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