Bom dia!
Michel Temer tornou-se o primeiro presidente do Brasil denunciado durante o mandato sob acusação de cometer um crime. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Temer e seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures de corrupção passiva. Igualmente envolta em suspeitas e evidências de corrupção, a Câmara dos Deputados irá determinar se o presidente será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
É necessário que 342 dos 503 deputados autorize o andamento do processo no STF. Se este número não for atingido, o caso fica congelado até Temer deixar o mandato.
Na denúncia, o procurador-geral da República pede que Temer seja condenado a pagar R$ 10 milhões em indenização por danos morais coletivos; a multa pedida a Rocha Loures é de R$ 2 milhões.
Aqui, a denúncia completa:
A estratégia de defesa de Temer já está traçada. O presidente dirá que não é possível afirmar que era ele o destinatário da mala de R$ 500 mil.
Isso, claro, com base nessa denúncia. Janot prepara mais duas. Até sexta-feira, entregará a acusação por obstrução de Justiça, encorpada pela perícia do áudio da conversa com presidente com Joesley Batista. Relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo corrobora com a tese.
A terceira deverá tratar da assinatura do Decreto dos Portos, supostamente construído em benefício da empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos. Janot pediu abertura de inquérito a Fachin.
A estratégia do fatiamento é nítida: expor o Câmara a ter de negar três vezes o andamento de ações contra o presidente. Os parlamentares assumirão esse ônus? Se sim, a que custo?
Não se ajuda
Durou apenas um fim de semana a ideia do governo de usar o FGTS para bancar o seguro-desemprego. A proposta foi divulgada na sexta, massacrada no fim de semana e enterrada ontem.
Foi o suficiente para o governo atualizar as definições de tiro no pé, conforme apontamos no editorial de hoje da Gazeta do Povo.
A situação das contas do governo federal é dramática, mas não se coloca a casa em ordem com medidas de constitucionalidade duvidosa e que impõem mais um ônus ao trabalhador da iniciativa privada.
Bye, bye, Brasil!
Diante da crise, por que tantos brasileiros arrumaram as malas e foram para Miami? Ricardo Amorim está por lá e nos trás a resposta: infraestrutura, preços baixos e vida cultural agitado. Play nele!
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Jair 2018
Nova rodada da pesquisa do DataFolha apontou Lula à frente nas intenções de voto para 2018. E Jair Bolsonaro consolidando sua ascensão. Ele dobrou as intenções de votos em seis meses.
Flávia Pierry traz sete pontos para decifrar Bolsonaro. E se você considera a candidatura do deputado federal mero folclore, melhor prestar atenção no que tem a dizer o analista de investimentos Ricardo Schweitzer:
Parte significativa do mercado financeiro não leva Bolsonaro 2018 a sério. É o típico assunto que, se levantado em mesa de bar, pode provocar pouco mais do que risadas e um ou outro comentário engraçadinho. Ninguém se propõe a pensar seriamente na possibilidade. Esta postura é um erro perigoso.
Rodrigo Constantino diz o que interpretar da nova pesquisa. A liderança de Lula, Marina Silva e Bolsonaro indica claramente as prioridades do brasileiro ao apontar seu presidente favorito.
É fundamental abandonar essa mentalidade “economicista” de que o povo só quer saber de emprego, só vota com o bolso. Não! O povo quer saber de ética, de valores morais, ou então de “justiça social” e “igualdade” do lado de lá.
Agora é Lula
Sergio Moro limpou a lista de tarefas da Lava Jato. Ontem pela manhã, condenou Antonio Palocci por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. À tarde, reduziu a pena de Renato Duque de 60 anos para cinco, resultado da confissão de culpa do ex-diretor da Petrobras.
Agora, Moro tem a agenda livre para dar a sentença do ex-presidente Lula pelo caso do tríplex do Guarujá.
Ópera de sangue
O ajuste fiscal proposto pelo prefeito Rafael Greca foi aprovado em primeira votação pela Câmara de Vereadores de Curitiba. Todas as emendas propostas pela base aliada foram aprovadas.
O resultado final esperado pelo prefeito, contudo, foi construído às custas de mais um confronto entre servidores e policiais militares. Sindicalistas avançaram sobre as barreiras montadas por policiais para evitar a invasão da Ópera de Arame, plenário improvisado. A PM reagiu e o que se viu foi uma nova versão do 29 de abril, dessa vez com violência similar dos dois lados. Houve feridos, um manifestante chegou a ser preso com spray de pimenta e um policial teve ossos do rosto quebrados.
Aqui estão imagens registradas pelos fotógrafos Aniele Nascimento e Jonathan Campos de toda a confusão. No tempo real, é possível revisitar a espiral de tensão e violência que marcou a sessão. Para Francisco Escorsim, o confronto de ontem deixou claro apenas que os sindicalistas estão preocupados em garantir o seu, não com o futuro de Curitiba.
Hoje, o projeto será votado em segundo turno, novamente na Ópera de Arame. Os servidores prometem novos protestos, dessa vez no Centro da cidade. Estaremos atentos a tudo.
Pente-fino
O Tribunal de Contas do Paraná fará uma auditoria nas contas das universidades estaduais. O objetivo é averiguar o avanço dos gastos com pessoal. Há indícios de irregularidades em concessão de gratificações indevidas, provimento de cargos comissionados e falta de publicação de atos nos portais de transparência.
Tecnologia
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Briga de gigantes Até setembro, o Facebook pretende entrar para valer na disputa com o Netflix pelo mercado de streaming.
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A Libertadores será no Couto?
Sim O Atlético-PR informou ao Santos que a partida do dia 5 de julho, entre os dois times, pela Libertadores, será no Couto Pereira.
Não O Coritiba respondeu dizendo que nem ele jogará no seu estádio. A partida contra o Vasco, dia 2, pelo Brasileirão, foi transferida para a Vila Capanema por causa da troca do gramado do Couto Pereira.
É, não mesmo Diante disso, o Atlético-PR passou a correr para deixar a Vila Capanema em condições de receber o jogo da Libertadores.
Alimento pra cabeça
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Este resumo é publicado de segunda a sexta-feira, sempre às 6 horas, e atualizado ao longo da manhã. Também é enviado por notificação para quem tem o aplicativo da Gazeta do Povo no celular (Android ou iOS).
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