Honra seja feita. Os defensores da proibição do comércio de armas de fogo, objeto de próxima consulta popular, tentam se mostrar tão convincentes que, aos menos avisados lhes parece que o país, após essa movimentação dispendiosa e desnecessária, haveria de se transformar em imenso saloon onde a diversão maior seria a provocação mútua para aquilatar quem é mais rápido no sacar e atirar. Sem contar o exibicionismo dos botinões, esporas e coldres reluzentes. Não se trata disso. Somos apenas uma população ordeira em busca de paz. Aqueles que, legal e responsavelmente, possuem uma arma, a detonam em momentos extremos. Contam-se aos milhares os tiros de alerta que, assustando meliantes, têm salvado a vida de tantos cidadãos. Essa constatação, no entanto, deixa de figurar nas estatísticas dos paladinos do desarme. Outro detalhe sui generis: observem os defensores do desarmamento que ora infestam as telinhas, azucrinando nossa paciência e atrapalhando nosso lazer. a maioria deles não vai até a esquina, sem um bando de seguranças. Assim, até eu! Em suma: enquanto dinheiro aos montões será desperdiçado num referendo inútil e descabido, enquanto os seguidores do desarmamento se empenham, a bem dizer, num douramento de pílula, os bandidos estão, como noticiado na imprensa, dourando seus poderosos trabucos de clandestinidade, à espera desse referendo, e torcendo para que a população se torne desguarnecida. Se tal acontecer, será uma pena, uma grande pena!
Benedicto BuenoLapa, PR
"Desarmar o cidadão?"
Os ladrões, os assaltantes, a bandidagem, com certeza serão beneficiados com o desarmamento, farão grandes festas em comemoração com a certeza da impotência em que estarão suas vítimas nós, cidadãos de bem. Não se deve proibir o armamento do povo. Digo mais, o próprio poder público deveria disponibilizar condições para que os cidadãos de bem possam comprar sua arma, isto desde que se cumpram os requisitos legais para sua legítima defesa, que é através de comprovação de antecedentes criminais, trabalho fixo, exame de sanidade mental e certificado da escola de tiro, não com isso que eu esteja estimulando que o cidadão saia com o revólver na cinta, mas que possa ter em casa uma arma para se defender. É um grande engodo dizer que tirar as armas vai reduzir a violência, esta proibição será uma agressão aos direitos constitucionais do povo.
Climerio Santos Gabriel, vereadorClevelândia, PR
Referendo
As pessoas ainda estão com muita dúvida ao decidirem a aprovação do desarmamento. Seja qual for o resultado do referendo das armas, os problemas não serão resolvidos instantaneamente. A proibição deve ser concretizada, porque as pessoas estão cada vez mais estressadas umas com as outras. Ninguém tem paciência para mais nada, a espera na fila, trânsito congestionado; enfim, qualquer acontecimento é motivo para o apelo à violência. Daí o crescimento de homicídios entre pessoas comuns, como recentemente o vizinho atirou contra o estudante que ouvia o som alto em seu apartamento e outros casos revoltantes. Sem contar com balas perdidas que fazem o número de vítimas crescer desenfreadamente. Só o fato de o cidadão ter uma arma já é um impulso para a reação contra algo que o possa incomodar.
Alessandra Sanches Lacerda, estudanteGuarapuava, PR
Manutenção
Com referência à carta do leitor Luiz Carlos Piccoli, publicada na edição de 29/9/2005, a Prefeitura informa, em resposta enviada no dia 30/9/05, que as chuvas registradas nas últimas semanas provocaram atraso na programação de manutenção da malha. As operações já foram retomadas e as equipes da Administração Regional do Portão já agendaram a recuperação das vias do Parolin, incluindo a Rua Eugênio Parolin. Quanto à questão da iluminação mencionada na carta, é preciso esclarecer que o leitor solicitou troca de lâmpada na Rua Eugênio Parolin, número 660, no dia 19/8 e foi atendido no dia 1.º/9 e novamente, para o mesmo local, nos dias 29/8 e 31/8, sendo atendido no dia 5/9. Nesse e em outros locais a causa de iluminação insuficiente são os atos de vandalismo, que obrigam a execuções repetidas dos serviços. Por causa desse problema, a Secretaria Municipal de Obras pretende substituir todas as lâmpadas próximas daquele local por luminárias de policarbonato, para proteger as lâmpadas e dificultar atos de destruição. A Prefeitura esclarece ainda que o Parolin está entre as áreas de atendimento prioritário. A equipe da Administração Regional do Portão participa das reuniões periódicas da associação de moradores, para tomar conhecimento das demandas, estabelecer prioridades juntamente com a comunidade, e acompanhar a execução dos programas e serviços efetuados pela administração municipal.
Secretaria Municipal de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba
Policiamento
Com relação à publicação da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura de Curitiba, em resposta ao meu pedido de policiamento para a Praça 29 de Março, só tenho a agradecer o compromisso desta Secretaria em conjunto com a Polícia Militar, quanto à promessa de maior freqüência nos serviços de rondas. Achei também providencial a reportagem que a Gazeta do Povo, preocupada com os muitos assaltos aos moradores, comerciantes e usuários, publicou no dia 24 de setembro sobre a violência dos mendigos que se reúnem no local, apoiando sobremaneira esse pedido. Gostaria de salientar que, como temos aqui quase um pequeno parque, com quadras poliesportivas, pista para caminhadas e fonte com murais do mesmo artista que decorou a fachada do nosso Teatro Guaíra, insisto que precisamos também de um policiamento em tempo integral porque os moradores de rua permanecem no lugar, debandando apenas por alguns momentos quando do aparecimento da polícia.
Sarah Maresa Guernieri, artista plásticaCuritiba, PR
A história do "C"
CPMF que não chegou à saúde pública; consultas pelo SUS morre gente na fila; carga tributária entre as mais altas do mundo; comida que não chega à mesa de muitos brasileiros; conservação das estradas com o IPVA, sem pedágio e sem o imposto verde; concursos públicos inscrições com taxas elevadas e sem efetivação dos aprovados; carteira de trabalho sem preencher; Constituição uma para os ricos e outra para os pobres; cuecão onde se esconde dinheiro; casas populares milhares seriam construídas se não fossem tantos roubos; caráter que muitos políticos não têm; cassação dos deputados mas depois eles voltam; corrupção sem punição; CPI (comissão para impunidade?) quantos foram presos? Quem devolveu o dinheiro? Enquanto isso, o povo...
Marcos MathiasCuritiba, PR
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