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Coluna do leitor

Um Natal moleque

"Que delícia de água. Se a mãe soubesse como é gostoso a gente mergulhar lá de cima, sentir esta água fresquinha, ainda mais com este calor..." "Menino! Está na hora da escola." Espadanando água, o menino pensa: "Só imagino a mãe, pelada, dando uns mergulhos neste rio e a minha avó chamando ‘Tá na hora da escola!’, ela ia me compreender..." Muitas vezes ele, com alguns amiguinhos, mergulhou naquele rio, sem a menor preocupação. Estudar pra quê? A vida era só brincar. Homem feito, sem profissão e surdo, devido aos mergulhos. Muito consciente da própria condição, procurou aprender um ofício e passou a trabalhar como ajudante de pedreiro. Só que ainda precisava encarar as pessoas para entender o que falavam. Seguindo os conselhos do médico, fazia as aplicações com o antiinflamatório e rezava. De vez em quando sentia uma tristeza. Uma noite ele sonhou que escutava um bem-te-vi. Lembrava o tempo de menino quando ouvia os passarinhos lá longe... e o bem-te-vi chamava e chamava... de repente acordou. Não era sonho, era um passarinho num galho de árvore defronte à janela do seu quarto! Levantou rapidamente. Ele escutou a porta da cozinha abrir, correu ao encontro da mãe que chegava com as compras para a ceia do Natal. Abraçou-a num desespero de alegria. "Mãe, não brigue comigo, estou curado, estou escutando... Obrigado meu Deus!".

Margarita Wasserman, escritoraCuritiba, PR

Alegria no trânsito

Sugiro que iniciemos campanha junto aos motoristas e aos órgãos públicos para valorizar a presença dos artistas malabares que, no sinal vermelho, animam e alegram o nosso trânsito. O rigor das multas, as regras de trânsito, os riscos de acidentes e as tensões naturais que o dia-a-dia exigem de nós cidadãos, chefes de famílias, são amainadas por esses jovens artistas que se exibem, sem nada exigir, contentando-se com uma doação de trocados. Eles fazem da nossa Curitiba uma cidade alegre e de encanto, pelo menos no trânsito, o ano inteiro. A Secretaria do Esporte e Lazer e o Detran poderiam patrocinar as fantasias e a alimentação, pelo menos. Humanizar o trânsito pode começar por aí.

Maurício de Souza, consultor de empresasCuritiba, PR

Laudêmio

Agradeço ao colega Luz Mitsuaki Sato a lembrança de meu nome ao citar como uma das mais importantes obras políticas do ex-prefeito Rafael Greca a sanção do meu projeto que extinguiu o laudêmio em nossa cidade. Realmente era uma cobrança esdrúxula, de origem imperial, que onerava os imóveis situados na área central e em mais de vinte bairros periféricos ao centro em 2,5% cada vez que eram vendidos. Esta área, chamada foreira, acabava tendo uma bitributação. Além do laudêmio era pago também o ITBI aos cofres municipais. Concordo com o leitor que devo muito ao sucesso nesta luta ao apoio da Gazeta do Povo que durante dois anos, em 1993 e 1994, periodicamente publicava matérias mostrando a injustiça a que eram submetidos grande parte da população de Curitiba. Neste momento em que os governantes estão finalmente enxergando que a população não agüenta mais a alta carga tributária a que todos nós somos submetidos é gratificante verificar que uma ação desenvolvida quando era vereador, onze anos atrás, ainda é lembrada por leitores da Gazeta do Povo.

Antonio Borges dos Reis, engenheiro civilCuritiba, PR

Alcoolismo e tabagismo

A Gazeta do Povo publicou, em destaque, que existem 19 milhões de pessoas com problemas alcoólicos no Brasil. Por certo, são doentes que pela sua dependência grave necessitam beber diariamente. Se somarmos aos bebedores de fim de semana, este número dobrará. Li também em uma revista de circulação nacional que de cada dois fumantes no mundo um morrerá de câncer no ano de 2006. Nos meus muitos anos de vida, vi amigos e conhecidos morrerem de cirrose hepática e outras doenças causadas pelo álcool. Como também outros tantos de câncer de pulmão, garganta, esôfago, etc., causados pelo cigarro. Mais vi também muitos se salvarem por procurarem um tratamento médico em tempo. Mediante o exposto, através deste jornal, que considero um dos melhores do Brasil, faço um apelo para alcoolistas e fumantes: procurem um médico ou um grupo que atende dependentes antes que seja tarde.

J. S. de Andrade, representante comercialCuritiba, PR

Corrupção

A pesquisa "Listening Post" da Ogilvy Brasil, realizada em São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Recife, Salvador, Curitiba e Porto Alegre, entre 31 de agosto e 6 de setembro, não surpreende aos minimamente informados. Seus resultados basilares, são: a corrupção é apontada como o principal problema brasileiro, na atualidade, para 38% dos entrevistados. Para 17% dos entrevistados, o maior problema do Brasil de hoje é o desemprego. A violência é a maior preocupação de 15% dos entrevistados. Considerando que até 1993 o ranking era liderado por problemas de ordem econômica, temos aí que transformaram o país no reino da corrupção, desemprego e violência. Pelo menos para 70% dos pesquisados. Alguém discorda? E o nepotismo?

José Nelson Dutra Fonseca, bancário aposentadoCuritiba, PR

Teatro da Caixa

Externo meus parabéns à iniciativa da CEF que tem trazido grandes nomes da cultura brasileira a preços bastante acessíveis.

Tânia Mami Hamaia, comerciante Curitiba, PR

Fundos de pensão

Com relação aos megaprejuízos dos fundos de pensão, um economista em poucas palavras disse tudo: ‘’Fundo de estatal não é roubado, eles pedem para ser roubados. Enquanto houver político venal e administrador idem, vai existir prejuízo. Alguém já ouviu falar que algum fundo privado deu este tipo de prejuízo?’’ É, faz sentido.

Ricardo Gonçález, empresárioBlumenau, SC

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As correspondências devem ser encaminhadas com identificação, endereço e profissão do remetente para a Coluna do Leitor – Gazeta do Povo, Praça Carlos Gomes, 4, CEP 80010-140 – Curitiba, PR. Fax (041) 3321-5472.

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