| Foto: Arquivo Tribuna do Paraná
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O Paraná está, na manhã desta segunda-feira (17), sem nenhum decreto restritivo quanto à Covid-19 em vigor. A última ação do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) neste sentido ocorreu na última sexta-feira (14), quando as medidas – que venceriam no sábado – foram prorrogadas até às 5h desta segunda-feira. Um novo decreto deve ser anunciado nas próximas horas, e a tendência é que seja mais restritivo que os anteriores. Por isso, entidades representativas do comércio do estado já se manifestam contra um possível novo lockdown.

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A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) encaminhou um ofício ao secretário estadual de Saúde, Beto Preto, no qual defende a imunização dos paranaenses como prioridade do governo. A entidade afirma também que “os empresários não podem pagar pela irresponsabilidade de parte da população que insiste em ignorar as medidas de prevenção”. Por fim, a federação sugere que seja adotado o escalonamento do horário de funcionamento do comércio como forma de evitar medidas mais drásticas, como o lockdown.

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Tal ideia já havia sido proposta pela Associação Comercial do Paraná (ACP) à Câmara de Vereadores de Curitiba, em abril. Chamada pela associação de rodízio do comércio, a ideia era garantir a abertura de todos os setores mesmo sob medidas mais restritivas. A proposta foi aceita pelos vereadores, mas ainda não passou por apreciação do executivo municipal. O presidente da entidade, Camilo Turmina, encaminhou duas cartas, uma ao prefeito de Curitiba, Rafael Greca, e outra ao governador do Paraná, Ratinho Junior, pedindo aos chefes do executivo que avaliem a adoção da medida.

Os shoppings de Curitiba também defendem o não fechamento do comércio na capital paranaense. A campanha, feita nas redes sociais, é assinada pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce-PR) e por grandes shoppings da capital: Mueller, Pátio Batel, Estação, Curitiba, Cidade, Palladium, Park Shopping Barigui, Jockey Plaza, Crystal, Jardim das Américas, Ventura, Água Verde, Alto do XV Mall. A ideia, segundo os idealizadores, é sensibilizar as autoridades para as dificuldades dos empresários com a abertura e fechamento do comércio durante a pandemia.

Medidas devem ser regionais e pontuais, segundo Ratinho Jr.

O governador do Paraná, Ratinho Junior, deve anunciar um novo decreto com mais medidas de enfrentamento à pandemia do coronavírus nesta segunda-feira. O governo estadual pretende avaliar a situação de cada região para definir o regramento do novo decreto. Apesar de terem sido tomadas medidas com mais flexibilização das últimas vezes, os números da pandemia sugerem um decreto estadual mais restritivo.

Na última sexta-feira (14), o Paraná alcançou a marca de 1 milhão de pessoas infectadas desde o início da pandemia, em março de 2020. O Boletim da Sesa registrava 1.006.266 casos confirmados de pessoas infectadas, e mostrava também que 24.187 pessoas já haviam perdido a vida em decorrência da Covid-19.

Em entrevista à imprensa, neste mesmo dia, Beto Preto não deu detalhes sobre quais mudanças exatamente devem ser feitas no novo decreto, mas admitiu que há possibilidade de ampliar as restrições. “Estamos enfrentando um acréscimo de casos nos últimos dias. Vínhamos em uma queda sustentada e agora voltamos a ter um aumento de casos. Vamos continuar acompanhando. Mas talvez tenhamos situações novas no novo decreto. Talvez voltemos um estágio atrás, mantendo o final de semana um pouco mais restrito do que está agora”, sinalizou ele.

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Ratinho Junior também falou sobre o novo decreto em entrevista à RPC. Segundo ele, a ideia é analisar os números por região e adotar medidas "pontuais", sem afetar todo o estado. "A gente quer voltar à normalidade o mais rápido possível. Todo mundo já está exausto desta pandemia. Mas, enquanto todo mundo não for vacinado, não adianta tapar o sol com a peneira", disse o governador, também na sexta-feira.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]