A adoção de medidas mais restritivas em Curitiba, confirmada na última sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), virou um cabo de guerra entre prefeitura e empresários. Insatisfeitos com o fechamento parcial das atividades, com atendimento limitado a delivery ou drive-thru, setores do comércio vêm ameaçando desobedecer as regras e apontam que o principal vilão da proliferação do coronavírus na capital é o sistema de transporte coletivo. A postura agressiva adotada nas redes sociais levou inclusive a Urbs à Justiça para garantir que os ônibus transitem normalmente nesta segunda-feira e enquanto durar a bandeira vermelha. Os comerciantes, por sua vez, liderados pela Associação Comercial do Paraná (ACP), vão usar a data (esta segunda, dia 31) para organizar uma carreata na próxima terça-feira (1º) contra o que chamam de "decisão arbitrária" da prefeitura. A informação foi divulgada neste domingo pela entidade.
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Segundo a nota da ACP, ela "questiona a efetividade de um lockdown em Curitiba quando se sabe que quase dois terços dos pacientes internados com Covid na capital são oriundos de outras cidades". O texto também deixa claro a insatisfação com a segurança no sistema de transporte. "Em correspondência ao Ministério Público, [a ACP] solicita providências contra a lotação dos ônibus ou que se determine a imediata suspensão do transporte coletivo na cidade."
Veja o que diz a nota da ACP
Entidades dos setores e varejo e serviços terão reunião virtual nesta segunda-feira (31), sob coordenação da ACP (Associação Comercial do Paraná), para um posicionamento conjunto contra a decisão que chamam de “arbitrária” da prefeitura de Curitiba que impôs novo lockdown na cidade.
As entidades definirão os detalhes para realização de uma carreata que pretende reunir milhares de donos de negócios na terça-feira (1º) para marcar o protesto contra a medida e contra a falta de diálogo por parte das autoridades municipais.
A ACP tem recebido manifestações de associados que se dizem dispostos a desafiar a imposição da prefeitura e manter as portas abertas, o que deixa claro o cansaço e o desespero diante dos prejuízos irrecuperáveis com mais este fechamento. Os pequenos são os que mais sofrem. Negócios, trabalho e investimento de uma vida inteira estão indo à falência.
A entidade questiona a efetividade de um lockdown em Curitiba quando se sabe que quase dois terços dos pacientes internados com covid na capital são oriundos de outras cidades. E em correspondência ao Ministério Público, solicita providências contra a lotação dos ônibus ou que se determine a imediata suspensão do transporte coletivo na cidade.
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