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Advogado e estagiário presos com R$ 2 mil em notas falsas
| Foto: Agência Brasil

Matéria atualizada em 18/02/2020. Após processo judicial, tanto o advogado Eliseu Antonio Kloster como o estagiário Márcio Augusto Camargo foram absolvidos da acusação de violarem o Artigo 289 do Código Penal, ou seja, de fabricar ou introduzir em circulação moeda falsa. A ação penal concluiu que o estagiário Márcio Augusto Benck Camargo "sequer tocou em qualquer cédula e viajava na mera condição de carona na caminhonete de seu então chefe". Quanto à acusação contra Eliseu Antonio Kloster, a conclusão foi de que não houve provas de que ele tivesse “real ciência da falsidade das notas”. O Ministério Público Federal recorreu da absolvição que, contudo, foi confirmada em 25/11/2019 em acórdão da 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.


Duas pessoas foram presas em flagrante, por volta das 17h de terça-feira (4), com R$ 2 mil em notas falsas em Guarapuava, na região central do Paraná. O advogado Eliseu Antonio Kloster e o estagiário Márcio Augusto Camargo foram detidos em um posto de combustíveis quando tentavam pagar uma conta com duas notas de 50 reais falsificadas. O atendente do estabelecimento desconfiou e chamou a polícia. Com os dois, foram encontradas 40 cédulas frias de R$ 50,00. "As notas apresentam boa qualidade. A falsificação ficou visível por todas as cédulas apresentavam a mesma numeração de série", disse o delegado Roberto Milaneze, da Polícia Federal. O advogado é assessor jurídico da Câmara de Vereadores do município de Turvo, próximo a Guarapuava. Primeiro ele teria dito que recebeu o dinheiro como pagamento feito pela própria Câmara. O delegado contou que durante o depoimento ele mudou a versão. "Ele disse que pegou o dinheiro de uma pessoa com quem tinha dívidas", conta.

O presidente da Câmara, José Osvaldo de Meira (PSDB), afirma que seria impossível o advogado ter recebido o dinheiro da instituição, pois todos os pagamentos seriam feitos em cheque. "Eu fiz o último pagamento para ele no dia 28 de agosto, mas foi com um cheque nominal", explica.

Kloster é funcionário concursado e trabalha há três anos na Câmara. Meira disse que vai abrir um processo administrativo para analisar a conduta do advogado, podendo resultar até na demissão de Kloster.

O advogado e o estagiário estão detidos na carceragem da Policia Civil de Guarapuava e estão à disposição da Policia Federal, que investiga o caso. A pena para a falsificação de dinheiro é de três a 12 anos de prisão.

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