A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) vai avaliar no fim de setembro se afrouxa o atual rodízio no abastecimento em Curitiba e Região Metropolitana de 36 horas com água e 36 horas sem fornecimento. O rodízio mais rígido retornou dia 11 de agosto, quando o nível do sistema das quatro barragens que sustentam a região voltou a ficar abaixo de 50%.
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A chuva dos últimos dias permitiu que o nível das represas voltassem a ficar acima de 50% - na manhã desta quinta-feira (19) estava em 53,12%. Porém, o quadro ainda não permite à Sanepar aliviar o racionamento. "Apesar de as chuvas do fim de semana terem aumentado 5,5 pontos percentuais nosso nível de reservação, ainda estamos em um período de transição", afirmou o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná.
A volta do rodízio menos rígido depende da combinação de mais chuvas ao menos próximo da média do período, economia no consumo de água por parte da população e conclusão de duas obras de transposição de rios que reforçarão o nível das barragens. Se todas essas metas forem alcançadas, o rodízio em Curitiba e região poderá retornar a 48 horas com água e 24 horas sem água. O rodízio só será completamente suspenso se as barragens atingirem 80% de armazenamento de água.
A previsão é de que a primeira transposição de rio seja concluída ainda em agosto. A obra é no Rio Verde, em Campo Largo, a partir de um convênio assinado em maio entre Sanepar e a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), da Petrobras. A Sanepar está construindo uma adutora de 2,45 km para levar água da barragem que pertende à Repar até a Represa do Passaúna.
Outra transposição que deve socorrer o sistema da Sanepar a curto prazo é a do Rio Capivari, em Colombo. A obra planejada para 2025 foi adiantada diante da crise hídrica e deve ser concluída em setembro. Uma adutora de 26,7 km vai levar 700 litros de água do Rio Capivari até a Barragem do Iraí, em Piraquara.
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