O futuro ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez, disse que a agenda do vindouro governo de Santiago Peña com o Brasil não se concentrará apenas na hidrelétrica binacional de Itaipu, cujo tratado constitutivo completou 50 anos em abril, o que abriu as portas para a revisão de seus acordos.
"Nossa agenda com o Brasil vai muito além de Itaipu", esclareceu o futuro chanceler de Assunção em entrevista à EFE.
Em sua opinião, o relacionamento com Brasília passa por questões como comércio, investimentos e desenvolvimento de infraestrutura logística.
"O Paraguai é um país sem litoral marítimo e (...) queremos aproveitar de forma oportunamente positiva nossa localização geográfica e, portanto, fundamental para a construção de uma integração real com o Brasil", declarou.
Peña, que venceu as eleições em 30 de abril no Paraguai, viajou a Brasília no último dia 16 de maio para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na ocasião, o futuro presidente paraguaio afirmou que a revisão do tratado que permitiu ao seu país e ao Brasil construir e operar conjuntamente a hidrelétrica de Itaipu não se limitará aos aspectos financeiros e poderá se estender a todo o documento.
“Temos uma bateria de opções e propostas que vamos colocar na mesa assim que o presidente Santiago Peña assumir”, acrescentou Ramírez, para quem “Itaipu será um fator de desenvolvimento” para ambos os países.
O futuro chanceler lembrou ainda que, à luz do tratado fundador, a negociação do Anexo C, que descreve as bases financeiras e a prestação dos serviços de energia elétrica de Itaipu, "começa no dia 13 de agosto".
“Não temos urgência, não temos prazo para terminar”, comentou.
Nesse sentido, manifestou interesse em chegar "ao melhor acordo, que seja equilibrado".
"Para nós, Itaipu é o principal ativo da República do Paraguai; agora, não podemos concentrar toda a agenda tão rica, tão ampla, tão extensa e relativizar com Itaipu. Acreditamos que vamos ter resultados muito benéficos para os dois países", previu o diplomata.
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