Há sete anos em execução na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), a utilização de drones na agricultura paranaense trouxe a inovação e a tecnologia no levantamento sobre a conservação do solo agrícola e apoio em ações de fiscalização.
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O engenheiro agrônomo, Luiz Renato Barbosa, idealizador do programa e instrutor nos treinamentos das aeronaves, destaca o pioneirismo do estado e economia de tempo e de dinheiro com o uso dos drones no suporte aéreo.
"Um profissional de nível superior, com veículo, se deslocar para uma propriedade e fazer uma inspeção, custaria em média, R$ 295,00. Uma fiscalização padrão, de quatro horas. Com a otimização do tempo desse fiscal e a utilização de drones, temos uma redução entre 30% e 40% do custo", compara.
Apesar da economia nos recursos financeiros, os drones ainda não operam em todo o Paraná. Com sete drones à disposição, a Adapar atende sete regionais e é acionada para o monitoramento aéreo em casos, como da praga "moko da bananeira" em Guarapuava, na região central do Paraná.
"Agir rapidamente ajuda a sanear o problema e coloca o produto de volta no mercado. Quando existe um problema como o moko da banana, a região perde comércio com a queda nas vendas do produto. Imagina fiscalizar cinco quilômetros sem os drones com apenas dois funcionários? Levaríamos pelo menos dois meses e foi feito em sete dias", ressalta.
Barbosa explica que o drone faz uma primeira passagem para identificar o problema da lavoura, seja por estresse ou por falta de adubo, e a máquina agrícola vem na sequência, aplicar o remédio para as plantas.
"Você imagina a economia disso em adubo ou mesmo em pesticidas. Uma aplicação localizada amparada pelo olhar tecnológico do drone e a eficácia da máquina. Nesse quesito, estamos avançando sobremaneira. O desenvolvimento e o peso da tecnologia estão evidentes", destaca.
Drones possibilitam resolução de problemas em áreas mais específicas
Barbosa comprova que a fiscalização do solo ficou mais eficaz, especialmente, por conseguir fazer mensurações de perda de solo. "Os fiscais saíram do empirismo com os drones. Antes, usavam GPS de mão. Sobrevoando a área, hoje temos um acerto de 95% da área de dano. A fiscalização está mais justo e pode cobrar do produtor rural que resolva o problema no espaço específico", comenta.
Além da precisão, o engenheiro agrônomo acrescenta que a utilização dos drones auxilia no monitoramento de áreas com acesso restrito e dificuldade de locomoção. "Às vezes, o fiscal precisa entrar em áreas difíceis, com culturas que promovem riscos e perigos, como cobras. Mesmo grandes extensões de áreas, com curvas de nível, são possíveis de serem medidas com os drones."
Todos os voos feitos pela Adapar são homologados e autorizados pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). Além disso, os drones são registrados na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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