Os articuladores no Paraná do Aliança pelo Brasil organizam um jantar em Curitiba, no próximo dia 1º (sábado), com o objetivo de coletar assinaturas de apoio à criação da legenda. O Aliança pelo Brasil é o nome dado ao partido político que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, após rompimento com o PSL de Luciano Bivar, no final do ano passado. Para isso, precisa da assinatura de quase 500 mil pessoas em todo país. O jantar na capital paranaense será no Restaurante Madalosso, em Santa Felicidade, às 18 horas, e o convite de adesão custa R$ 50,00.
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O evento está sendo organizado pelo publicitário Marco Villa Nova, que foi convidado para a tarefa pelo núcleo nacional de estruturação da nova sigla. “É um jantar também organizado para marcar o início dos trabalhos do núcleo de Curitiba, mas nada impede que outras pessoas façam mutirões para coleta de assinaturas. Aliás, já tem muita gente nos bairros fazendo isso, de forma voluntária”, diz ele, à Gazeta do Povo. Integrantes do núcleo nacional devem participar do jantar em Curitiba, como a advogada Karina Kufa.
Também devem estar presentes os dois deputados federais pelo Paraná que encabeçam as mobilizações de coleta de assinaturas na região, Filipe Barros e Aline Sleutjes, que em 2018 se elegeram pelo PSL. Filipe Barros, que acompanhou Bolsonaro na recente viagem oficial para a Índia, tem sua principal base eleitoral em Londrina; já Aline é ligada principalmente a Castro. Ambos exercem pela primeira vez um mandato em Brasília.
O representante de Filipe Barros em Curitiba, na missão de coletar assinaturas, é o advogado Ogier Buchi. Nas eleições de 2018, ainda filiado ao PSL, Buchi ensaiou concorrer ao governo do Paraná, mas não recebeu apoio do principal correligionário da sigla, o então candidato Bolsonaro. Em áudio distribuído ao eleitorado, Bolsonaro pediu votos ao então candidato Ratinho Junior (PSD), eleito naquele ano.
À Gazeta do Povo, Buchi antecipa que tem interesse em disputar a prefeitura de Curitiba, se o Aliança pelo Brasil conseguir se registrar junto à Justiça Eleitoral a tempo de participar do pleito. “Eu disputaria a convenção sim”, declara ele. Mas, na hipótese de o Aliança pelo Brasil não se viabilizar para a eleição que se aproxima, Buchi assegura que permanece sem filiação. “É isso que o povo não suporta mais. Se filiar a outro partido político só para poder concorrer nas eleições não é apoiar o Aliança pelo Brasil. Não dá para ficar em duas canoas”, critica ele.
Entre os oito deputados estaduais filiados hoje ao PSL, ao menos metade tem pretensões eleitorais em outubro e não deve arriscar deixar a legenda de Luciano Bivar agora, ainda que tenha afinidade com as bandeiras bolsonaristas do Aliança pelo Brasil. São eles: Delegado Francischini, que vai tentar a prefeitura de Curitiba; Ricardo Arruda na prefeitura de São José dos Pinhais; Delegado Fernando na prefeitura de Umuarama; e Emerson Bacil na prefeitura de São Mateus do Sul. Entre os demais integrantes da bancada do PSL, dois estão trabalhando pela construção do Aliança pelo Brasil no Paraná: são os deputados estaduais Coronel Lee e Subtenente Everton.
Dos três deputados federais pelo Paraná que se elegeram em 2018 pelo partido político de Luciano Bivar, apenas Felipe Francischini não fez movimentos para deixar o PSL, legenda que o permite presidir o principal colegiado da Câmara dos Deputados, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
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