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Uso de máscara é recomendado por autoridades de Saúde para conter o aumento de casos de Covid-19 no Paraná.
Uso de máscara é recomendado por autoridades de Saúde para conter o aumento de casos de Covid-19 no Paraná.| Foto: Daniel Castellano / SMCS

A circulação de uma nova subvariante do coronavírus, a BQ.1, pode ser a responsável pela nova onda de casos de Covid-19 no Paraná. Segundo dados do boletim mais recente sobre a doença, elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), nesta terça-feira (6), a média móvel de casos chegou a 2,4 mil ocorrências diárias, um número 141% maior do que o registrado no estado há duas semanas.

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O fim de novembro registrou a maior alta no número de casos de Covid-19 no Paraná desde o último pico, no início de maio deste ano. Apesar de não haver a confirmação laboratorial da presença da BQ.1 no estado, a Sesa citou a circulação da nova subvariante no país como causa do aumento recente no número de casos confirmados da doença.

Em um documento no qual reforça a necessidade da vacinação e do uso de outros cuidados, como o uso de máscaras e o distanciamento físico, a Sesa classificou essas atitudes como simples de serem realizadas e necessárias para “prevenir uma onda de casos ainda maior”.

Sesa não detalha mais os casos de internação por Covid-19

Desde abril deste ano não há mais dados detalhados sobre internações por Covid-19 no Paraná. Desde então, segundo a Sesa, todos os casos suspeitos ou confirmados da doença no estado são tratados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), uma descrição que engloba todos os casos onde há comprometimento nas funções respiratórias como os causados pela gripe, por exemplo. Também não há mais leitos exclusivos para o tratamento da doença na rede SUS no estado.

Os dados sobre as internações por SRAG são atualizados pela Sesa sempre às segundas-feiras. Há um mês, em 7 de novembro, havia um total de 49 pacientes internados em leitos de UTI e outros 197 em leitos de enfermaria em todo o Paraná. Na atualização mais recente, de 5 de dezembro, eram 88 os pacientes internados em UTI e 242 os internados em leitos de enfermaria.

Neste período houve redução apenas nas internações por SRAG em leitos de enfermaria pediátrica, de 48 para 40 pacientes, queda de 16,7%. Entre as crianças com quadros respiratórios graves internadas em leitos de UTI pediátrica, o aumento foi de 57%, com 7 internações no início de novembro e 11 no início de dezembro.

Já entre os pacientes adultos houve aumento nos dois tipos de internação. As internações dos casos clínicos de SRAG em leitos de enfermaria adulta subiram de 149 para 202 no mesmo período, um aumento de 35,6%. Entre os pacientes adultos com quadros graves de síndromes respiratórias, como a Covid-19, esse aumento foi de 83%, passando de 42 leitos ocupados no começo de novembro para 77 agora em dezembro.

Curitiba também tem alta nos casos de Covid-19

Na capital, Curitiba, a tendência de alta nos casos segue o padrão registrado em todo o estado. Entre os dias 15 e 16 de novembro, o registro de infecções pelo coronavírus na cidade triplicou. Foi o início de um novo salto de confirmações de Covid-19 em um ritmo só visto nos piores momentos da pandemia. A velocidade dos novos casos da doença diminuiu nos últimos sete dias. A média móvel, que estava com tendência de alta acima dos 300% no fim de novembro, agora está em torno dos 1,5 mil casos, com tendência de alta de 30%.

O número de casos ativos de Covid-19 em Curitiba – pacientes infectados e com potencial de transmissão da doença para outras pessoas – oscilou entre 400 e 500 durante o mês de outubro. Há um mês, eram pouco mais de 700 curitibanos nessa situação. Segundo os dados mais recentes do Painel Covid da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba, de 6 de dezembro, agora são quase 10 mil pessoas considerados casos ativos da doença na capital paranaense.

Assim como sua correspondente estadual, a SMS orienta os moradores de Curitiba a usar a máscara e a buscar a vacinação como formas de prevenir o contágio. “Desde o início da pandemia, nós lutamos contra a politização da doença e os usos equivocados de informações. A máscara é, sim, nossa grande aliada, para vencer mais essa onda. Passamos por vários momentos seguindo a ciência, tenho certeza de que passaremos por mais esse adotando as orientações corretas”, disse a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

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