O secretário de Planejamento do Paraná, Valdemar Bernardo Jorge, afirmou, nesta quarta-feira (5), que o estado deverá oficializar o home office para parte do funcionalismo público como estratégia para diminuir os gastos públicos com imóveis. Coordenador do grupo de trabalho da retomada econômica do Paraná após os impactos da pandemia da Covid-19, Jorge Participou de reunião da Frente Parlamentar do Coronavírus, em que explicou as medidas.
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“São mais de 200 pessoas, trabalhando em três eixos: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e gestão governamental. A crise também impactou a arrecadação do estado e precisamos otimizar os gastos públicos”, afirmou. “O teletrabalho, que nos foi imposto pela pandemia, se mostrou eficiente para várias funções da administração pública. Ele será regulamentado no estado e mantido, para parte dos servidores, mesmo após o fim da pandemia. Assim, pretendemos otimizar a utilização dos prédios públicos e diminuir significativamente os gastos com locação de imóveis. Na sequência, conseguiremos, também, reduzir o tamanho da frota oficial”, comentou.
No eixo do desenvolvimento econômico, o secretário destacou a estratégia de se investir nas obras de infraestrutura. “Um dos principais pontos é o de obras públicas. Vamos acelerá-las para gerar empregos e levar desenvolvimento às diversas regiões do estado. Também estamos buscando que Copel, Sanepar e os Portos do Paraná antecipem seus investimentos previstos em infraestrutura. São R$ 8 bilhões que podem ser antecipados para ajudar na geração de empregos”, comentou.
O secretário citou, ainda, investimentos na industrialização da produção agrícola do estado e incentivo, com a oferta de linhas de crédito com juros subsidiados, à produção de energia renovável (solar e biogás) no campo. Dentro do programa de retomada econômica estão, ainda, o incremento às exportações e o incentivo ao turismo regional. “Com as pessoas ainda temendo fazer longas viagens, vamos incentivar o paranaense conhecer os atrativos do Paraná”.
No eixo social, Jorge apontou, como principal eixo a ser atacado, a questão habitacional. “temos um déficit de 400 mil moradias no estado e a construção civil também é um grande gerador de empregos. Então, vamos ampliar os programas da Cohapar e, também investir em saneamento e no auxílio aos municípios para a organização dos consórcios para o tratamento dos resíduos sólidos”, disse. “Como estratégia de médio e longo prazo, ainda lançaremos um programa para apoiar as políticas de ciência, tecnologia e inovação, aproximando o setor empresarial das universidades. Além de toda a produção acadêmica que já temos com grande destaque, queremos ampliar a pesquisa aplicada ao setor produtivo”, concluiu.
Também participou da reunião o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Alves das Neves, que explicou as ações da agência para incentivar empreendedores individuais, pequenas e médias empresas. “Foram mais de 47 mil pedidos de crédito neste período, nas linhas especiais que lançamos. Entre crédito novo, redução de juros e postergação da amortização, nossas ações tiveram impacto de R$ 530 milhões na economia do estado”, relatou.
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