Curitiba registrou em 2017 uma taxa de homicídios de 24,6 a cada 100 mil habitantes, a quarta menor entre capitais do país naquele ano. O dado é do Atlas da Violência 2019 - Retratos dos Municípios, estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, e mostra que a capital paranaense fica atrás apenas de Brasília, Campo Grande e São Paulo, que tiveram índices de 20,5, 18,8 e 13,2, respectivamente.
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A taxa, que corresponde a 448 homicídios no período, fica ainda abaixo da média estimada de homicídios para municípios com mais de 500 mil habitantes, calculada em 41,1 para 2017, e corresponde ao menor índice registrado no município desde 2007 - o que também aconteceu no Paraná. A queda no período foi de 34,8%. Em 2007, 688 pessoas morreram assassinadas na capital do Paraná, de acordo com o Atlas.
O estudo indica ainda que 2017 foi o ano em que o registro desse tipo de crime voltou a cair na capital paranaense, com variação foi de 19,4%. Em 2015, com 518 casos, o município havia registrado a menor taxa de homicídio da série - 29,8, porém, no ano seguinte, houve uma alta e o índice foi a 30,5, resultado de 557 assassinatos.
Dados da Secretaria de Segurança
Os dados divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública - e que são usados na elaboração do Atlas da Violência, junto com os do Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde - acabam sendo díspares. A diferença de metodologia nas duas fontes também influencia nessa distorção, embora, apesar de não trabalharem com os mesmos números, as tendências apontadas, de alta ou de baixa, sejam na maioria das vezes semelhantes. Segundo o relatório de 2017 da Sesp, por exemplo, a capital teve 379 homicídios - no Atlas, eram 448. Nos dois casos, houve queda nesse tipo de morte violenta.
E os dados da secretaria indicam que os números na capital seguem caindo. Em 2018, foram confirmados apenas 293 assassinatos na capital - 22% a menos do que a estatística anterior. Entre os motivos para essa queda foram listados a modernização dos equipamentos de polícia, a maior eficiência do policiamento ostensivo e o aperfeiçoamento dos trabalhos de investigação dos crimes.
Já para 2019, os dados preliminares são ainda mais otimistas. A Secretaria de Segurança divulgou dados do primeiro semestre que mostram 120 assassinatos na capital paranaense entre janeiro e junho deste ano. Como comparação, no mesmo período de 2018, haviam sido registrados 151 casos. Ou seja, uma redução de aproximadamente 21%.
Entre as ações adotadas para tentar melhorar ainda mais esses números está a implantação do projeto da muralha digital, que prevê a atualização das cerca de 950 câmeras existentes na cidade, além da instalação de 600 novas câmeras com reconhecimento facial e leitura de placas. O projeto propõe ainda a implantação de monitoramento por radar em mais 153 faixas de trânsito, aumentando para 820 o número de faixas monitoradas.
Criado pela prefeitura de Curitiba, o projeto tem por objetivo é coibir a ações criminosas a partir do monitoramento, além de promover a gestão e o uso mais eficazes do efetivo operacional.
Em números
Confira a redução dos números totais de assassinatos em Curitiba:
- Ano - Atlas - Sesp
- 2007 - 688 - 549
- 2008 - 771 - 598
- 2009 - 778 - 632
- 2010 - 764 - 750
- 2011 - 661 - 685
- 2012 - 594 - 597
- 2013 - 534 - 530
- 2014 - 604 - 569
- 2015 - 518 - 449
- 2016 - 557 - 468
- 2017 - 448 - 379
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