As aulas presenciais nas escolas da rede municipal de Curitiba seguem suspensas até 31 de outubro. A decisão da prefeitura saiu na manhã desta sexta-feira (25), com a publicação do decreto municipal 1.259. As aulas estão suspensas na capital paranaense desde o dia 23 de março, no início da pandemia de coronavírus.
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De acordo com a prefeitura, enquanto o retorno não é autorizado, crianças e estudantes seguem acompanhando os conteúdos do currículo por videoaulas na TV aberta (canais 4.2 e 9.2 em Curitiba) e no YouTube. Uma audiência pública realizada pela Câmara Municipal de Curitiba também deve discutir o assunto, na tarde desta sexta-feira.
Favorável à volta dos estudantes para as salas de aula, a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, falou, no entanto, em audiência pública na Câmara Municipal quinta-feira (24) que a decisão não cabe mais à pasta que ela comanda. “Isso já não nos pertence mais, pois estamos impedidos [por medidas judiciais]. Agora é a sociedade que tem que decidir isso”, afirmou.
“Fomos interpelados por uma ação civil pública. Várias, aliás, que a gente respondeu, do Ministério Público e, inclusive, chegou ao ponto de numa vídeo reunião com um promotor de ser feita ameaça a todos os membros do comitê, em processo criminal, cível e administrativo”, relatou Huçulak, sobre o grupo que avalia as medidas de combate à propagação do Sars-CoV-2.
Ainda segundo Márcia, a volta às aulas estava em debate na prefeitura, mas a judicialização do tema travou esse avanço. “Só tenho a lamentar a ação de grupos que não querem nem ouvir falar disso”, disse a secretária, que também afirmou que em crianças, os casos de Covid-19 não costumam se apresentar de maneira grave.
“É óbvio que a gente não está dizendo que, ao voltar para a escola, que a criança não pode desenvolver a Covid-19. O que nós sabemos, discutindo com os infectologistas, é que 99% dos jovens abaixo dos 19 anos vão ter a covid-19 de forma leve. Tivemos 1% de casos [de jovens, em Curitiba] que internaram. E são casos de crianças que não estariam em escola, em creche. Foram crianças que adquiriram a Covid-19 por estar indo aos hospitais para se tratar [de outras condições médicas]”, declarou Márcia, que ainda “lamentou pelas crianças”, por entender que “a escola tem um papel social de proteção da criança e do adolescente”.
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