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Projeção da usina solar e de biomassa instalada no aterro da Caximba.
Projeção da usina solar e de biomassa instalada no aterro da Caximba| Foto: Divulgação/Prefeitura de Curitiba

Por unanimidade, os vereadores de Curitiba aprovaram na manhã desta segunda-feira (14), em primeiro turno, proposição em que a prefeitura pede autorização para virar sócia da Companhia Paranaense de Energia (Copel) no empreendimento Usina Fotovoltaica e de Biomassa Caximba S/A (UFB Caximba).

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Com o projeto de lei aprovado, as duas partes devem constituir uma sociedade de propósito específico, de capital fechado e dotada de personalidade jurídica de direito privado, para implantar e gerenciar uma usina fotovoltaica e outra de biomassa, ambas no bairro Caximba, onde funcionou até 2010 o aterro sanitário da cidade. De acordo com a justificativa do projeto encaminhado à Câmara Municipal, a produção anual de energia será da ordem de 18,6 mil MWh, o que corresponde ao consumo de cerca de 10 mil residências.

O projeto será baseado na modalidade de geração distribuída, na qual as unidades vendem a energia gerada à rede de distribuição e são compensadas pela distribuidora com um crédito para utilização da rede. Segundo a prefeitura, a energia produzida deve representar 48% do consumo nos prédios municipais.

Serão duas unidades distintas. A Copel é a responsável pelo projeto da usina de biomassa, que vai produzir energia a partir dos resíduos vegetais produzidos na cidade. Já o município, com apoio do C40 (Grupo de Grandes Cidades para Liderança Climática), desenvolve o planejamento da unidade fotovoltaica, que terá a forma de uma pirâmide e será construída sobre a montanha de lixo compactado do antigo aterro. O desenho seria ideia do próprio prefeito e do arquiteto Guilherme Klock.

Calcula-se que seja necessário um investimento de R$ 31,5 milhões para a implantação das duas usinas. O município entraria com 51% do investimento, enquanto à Copel caberia os 49% restantes. Já o custo anual de operação das unidades ficaria em torno de R$ 945 mil, a serem divididos igualmente entre as duas partes. “Considerando o investimento, o custo operacional e a energia gerada, o tempo de retorno estimado é de cerca de três anos”, afirma o prefeito Rafael Greca (DEM), em mensagem encaminhada ao Legislativo.

Embora tenha deixado de receber resíduos há quase dez anos, estruturas do antigo aterro da Caximba, como recepção, escritório, refeitório, oficina e vias de circulação interna estão mantidas e devem ser utilizadas no novo projeto.

A sociedade terá o objetivo exclusivo de implantar, manter e operacionalizar as usinas e terá duração de 25 anos, renovável por igual período. O capital inicial do empreendimento será de R$ 1 milhão, mas poderá ser acrescido de imóveis municipais. O texto prevê ainda a cessão de servidores da administração direta e indireta da cidade para trabalharem na UFB Caximba.

Lagos de parques também poderão gerar energia com placas solares flutuantes

Outro projeto de lei aprovado nesta segunda-feira (14), este de autoria do vereador Bruno Pessuti (Podemos), autoriza a geração de energia elétrica nos lagos dos parques de Curitiba por meio da instalação de painéis fotovoltaicos flutuantes. Conforme o texto, que também recebeu voto favorável da unanimidade dos vereadores presentes, a instalação dos equipamentos poderá ser feita diretamente pelo poder público, por meio de concessão onerosa, convênios ou parcerias.

“A utilização de placas fotovoltaicas flutuantes no caso de lagos como o do Barigui, que tem o objetivo principal de ajudar a conter enchentes, pode gerar mais de 150.000 kWh/mês em uma planta com 1 ha de área”, explica, na justificativa do projeto, o autor, que é engenheiro mecânico e professor de energias renováveis no Centro Universitário Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná (Unifaesp).

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